Artigo de Celio Pezza: 'CONTATO COM EXTRATERRESTRES'

CELIO PEZZA: Crônica # 252

Foto close 

Contato com extraterrestres

 

Partindo do princípio que existe vida extraterrestre, somos conduzidos naturalmente à vontade de estabelecer um contato.

A História do nosso mundo está cheia de relatos de contatos e, na própria bíblia, existem inúmeras situações que sugerem esses episódios.

Atualmente, temos inúmeros casos e testemunhos, mas também observamos muitas situações que não resistem a uma análise um pouco mais profunda e caem na vala comum das falsificações e bobagens que só servem para desacreditar a realidade do fenômeno.

Os governos e instituições, normalmente desmentem tudo, pois não é de seu interesse, no momento, que esse assunto seja debatido de uma forma séria.

Por outro lado, uma astrofísica da Malásia, Mazlan Othman, Diretora do Escritório para Assuntos do Espaço Exterior da ONU, passou a ser a interlocutora das Nações Unidas no caso de um contato extraterrestre.

Ora, para que nomear uma pessoa para cuidar de algo que não existe?

No meio dessa massa confusa, vemos um grande numero de ufólogos ou simpatizantes, que buscam de todas as formas estabelecer um contato alienígena, muitas vezes, de uma forma equivocada, na minha forma de ver o problema. Por exemplo, temos o caso de pessoas que fazem vigílias durante as noites em campos abertos olhando para o céu em busca de objetos voadores, temos aqueles que vão correndo para os locais onde aparecem os famosos círculos e desenhos nas plantações de cereais, outros que fazem meditações coletivas entoando mantras, e assim por diante. Acredito que esses dificilmente vão ter algum sucesso, pois um contato real deve ser baseado em vibrações. Mesmo entre nós, humanos, a base de tudo é um padrão vibratório e, quando se trata de vida extraterrestre, o mecanismo deve ser o mesmo.

Em outras palavras, para entrar em contato com extraterrestres, devemos estar na mesma frequência de vibração deles. Por exemplo, fumantes atraem fumantes, bêbados atraem bêbados e assim por diante.

É uma simples lei de afinidades e vibração. Imaginem uma pessoa que não goste de dançar, mas que vá a uma festa por algum motivo; essa pessoa vai naturalmente se aproximar de alguém que esteja sentado em algum canto quieto e não esteja dançando e cantando pelo salão. É a aplicação da famosa lei das afinidades que diz que semelhante atrai semelhante.

Acredito que os extraterrestres fazem o mesmo e vão contatar alguém que esteja mais sintonizado com suas faixas vibratórias e não com aqueles que correm atrás de discos voadores, mas que vibram em frequências distantes.

Por outro lado, essas faixas vibracionais podem ser modificadas em uma pessoa pelo seu estilo de vida, pensamentos, emoções, pelo amor e respeito a todas as formas de vida, livros, programas de televisão que assiste e principalmente, pela busca da verdade a que se propõe.

Essa busca pela verdade e a insatisfação com a mediocridade humana pode favorecer um eventual contato, pois quem busca a verdade muitas vezes sai da faixa normal do dia a dia e entra em outra de diferente vibração. Uma pessoa que no seu intimo não acredita em vida extraterrestre não vai vibrar na faixa de vida extraterrestre e dificilmente terá um contato, pois não será procurado pelo simples fato de estar desconectado.

Tudo é vibração e através dela, na faixa correta, poderá existir um contato.

Célio Pezza  /  Fevereiro, 2015




Sorocaba: 'ENCONTROS COM JULIETA' SERÁ NO SESC DIA 11

Desde o mês de março está ocorrendo no SESC Sorocaba uma série de encontros com diversas pessoas para debater a história e o imaginário criado sobre a menina Julieta Chaves, assassinada em 1899 em Sorocaba e que é considerada milagreira por uma parcela do povo que a elegeu como “Santinha de Sorocaba”.

