Genealogia: INFORMAÇÕES SOBRE A FAMILIA CLAVIVOS

Afrânio Mello – ATENDIMENTO NÚMERO 452

Caro Rangel,

 

Enquanto não termino as pesquias de Feu e Rôa , encaminho para seu conhecimento o arquivo do sobrenome CLAVIJOS/CLAVIJO e CLABIBOS.

Espero que fique contente pois já tem,ao menos, um pouco de informações sobre o SOBRENOME.

 

Forte abraço

 

Afrânio Franco de Oliveira Mello

IHGGI / ROL – Jornal on Line.

 

 

ClavivosClavivos, aportuguesamento do Espanhol Clavijos/Clavijo. A opinião dos genealogistas é que este sobrenome proceda da vila assim chamada, Clavijo, na província de La Rioja, donde foi estendendo-se por outros povoados da Espanha. Interessante destacar que um ramo da linhagem Clavijo viveu na ilha de Lanzarote, a qual peretenceu a Dom Salvador Clavijo y Miranda, Cavaleiro Cadete das Reales Compañias de Guardiamarinas Españolas, em 1795, acreditando antes sua nobreza. Da família que se estabeleceu em Córdoba, tem que destacar a Dom Sancho de Clavijo, que passou para o Novo Mundo em 1532, sendo nomeado Governador do Panamá. Entre os conquistadores de Nova Espanha figuram Dom Diego e Dom Juan Clavijo.

Clavivos1

Na província de Logoroño existe um povo chamado Clavijo, que na época da invasão árabe havia um castelo (imagem) do qual ainda existe ruínas. Este povo vivia nas montanhas e há relatos que em noites claras se comunicavam por meio de fogueiras com castelos similares existentes nas montanhas de Navarra e Aragón. As lendas contam que nas ladeiras adjacentes se desenvolveu uma grande batalha entre mouros e asturianos.

Clavivos2

A História conta que o exército asturiano estava rodeado pelos mouros no ano de 844. Na batalha, cujo episódio definitivo se esperava ao dia seguinte, aparecia muito mal para o exército de Ramiro I, rei das Astúrias (imagem). Os conselheiros do rei “montañes” aconselhavam a retirada até o Camero Viejo a espera de reforços. A noite véspera da batalha, foi muito longa. O rei Ramiro I sonhou como a muito tempo não sonhava. Em seu sonho via a San Santiago, vitorioso, ajudando ao exército cristão.

Clavivos3jpg

Chegou a hora da luta. O rei Ramiro I, seguro da vitória, mandou atacar. A duríssima contenda durou toda a manhã e toda a tarde daquele dia 22 de maio de 844. Ninguém dos exércitos dava sinais de cansaço. De pronto um grito unânime: Santiago! Santiago! O exército cristão redobrou suas energias. O triunfo parecia inclinar-se do lado das hostes de Ramiro I, mas a noite se aproximava:
– Senhor – disse Dom Sancho – a vitória é quase nossa, mas a noite impedirá que esta seja definitiva. Somente temos uma solução: Invocar a Virgem para que ela detenha o dia até que acabemos com os pagãos.
O rei, cravou sua espada no solo e invocou a Maria:
– Nossa Senhora: Detém teu dia! Detén teu dia!
No monte Laturce apareceu uma mulher de branco que, com um gesto, deteve o Sol no horizonte. Desta maneira, triunfaram plenamente os asturianos na batalha de Clavijo.

Clavivos4.jpg
José Viera y Clavijo (Imagem), nascido em Realejo Alto (Los Realejos), Tenerife, em 28.12.1731. Faleceu em Las Palmas da Gran Canária em 21.02.1813. Viera Clavijo não é somente o máximo expoente da ilustração das Ilhas Canárias, mas também um dos maiores representantes da ilustração na Espanha. Algumas de suas obras “Historia General de las Islas Canarias, Historia Natural de las Islas Canarias,…” são referências obrigatórias para historiadores e botânicos. Escreveu, ademais, o primeiro periódico manuscrito das Canárias (Papel Hebdomadario). Igualmente, publicou obras de grande interesse sobre didática, física experimental, inventos científicos, poesia, prosa e traduções. É considerado um os pioneiros da Ecologia. Sua condição de religiosos não lhe impediu combater as superstições e as milagreiras. Seu espírito crítico e ilustrado levou=lhe a chocar com a Inquisição Católica.

