
Ano vai, ano vem
Ano vai, ano vem e a história é a mesma: é gente inventando histórias simples, mágicas, complexas ou mirabolantes.
É gente vivendo história e só quem muda é o tempo.
Os opostos se cruzam em caminhos diferentes em forma de reflexos.
De um lado, a fome, a miséria e a pobreza; do outro, a riqueza hereditária e a fama dos emergentes, regados pela ostentação.
A dura desigualdade social.
Todos os dias, as pessoas tanto na cidade grande como na periferia, nascem, crescem, reproduzem e morrem.
A vida é um palco de malabarismo, cujo picadeiro são as facetas que ela nos apresenta como provas, talvez, para que nos tornemos mais fortes, pois são as perdas e as intempéries da vida que fazem com que o homem se encontre ao longo da estrada do palco da vida, onde, muitas vezes, ele descobre o motivo de sua existência, por ser o próprio protagonista.
Neste mundo capitalista em que o homem vale o quanto tem, o sonhar com um amanhã melhor é o que o leva a sobreviver.
Hoje, o ano termina, mas a história continua: uns brindam em frente à orla em hotéis de luxo e, creio ser a minoria; outros, devastados pelas catástrofes da natureza, resultantes da culpa de suas próprias mãos, dividem o pedaço de pão e o colchonete nos caóticos abrigos e não reclamam; não julgam a Deus.
Ao primeiro minuto do vindouro ano, a história vai continuar e a previsão de novos tempos é como as crianças que acreditam que o Papai Noel vem de trenó, trazendo tudo o que elas pediram.
Sabemos que a terra não anda em um bom estágio: doenças contagiosas, pestes, viroses, vulcões, terremotos, tufões, furacões, um maremoto de coisas que parece até que estamos vivendo um apocalipse, pois quando pensamos que algo se resolve, um pior aparece e desestrutura toda a humanidade.
E mesmo assim o ser humano tem a capacidade de ter dentro de si viva a esperança de melhores dias e, quiçá, uma luz no fim do túnel e, quem sabe, ele esteja certo.
(Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque)
Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2021.
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Natural de Duque de Caxias (RJ). Professora, escritora e poetisa. Acadêmica Benemérita e Efetiva da FEBACLA, da qual recebeu, dentre outras honrarias, Comendadora Guanabara, Dra. h. c. em Literatura, Direitos Sociais e Humanitários e Comunicação, Acadêmica Correspondente e Internacional, Grande Prêmio Internacional de Literatura Machado de Assis, Comenda Príncipe dos Poetas, em homenagem ao escritor Olavo Bilac e Comenda Imperador Dom Pedro ll. Pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmatianos, o título Benfeitora das Ciências, Letras e Artes; Título da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas do Rei Ramiro Il de Leão; Embaixadora da Paz e Comendadora da Justiça de Paz; pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos -OMDDH, Comenda lnternacional Diplomata Rui Barbosa- ‘O Águia de Haia’. Membro da Academia Caxambuense de Letras-ACL e da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo. Colunista do Jornal Cultural ROL. Coautora em várias Antologias, dentre elas, Florbela ll , Rasgando a Mordaça, Collectânea Sonata Poética da Liberdade, Semeando Versos e Sarau Integração Cultural pela ACL. Participação na V FLAVIR e Destaque Social Personalidade 2020 e 2021.