Neste sábado dia 11/04 as 16:00, na sala “oficinas” no primeiro andar do Sesc Sorocaba acontecerá o terceiro encontro com Julieta.

O convidado será o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, autor de livros como Folclore em Sorocaba – 1999, Salvadora- 2001, Folia de Reis em Sorocaba- 2007, Nossa gente negra- 2013, entre outros.

Carlos fará um bate papo sobre aspectos históricos relacionados com Sorocaba na época de Julieta, bem como conversará sobre a devoção à “Santinha de Sorocaba” e a produção do livro-biografia que está compondo juntamente com a artista plástica Flávia Aguilera.

Serão no total cinco encontros com Julieta, onde cada um a apresentará de forma diferente. Estas atividades fazem parte da obra “Julieta” dentro da exposição Poipoidrome na Trienal de Artes do Sesc Sorocaba.

Programação de todos os encontros: 1º 28/03/2015, sábado as 16:00 Apresentação do trabalho e pesquisa de Flavia Aguilera e troca de idéias (breve apresentação da história, documentos, desenhos, matérias de jornal, etc) 2º 02/04/2015, quinta-feira a partir das 17:00 Sessão de psicografia e conversa com Ricardo Chaves, médium e sobrinho de Julieta. 3º 11/04/2015, sábado as 16:00 Conversa com o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro. 4º 25/04/2015 sábado as 16:30 Conversa com Sr Genésio, conhecido de Julieta, testemunha ocular da história 5º 02/05/2015 sábado as 15:00 no Cemitério da saudade de Sorocaba Visita ao túmulo de Julieta com recepção de Zé Capela.

Obs: Os locais dos encontros dentro do SESC serão definidos, favor se informar na recepção




TEMPLES SELECIONA CINCO FINALISTAS PARA BANDA DE ABERTURA EM SP

Conjunto mais votado toca junto com a banda britânica no dia 16 de maio em São Paulo; noite terá ainda apresentação em DJ Set do Maia, o “Homem Enciclopédia”


São Paulo, abril de 2015 – Os ingleses do Temples selecionaram cinco finalistas para a reta final do concurso que vai escolher a banda de abertura de seu show na noite do Club NME Brasil, que será realizada no próximo dia 16 de maio, sábado, no Estúdio, em São Paulo.

Foram pré-selecionadas 10 bandas, das quais cinco foram escolhidas pelo Temples para que o público possa votar em sua favorita. A votação acontece de 8 a 17 de abril através de votação online no site do Club NME. O anúncio do grande vencedor sai no dia 20 do mesmo mês.

Link para votação: http://clubnme.com.br/heineken-apresenta-concurso-de-bandas/

A iniciativa surge dentro do costume do Club NME em promover bandas e artistas nacionais nos países em que está presente. Na primeira edição do Club NME São Paulo, a banda Hatchets foi escolhida para abrir o show de Paul Banks, realizado no Cine Joia, e a banda Inky escolhida para abrir para o Vaccines, no Grand Metropole. Para o show da norte-americana Sky Ferreira, no Cine Joia, a eleita foi a banda Schoolbell. O concurso de bandas é apresentado pelaHeineken, patrocinadora oficial do Club NME Brasil.

Confira, abaixo, as bandas finalistas:

Churrasco Elétricohttps://www.youtube.com/watch?v=T6Dz2zQBkaU
Oriundo de uma região do interior paulista conhecida por “Campos de Araraquara”, o Churrasco Elétrico cativa a mocidade com músicas afinadas com o rock e a psicodelia enraizada nesta terra, fazendo por nossas próprias palavras o Rock Grilê. O som resgata aquela gangue de intermináveis bandas inglesas, a galera do Jazz e Blues, a Tropicalia e os caipiras que cantavam a vida pelas colinas.