 

Registra-se Antonio Segundo Clavijo, nascido em 04.06.1766, San Estéban, Valladolid, Espanha; filho de Pedro Clavijo e Antonia Benito de La Quintana; neto paterno de Joseph Clavixo e Angela Prieto e neto materno de Manuel Benito de La Quintanda e Barbara Del Sol.

 

Registra-se Pedro Clavijo, nascido em 19.04.1791, San Miguel, San Julian, Valladolid; filho de Andrés Martin e Rafaela Clavijo; neto paterno de Andrés Martin e Florenciana Venavente e neto materno de Pedro Clavijo e Antonia de La Quitanda.

 

Registra-se Maria Clavijo, nascida em 06.10.1606, Valladolid, Espanha; filha de Francisco Clavijo e Ysabel Martines.

 

Registra-se Beatriz Clavijo, nascida e, 20.09.1552, Valladolid, Espanha; filha de Gaspar Clavijo e Leonor Beltran.

 




Genealogia: AFRÂNIO MELO DÁ INFORMAÇÕES SOBRE A FAMILIA SCHON

Afrânio Mello – ATENDIMENTO NÚMERO 450

Caro Romano,

Demorou um pouco em virtude das pesquisas.

Consegui um arquivo pequeno mas expressivo, com duas páginas e 2 brasões.

Veja que belos brasões , dando força a tradução do sobrenome que é “ Belo, Bonito “.

Grande abraço

Afrânio Franco de Oliveira Mello

IHGGO / ROL – Jornal On Line

 

 

schon      Jacob    Schön, Schöne, sobrenome de origem germânica. Schön significa “bonito, belo”. Provavelmente os primeiros que adotaram esse sobrenome eram fisicamente muito bonitos.

Registra-se Jacob Larsen Schön, nascido em 1698, Urstrup, Presto, Dinamarca e falecido em 12.06.1739; casou-se com Christine Jensdatter Larsen Schön em 27.03.1735, ela nascida por volta de 1715 e falecida em 10.09.1752. Tiveram duas filhas: Ane Margrete Jacobsdatter, nascida em 27.01.1737 e Sidse Jacobsdatter, nascida em 26.03.1739 e falecida em 20.11.1739.

Registra-se Georg Christian Schön, nascido em 09.10.1724, Holzhaleber, Thuringer, Alemanha e falecido em 13.05.1794; filho de Hans David Schön, nascido em 1697, Alemanha e Arina Christina Hammer, nascida em 1702, Alemanha e falecida em 1765.

 

Registra-se Georg Christian Schön, nascido Behrend Ottmanns Schön, nascido em 19.12.1846, Kietteld, Ostriesland, Prussia (Alemanha); casou-se com Hiske B. Zimmermann em 12.11.1870, ela nascida em 03.07.1844; filho de Ottmann Bahrens Schön, nascido em 25.11.1826, Neuefehn, Ostriesland, Prussia e falecido em 04.05.1861 e Tatje Thomsen Blank, nascido em 10.03.1820, Prussia e falecida em 20.07.1860. Ele teve uma filha: Tatje Behrends Schön, nascida em 19.08.1871 e falecida em 16.02.1875.

 

Registra-se Carl Nilsson Schön, nascido em 07.03.1849, St Köping, Mal, Suécia; filho de Nils C. Schön, nascido em 20.11.1822, Andrarum, Kristns, Suécia e Matta Jonsdotten, nascida em 19.05.1824, Vanstad, Mal, Suécia.

 

Registra-se Anna Barbara Schön, nascida em 29.09.1664, Nevenbuerg, Alemanha e falecida por volta de 1710; casou-se com Hans Thomas Blankentuhler em 02.11.1680, ele nascido em 1664. Tiveram uma filha: Margarethe Blankenbacker, nascida em 1690 e falecida em 1755.

 

Registra-se Jerg Martin Schön Schöne, nascido em 10.01.1682, Nevenbuerg, Schwarzwald, Württemberg, Alemanha; casou-se com Maria Elizabeth Ruedy em 1705; filho de Quirius Schön Schöne, nascido em 1642, Württemberg, Alemanha e falecido em 17.05.1683 e Maria Barbara Schön, nascida em 1656, Württemberg, Alemanha.

 

Registra-se Anna Catharina Schön, nascida em 29.01.1708, Ensdorf, Rheinland, Prússia (Alemanha); casou-se com Johanns Michael Neu em 25.01.1729, ele nascido em 1704; filha de Nikolaus Schön, nascido em 14.04.1677, Prússia e Margaretha Hoff, nascida em 1681, Lisdorf, Rheinland, Prússia.