Modulareshttps://www.youtube.com/watch?v=P1fhioonQlo
A combinação de paixão e talento faz da banda paulistana Modulares o principal nome para se conhecer ao vivo hoje em dia no efervescente underground de São Paulo: com a entrega sincera e visceral dos quatro músicos, o grupo só faz shows explosivos. Além de influências de The Jam, o quarteto absorve referências do R&B e da cena garageira dos anos 60, do powerpop setetista e do punk 77 (ou seja, simples, melódico, criativo e um tanto rebelde).

Molodoyshttps://www.youtube.com/watch?v=5QFVCb1icSE
A banda Molodoys se formou na cidade de São Paulo em 2012. Com músicas em português e inglês, e uma sonoridade que procura unir elementos do rock psicodélico com jazz e blues.

The Outshttps://www.youtube.com/watch?v=ci9OJ2w5I4I
The Outs é uma banda de rock independente do Rio de Janeiro. A banda, que desponta como um dos nomes mais promissores da Nova Psicodelia brasileira, vem refinando seu som vintage desde 2012, quando resolveram embarcar em seu universo interior e definiram a formação que dura até os dias atuais. Até um raro elogio do ranzinza ídolo Noel Gallagher no currículo a banda já tem.

Quarto Do Lhttps://www.youtube.com/watch?v=GZc-zHqZhSU
O grupo se formou em 2010 no Rio de Janeiro, movidos pelo anseio de contornar a condição solitária e individualista – Tornando através da sua expressão o conviver algo real. Também já participou do Rubber Tracks.

DJ Maia, o “Homem Enciclopédia”, também se apresenta nesta noite
O Club NME Brasil aproveita para anunciar mais uma atração da festa: o DJ set do jornalista e radialista Roberto Maia, o “homem enciclopédia”, mais conhecido como Maia.

Apontado pela revista inglesa Record Collector como um dos maiores conhecedores da área de música pop (jazz/blues/rock/eletrônico/mpb) de todo mundo e um dos maiores colecionadores e pesquisadores musicais do Brasil, com um acervo particular de registros sonoros de mais de 90 mil títulos, Maia vai apresentar parte de seu conhecimento em um DJ set especial para a noite Club NME Brasil

TEMPLES
Com pouco mais de três anos de existência, a banda inglesa Temples já ostenta elogios de ícones da música mundial, como Noel Gallagher e Johnny Marr, que apontaram o quarteto como o novo som da Inglaterra assim que começaram a divulgar suas músicas no YouTube. Formada em 2012 por James Bagshaw ao lado de Adam Smith (teclado), Sam Toms (bateria) e Tom Warmsley (baixo), a banda apresenta um estilo musical que mescla psicodelia com indie-rock, glam rock e outros gêneros, e lançou quatro singles e dois EPs até chegar no primeiro álbum. “Sun Estructure”, o disco de estreia, lançado em 2014, remete às bandas surgidas nos anos 60, com forte influência de Beatles, The Who e Rolling Stones.

O show da banda Temples acontece no Estúdio (Av. Pedroso de Morais, 1036 – São Paulo) e o primeiro lote dos ingressos podem ser adquiridos por R$ 80,00 (inteira) e R$ 60,00 (desconto para doadores de agasalhos) pelo site clubnme.com.br.  A casa abre às 21h e o show da banda de abertura está previsto para as 23h. Censura 16 anos. Só será permitida a entrada de pessoas com 16 ou 17 anos se estiverem acompanhados dos responsáveis legais. Outras informações em http://migre.me/p5sOz.

Club NME apresenta Temples @ Estúdio
Endereço: Rua Pedroso de Morais, 1036
Sábado, 16 de maio de 2015
Abertura da bilheteria: 19h
Abertura da casa: 21h
Valores: 1º Lote – ESGOTADO
2º Lote – R$ 100,00 – R$ 80,00 com doação de agasalho
3º Lote – R$ 120,00 – R$ 100,00 com doação de agasalho
Porta – Mediante disponibilidade
Classificação etária: 16+ (acompanhado de responsável legal) e 18+ (livre).
Ingressos: www.clubNME.com.br
Patrocínio: Heineken

Agência Lema
Leandro Matulja/ Letícia Zioni/ Larissa Marques
agencialema.com




Sorocaba: GATO DE BOTAS NO IGUATEMI ESPLANADA

Peça O Gato de Botas.A peça faz parte do Projeto Domingo é Dia de Teatro que apresenta todos os domingos peças de teatro infantil que unem atividades educativas, músicas e cenários envolventes para adultos e crianças

 

A história do famoso Gato de Botas é a atração deste domingo no Projeto Domingo é Dia de Teatro que traz encenações infantis, brincadeiras, contação de histórias, palhaços e mágicos ao Shopping Iguatemi Esplanada. As apresentações são gratuitas, voltadas à família, principalmente ao público infantil, e acontecem sempre às 16h.

 

A proposta do projeto é dar aos consumidores do shopping uma opção de cultura, lazer e diversão com atividades interativas para toda a família. As apresentações acontecem alternadamente nas Alas do shopping e neste domingo será realizada na Praça de Eventos da Ala Sul, próximo à exposição Lego.

 

A peça

 

A peça O Gato de Botas irá apresentar toda a história de um dos felinos mais famosos do mundo encantado. A lenda do Gato de Botas começa quando um velho camponês morre e deixa uma herança para cada um de seus três filhos. Para o mais velho e para o filho do meio, deixou um moinho e um cavalo, que garantiriam o sustento de ambos por um longo período, porém, o mais novo recebeu um presente um tanto inusitado: um gato de estimação.  Mas o que ele fatia com um simples gato? E no que o gato poderia o ajudar a sobreviver?

 

Acontece que o tal gato não era apenas um ‘gato’ qualquer, mas sim um Gato Xadrês Malhado Siamês, muito diferente de todos os outros existentes no mundo. Tão diferente que garantiu que faria seu amo ser um homem muito importante, na verdade, o homem mais importante que aquele reino já tinha visto. Para tanto, planejou seu casamento com uma Princesa encantadora.

 

Mas para que o seu dono conseguisse conquistar de vez a tão linda moça, o gato passou por confusões e atropelos para passar uma imagem importante dele para ela e claro, para o rei. Só que quando ‘driblar’ o reino estava se tornando fácil, o agora ‘Gato de Botas’, se depara com uma bruxa no meio de seu caminho e que resolveu atrapalhar ainda mais a sua luta.

 

E agora? Será que ele vai conseguir dar conta deste problema? Quais ideias mirabolantes este gato esperto irá ter para que tudo não vá por água abaixo?

 

​Cada espetáculo tem duração média de 50 minutos. Outras informações pelo telefone (15) 3219.9900.

 

Serviço:
Domingo é Dia de Teatro

Peça: O Gato de Botas

Data: 12 de abril

Horário: 16h

Preço: gratuito
Local: Praça de Eventos da Ala Sul

 

Endereço:

Ala Norte: Av. Izoraida Marques Peres, 401 – Altos do Campolim – Sorocaba

Ala Sul: Av. Gisele Constantino, 1850 – Parque Bela Vista – Votorantim

Informações: (15) 3219.9900 / www.iguatemiesplanada.com.br /

 

Siga o Iguatemi Esplanada nas redes sociais

Twitter – www.twitter.com/esplanadaweb.

Facebook – facebook.com/iguatemiesplanada

Instagram – iguatemiesplanada

 




APLICATIVO PRETENDE COLECIONAR HISTÓRIAS DA SOCIEDADE

Servindo como uma biblioteca de histórias, o StoryCorps é uma espécie de cápsula do tempo do século 21

Criado em menos de dois meses, o aplicativo permite que indivíduos gravem entrevistas e compartilhem os áudios com a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. O software serve como um intermediário entre duas pessoas, ajudando a criar perguntas e gravando a entrevista de 40 minutos. Com temas atuais, o objetivo é reunir experiências e conhecimentos do entrevistado.9/4/2015 09:00:00

 

O StoryCorps foi apresentado neste mês por seu criador, o americano Dave Isay, em uma conferência no TED – veja o vídeo. Para ele, o objetivo vai muito além de arquivar relatos da sociedade atual. “Adoraria ver gente usando o aplicativo em casas de repouso, hospitais e até prisões para dar voz a pessoas que acham que suas vidas não importam”, disse.