 

Registra-se Efraim Schön, nascido em 20.11.1854, Tyko, Finlândia; casou-se com Maria Sofia Lindroos em 04.03.1857. Tiveram uma filha: Lylli Schön, nascido 01.03.1889 e falecida em 03.04.1889.

 

Registra-se Nikolaus Schön, nascido em 28.11.1705, Ernsdorf, Rheinland, Prússia e falecido em 09.05.1769; ilho de Nikolaus Schön, nascido em 14.04.1677 e Margaretha Hoff, nascida em 1681.

 

Registra-se Christoph Schön, nascido em 1744, Westprussen, Prussia; casou-se com Anna Catharina Relchel em 06.06.1782, ela nascida em 1759.

 




Genealogia: AFRÂNIO MELLO FORNECE INFORMAÇÕES SOBRE A FAMILIA REMORINI

PatriziAfrânio Mello – ATENDIMENTO NÚMERO 451

Caro amigo,

Estou enviando um pequeno arquivo , enquanto aguardo a finalização das pesquisas que estão em andamento.

Tão logo tenha mais informações, enviarei.

Você tem um brasão bem bonito em sua genealogia.

Grande abraço

Afrânio Franco de Oliveira Mello

IHGGI / ROL – Jornal On Line

 

Origem do sobrenome Remorini, país de origem: Italia

Nobreza: Nobili – Patrizi

Escudo e Brasão de Armas da família Remorini:
Scaccato d’argento e di rosso col capo d’oro. Cimiero:un leone d’oro nascente, coronato, tenente con la bocca e le zampe una catena di ferro. Motto: FORTIOR EST VIRTUS.

 

Antica e virtuosa famiglia, la quale fu innalzata agli onori del Patriziato di Pavia, con deliberazione degli abati e dei decurioni di quella città,

in data 2 settembre 1791. In considerazione dei particolari meriti e zelanti servizi che aveva reso alla stessa città e alla provincia il R. Consultore

don Carlo Remorini, prima nella sua qualità di sindaco generale di Milano e poi in quella di assessore presso la Congregazione …continua

 

 

http://www.imigrantesitalianos.com.br/




Genealogia: AFRANIO MELLO INFORMA SOBRE A FAMILIA BARTH

BarthAfrânio Mello: ATENDIMENTO NÚMERO 445

 

José Luiz,

 

Não tenho informações da família Barth.

João Barth era farmacêutico e sua farmácia ficava no Largo da Matriz.

Tinha uma filha casada com Francisco Rodrigues que tinha uma loja na Rua José Bonifácio e tinha dois filhos : Mário Barth Rodrigues e Ruth Barth Rodrigues

( que foi casada com o Mathias Cheque ). O Mário casou-se com uma irmã da mulher do dentista Adherbal Rodrigues.

O outro filho foi o Jair Barth casado com Zélia Moraes Terra , prima da minha sogra Therezinha, do Nego Terra , do Aristeu Corrêa de Moraes, do Dedé Terra.

Tiveram os filhos : Flávio,Nelson , Maria Zélia,Vera .

Tinha uma filha que residia com D.Zélia na Vila Rosa.

Não sei a relação com a Professora Corina Caçapava Barth.

Segue o Brasão anexado.

 

Grande abraço

 

Afrânio Franco de Oliveira Mello

IHGGI – ROL – Jornal On line




Artigo de Celso Lungaretti: 'A ANGELICA DA PRAÇA DE MARÇO'

APOLLO NATALI

A ANGÉLICA DA PRAÇA DE MARÇO

“Quem é essa mulher 

que canta sempre esse estribilho?

Só queria embalar meu filho 

que mora na escuridão do mar” 

(Chico Buarque)

Mais um março chegou e todo o março que chega reaviva o de 1964, de opressivas lembranças.

Até Chico Buarque lançar a canção “Angélica”, poucos conheciam a história que a memória deste março traz à tona, da mãe brasileira que teve seu filho torturado e morto pela ditadura de 64 e seu corpo jogado no mar.

Em 1971, em plena ditadura, o filho da estilista Zuzu Angel, Stuart Angel, militante do MR-8, já muito debilitado pelas torturas, foi amarrado à traseira de um jipe da Aeronáutica e arrastado com a boca colada ao cano de descarga do veículo. O corpo foi atirado no mar.