O projeto, iniciado em 2003, não partiu do digital. Isay montou uma cabine em Nova Iorque em que convidada pessoas para responder perguntas e contar histórias, todas gravadas e arquivadas. Em um pouco mais de uma década, o americano já havia reunido mais de 50 mil entrevistas feitas por todo o país.

Com a migração para o mobile, a expectativa é de que o projeto seja muito mais acessando, compartilhando histórias de todo o mundo. Os áudios estarão disponíveis gratuitamente na Biblioteca do Congresso, que já reúne as entrevistas feitas até então.

Suas funcionalidades são encontradas apenas no inglês, porém, o aplicativo permite que as gravações sejam feitas em qualquer língua.




Artigo de Celso Lungaretti: QUEM DEU SUMIÇO NO VÍDEO DO VANDRÉ, A DITADURA OU A TV RECORD?

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

 

Odiado pela ditadura e também pelos barões da mídia
Quando se fala em censura musical nos anos de chumbo, a maioria lembra:

  • das muitas canções que permaneceram proibidas durante anos e anos (“Caminhando”, do Vandré, foi o episódio mais marcante);
  • do artifício que Chico Buarque usou para ludibriar os serviçais da dona Solange, enviando-lhes as letras no nome de Julinho da Adelaide e conseguindo, assim, sua liberação;
  • das ridículas alterações que os artistas eram obrigados a fazer, tipo Walter Franco trocar “eu quero que esse feto saia” por “eu quero que esse afetosaia” (“Mixturação”), ou Raul Seixas, em “Cachorro urubu”, substituir “o que houve na França/ vai mudar nossa dança” por “o que houve na trança(?!)”, como se assim ninguém fosse perceber que se tratava de uma alusão às manifestações contestatórias de maio de 1968;
  • de trechos deixados em branco nos discos (como na canção “Zebedeu”, de Sérgio Ricardo: “e eu encerro a cantoria, pelo amor de Deus,/ mandando vocês à … pelo Zebedeu!”) ou, ao vivo, com os vocalistas mudos e imóveis enquanto os músicos executavam a passagem vetada, etc.

Neste mês em que se comemora o centenário do evento inicial do ciclo, o 1º Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Excelsior no Guarujá (SP) e vencido por Elis Regina com “Arrastão”, quero acrescentar que as emissoras de tevê também fizeram aplicadamente a sua parte no serviço sujo.

A TV Globo, p. ex., além de ter pressionado o júri do 3º Festival Internacional da Canção a não premiar “canções que fazem propaganda da guerrilha”, ainda apagou a memória (deu sumiço nos vídeos) dos dois momentos mais marcantes dos FIC’s, o desabafo de Caetano Veloso contra a platéia que vaiava “É proibido proibir” na eliminatória paulista e a revolta do público do Maracanãzinho na final nacional, quando “Caminhando” foi anunciada só como segunda colocada. A queima de arquivos para satisfazer a pirraça dos fardados foi total. As novas gerações jamais verão o que se passou, tendo de contentar-se com áudios e fotos.

O que houve na TRANÇA, Raulzito?!

Pior ainda pode ter feito a TV Record, pois não teria sequer a desculpa de submissão a uma força maior: é possível que ela haja assumido a posição de censora por conta própria e motivo fútil. Vale uma recapitulação.

Logo que foi extinto O fino (sucessor de O fino da bossa), fez-se uma tentativa de lançar um programa nos mesmos moldes, mas sem ter Elis Regina como apresentadora exclusiva. Chamava-se Frente Única da Música Popular Brasileira, durou apenas dois meses e o comando era confiado, alternadamente, a Elis Regina e Jair Rodrigues; Chico Buarque e Nara Leão; Gilberto Gil; e Geraldo Vandré.

Este último acabou brigando ruidosamente com o Paulinho Machado de Carvalho, da família proprietária da emissora, a quem acusou de censurar a emissão que ele e sua equipe de produção haviam concebido.

Clique aqui e ouça a versão de estúdio de “Ventania”. Ver o registro ao vivo ninguém pode.

A ruptura se deu bem às vésperas do 3º festival da Record, que tinha “De como um homem perdeu seu cavalo e continuou andando” (ou, simplesmente, “Ventania”), do Vandré, como uma das fortes concorrentes.

Então, a emissora desencadeou uma formidável campanha de desqualificação do dito cujo, com medalhões criticando em entrevistas a “agressividade” de sua composição, mexeriqueiras espalhando que ele teria contratado uma claque para vaiar o Roberto Carlos, etc.

A pressão sobre o júri funcionou e Vandré, que vinha de retumbantes vitórias nos festivais anteriores da Record (com “Disparada”) e da Excelsior (“Porta-estandarte”), despencou para a 10ª colocação.

Um disco censuradíssimo do Chico

Chocante é constatar que, na edição dos melhores momentos desse festival de 1967, que a Record exibiu quando comemorava o seu 35º aniversário, ficou faltando… exatamente a “Ventania”!!!  Algo muito suspeito quando todo o resto se mostra perfeitamente conservado. Terá sido um caso de incêndio seletivo?

Tal trecho do vídeo também não deve ter passado pelas mãos dos diretores do documentário Uma noite em 67, Renato Terra e Ricardo Calil, caso contrário eles certamente o teriam aproveitado, sendo Vandré, como é, uma lenda e uma referência obrigatória da era dos festivais

Já a “Disparada”, do festival de 1966, pode ser vista normalmente hoje em dia e é encontrada no Youtube. Ou seja, Jair Rodrigues interpretando Vandré, tudo bem; mas o próprio cantando, tudo mal. Das tantas e tantas vezes em que ele se apresentou na Record, só restou um registro de três míseros minutos de “Aroeira”.

A pergunta que não quer calar é: foram funcionários da ditadura que –como os bombeiros daquela distopia célebre de Ray Bradbury, Fahrenheit 451— vasculharam a emissora à cata dos vídeos do Vandré, ou era a Record que, mesquinhamente, ainda o continuava retaliando tanto tempo depois?

Cadê a “Ventania” que estava aqui? O fósforo queimou? (clique aqui p/ abrir o vídeo expurgado do 3º festival da Record)

A ÉPOCA DE OURO DA MPB/1
O PRIMEIRO GRANDE FESTIVAL COMPLETA 50 ANOS.
Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.
 

Brasil, 1965. A repressão que se abatera sobre sindicatos, partidos políticos e entidades estudantis não foi estendida às artes, cuja importância como fator  subversivo  até então vinha sendo quase nenhuma.

O teatro de denúncia, os Centros Populares de Cultura da UNE, o cinema novo, tudo isso repercutira tão pouco que os militares se permitiram adotar, com relação à cultura, uma postura de  déspotas esclarecidos

Como consequência, os palcos e telas começaram a ser catalizadores do repúdio ao regime e das esperanças de uma reviravolta popular, no lugar dos canais de comunicação que permaneciam bloqueados.

Surgiam espetáculos de integração entre a música, a literatura e o teatro, como Liberdade, Liberdade e o Show Opinião (colagem em que os personagens-símbolos do povo oprimido, camponeses e favelados, eram representados, respectivamente, pelo compositor de baião João do Valle e o sambista Zé Keti).

O cinema, por meio de Paulo César Sarraceni, lançava seu Desafio, filme de Paulo César Saraceni cujo título aparecia em pixações  contestatórias nos muros de São Paulo.

A música, após o refluxo da bossa-nova, tendia para um maior engajamento político e social, na linha defendida por Carlos Lira, Sérgio Ricardo, Edu Lobo e Nara Leão.