Em 1971, em plena ditadura, o filho da estilista Zuzu Angel, Stuart Angel, militante do MR-8, já muito debilitado pelas torturas, foi amarrado à traseira de um jipe da Aeronáutica e arrastado com a boca colada ao cano de descarga do veículo. O corpo foi atirado no mar.

Zuzu Angel denunciou incansavelmente o assassinato e a ocultação do cadáver de Stuart. Invadiu tribunal militar e lá gritou valentemente sua revolta de mãe. Foi vítima fatal de um acidente automobilístico suspeito, em 1976.

Chico Buarque, amigo a quem ela escrevera carta levantando a possibilidade de ser também assassinada pelos militares, homenageou-a com “Angélica”, lançada em 1981, quando o Brasil começava a desmontar a engrenagem repressiva dos chamados anos de chumbo.

Quantas mães não puderam embalar seus filhos torturados e mortos pelos EUA e seus acumpliciados planeta afora? Tantas mães e filhos, tidos como obstáculos à marcha dos legionários americanos e seus cúmplices a varrer democracias do mapa e barrar tentativas de reformas sociais em favor dos oprimidos. Em troca do quê? Unicamente de deixar suas empresas firmemente no comando pelo mundo e garantir lucros e remessas para o exterior.

Foi num março, o de 1964, que começou a fascistização implacável do Brasil. Fascismo, teu nome é autismo social, indiferença aos clamores e direitos populares, enfermidade a se espalhar ainda hoje no sangue da nação. Passado meio século, este março de 2015 nos adverte que nossa democracia se chama restos mortais da ditadura.

A par da indignação e espanto com as torturas e mortes que todo março nos traz à memória, há uma lição a ser revista em todos os marços vindouros: entender que, em sua semeadura universal de ditaduras brutais e corruptas –em troca tão somente do lucro das empresas estadunidenses–, assassinos e torturadores com seus métodos não muito agradáveis eram sempre bem-vindos pelos EUA, como o foram, entre outros, no Brasil. Encontraram aqui terra fértil ao plantio do fascismo e aplicados aprendizes da tortura.

A sensível homenagem de Chico Buarque à estilista…

Quantos marços passarão até se aprender que terroristas são eles e não alguns poucos milhares de combatentes da liberdade, que lutaram contra o arbítrio por um ideal de justiça e por solidariedade para com os explorados e oprimidos –entre os quais Stuart Angel?

Autor: Apollo Natali

Todo março é mês de se lembrar que em El Salvador e na Guatemala, não houve apenas matança comum. O principal componente lá foi a tortura brutal e sádica, batendo bebês contra pedras, pendurando mulheres pelos pés com os seios cortados e pele do rosto escalpelada, para sangrarem até a morte, ou cortando cabeças e colocando-as em estacas.

Quantos marços vão chegar até se aprender que o objetivo dos EUA, com suas carnificinas, foi sempre o de esmagar qualquer verdadeira democracia e sufocar o mais leve suspiro de liberdade, em troca de alguns trocados que nem chegam a beneficiar a sua própria população pobre e oprimida?

Mães brasileiras não fizeram panelaços nas praças de Março por seus filhos assassinados, como fizeram as mães argentinas na Plaza de Mayo. Na ditadura brasileira houve torturas e mortes mais estripadoras do que no caso de Stuart Angel.

Mas nenhuma outra mãe Zuzu gritou como ela, onde e por quê. As Zuzus do mundo queriam apenas embalar seus filhos e tirá-los da escuridão do mar. Como as próprias mães estadunidenses, que tiveram seus filhos mortos em guerras longínquas por pão e banana.

…e o filme dirigido por  Sérgio Rezende, completo.

COMO A COMISSÃO DA VERDADE DESMONTOU A FARSA DE QUE ZUZU ANGEL TERIA MORRIDO NUM ACIDENTE

Zuleika Angel Jones morreu no dia 14 de abril de 1976, às 3 horas, em acidente automobilístico na saída do túnel Dois Irmãos, na estrada da Gávea, no Rio de Janeiro. Tendo em vista as várias ameaças anônimas recebidas pela estilista, devido a sua insistente luta por informações do paradeiro de seu filho Stuart, logo surgiu a desconfiança de que o acidente teria sido provocado por agentes dos órgãos repressivos.