E a redescoberta ou revalorização dos sambistas do morro, colocados em evidência graças às parcerias com expoentes da bossa-nova (Pixinguinha/Vinícius de Moraes, Carlos Lira/Zé Keti, etc.), ainda rendia dividendos.

Foi quando o Centro Acadêmico Onze de Agosto, da tradicional Faculdade de Direito da USP, sediada no Largo São Francisco (de papel destacado em vários episódios de resistência ao arbítrio), decidiu promover noitadas de música popular no Teatro Paissandu, sob o comando do radialista Walter Silva.

Logo esses shows eram assistidos por plateias entusiásticas (estudantes, intelectuais, boêmios, profissionais liberais).

Um ótimo documento do período foi o LP Uma Noite no Paramount, lançado em 1983 pela RGE — não é fácil de encontrar-se na internet, mas os obstinados o conseguem baixar. Divide-se quase que meio-a-meio entre a bossa-nova tradicional e canções de protesto como “Terra de ninguém”, “Maria Moita”, “Sem Deus com a família”, “Aleluia”, “Pedro Pedreiro”).

A temperatura do espetáculo pode ser aferida pelo frenesi do público quando César Roldão Vieira canta versos tipo “a minha mulher é só minha,/ a do branco eu nem sei se só dele é”.

Um observador atento, Solano Ribeiro, viu a chance de realizar um evento de grande repercussão. Ele era um dos mandachuvas da TV Excelsior – Canal 9 (emissora paulista já extinta). PARA LER O RESTANTE DO TEXTO E ASSISTIR A 7 VÍDEOS RELATIVOS AOS GRANDES FESTIVAIS DE MPB, CLIQUEAQUI. A SÉRIE DE 5 ARTIGOS CONTINUA NO PRÓXIMO DIA 14.

OUTROS TEXTOS RECENTES DO BLOGUE NÁUFRAGO DA UTOPIA (clique p/ abrir):

DESATAI-A E DEIXAI-A IR!

UM NAVEGANTE ATREVIDO SALIÓ DE PALOS UN DIA…

KOTSCHO: “GANHAMOS NAS LUTAS DO PASSADO, MAS FOMOS DERROTADOS NA CONSTRUÇÃO DO FUTURO”

9 DE MAIO DE 1964. ASSIM PRENDERAM MARIGHELLA, QUE LUTOU COMO UM LEÃO!

MARIGHELLA, HEROI DA RESISTÊNCIA A DUAS DITADURAS (PARA VER E BAIXAR)

É PELOS IMPRESCINDÍVEIS QUE NOS CABE CHORAR!!!

PETIÇÃO EXIGE AFASTAMENTO DE JUÍZA POR “MANIFESTA TENDENCIOSIDADE CONTRA BATTISTI”




CONAF – CONGRESSO NACIONAL DE FOTOGRAFIA

Congresso de Fotografia online e gratuito reúne mais de 20 palestrantes para compartilhar dicas e provocar uma transformação no modo de encarar a fotografia

Uma semana de aprendizado e transformação.

Entre os dias 13 e 18 de Abril ocorre o CONAF, Congresso Nacional de Fotografia.

Serão mais de 20 palestras sobre diversos temas como: Foto Publicitária, Macrofotografia, Natureza, Uso de Drones, Fotografia de Viagem, Edição de Imagem no Lightroom e Photoshop, Edição de Vídeo para Fotógrafos, Uso do Flash, Direito Autoral, Plano de Negócios e muito mais!

O evento é totalmente online e é possível acompanhar as palestras gratuitamente durante a programação.

A agenda completa do evento pode ser vista no site:www.connaf.com.br

A inscrição é gratuita, porém as vagas são limitadas. O evento já conta com mais de 7 mil pessoas inscritas de todo o Brasil.

Para aqueles que não podem acompanhar a programação a organização do CONAF oferece o Acesso VIP e, em uma área de membros, é possível ter acesso a todas as palestras do evento bem como palestras exclusivas e outros bônus como ebooks, packs de preset, certificado de participação e mais.