A versão divulgada à época foi a de que o carro de Zuleika Angel Jones, um Karman Ghia, teria saído da pista, colidido com a proteção do viaduto Mestre Manuel e capotado várias vezes em um barranco. A certidão de óbito, assinada pelo médico Higino de Carvalho Hércules, confirmou a versão do acidente e atestou como causa da morte uma ‘fratura do crânio com hemorragia subdural e laceração cervical’.

Chegou-se a cogitar que a estilista tivesse ingerido bebida alcoólica e, por isso, perdido o controle do veículo. Essa possibilidade foi logo descartada após o exame toxicológico que atestou a ausência de álcool em seu sangue. Noticiavam, também, a fadiga da motorista, que poderia ter adormecido no volante, e problemas mecânicos, que poderiam ser a causa do acidente. Fatos que não se comprovaram.

Em 1996, com o intuito de apresentar um pedido de indenização à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a família de Zuleika Angel Jones solicitou o trabalho de Luís Fondebrider, da Equipe Argentina de Antropologia Forense, para analisar os restos mortais da estilista. O perito argentino apontou inconsistências na versão divulgada à época do acidente. Da mesma forma, a família apresentou declarações de Lourdes Lemos de Moraes, esposa do empresário Wilson Lemos de Moraes, que garantiu que o carro de Zuleika Angel Jones havia sido levado por seu marido, Wilson, para uma revisão completa, uma semana antes do acidente.

Também foi apresentado o depoimento de Marcos Pires, que teria visto o acidente da janela de seu apartamento, situação em que descreveu que dois carros estavam emparelhados na saída do túnel Dois Irmãos quando um dos automóveis chocou-se com outro, que seria o de Zuleika Angel Jones, provocando a colisão contra a proteção do viaduto e, logo em seguida, o carro despencou do barranco.

A mesma testemunha também declarou que, surpreendentemente, em menos de cinco minutos do acidente, cinco carros da polícia já estariam presentes no local. A partir dessas informações, a CEMDP decidiu solicitar um parecer técnico dos peritos criminais do Instituto de Criminalística de São Paulo. Os profissionais contribuíram para desmontar a versão falsa da morte de Zuleika Angel Jones, da qual, inicialmente, descartaram a possibilidade de Zuzu ter dormido ao volante, já que ‘a fratura do perônio (osso da perna) encontrada é típica de compressão transmitida pelo pedal de freio no momento do impacto’.

Com relação ao primeiro exame do local de acidente, afirmam que a versão apresentada para a dinâmica dos eventos é absolutamente inverossímil, pelas seguintes razões:

Primeiro porque um veículo jamais mudaria de direção abruptamente única e tão somente por conta do impacto de qualquer de suas rodagens contra o meio-fio, qual seria galgado facilmente, projetando-se o veículo pelo talude antes de chegar ao guarda-corpo do viaduto.

Segundo porque, sendo o meio-fio direito da autoestrada perfeita e justamente alinhado como guarda-corpo do viaduto, mesmo que o veículo se desviasse à esquerda, tal como o sugerido pelo laudo, desviar-se-ia do guarda-corpo, podendo, se muito, chocar o extremo direito da dianteira.

Terceiro porque, mesmo que se admitisse a trajetória retilínea final, nos nove metros consignados pelo laudo, tendo-se em conta que o veículo chocou a dianteira esquerda e que não havia mais nada à direita, a não ser a rampa inclinada da superfície do talude, teríamos que aceitar que as rodas do lado direito ficariam no ar e o veículo perfeitamente em nível até que batesse no guarda-corpo, o que, evidentemente, seria impossível.

As pesquisas realizadas no âmbito da Comissão Nacional da Verdade no acervo histórico do Arquivo Nacional revelaram inúmeros documentos sobre o intenso monitoramento de Zuzu Angel e de suas atividades, por parte dos órgãos de informações e repressão. Documento do Estado-Maior do Exército, no qual o adido militar brasileiro nos Estados Unidos recomenda que as viagens de Zuleika fossem monitoradas, para que ‘elementos amigos pudessem acompanhar mais de perto os seus passos’.

Contudo, uma das principais informações recolhidas pela Comissão Nacional da Verdade sobre o caso de Zuzu Angel está no depoimento do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social do Espírito Santo (Dops-ES), Cláudio Guerra, no qual o agente identificou a presença, em uma fotografia feita logo após o acidente, do coronel do Exército Freddie Perdigão Pereira, e afirmou ter ouvido do próprio Perdigão que ele havia participado do atentado que vitimou Zuleika Angel Jones.

Diante disso, a CNV solicitou ao Ministério da Defesa e ao Comando do Exército uma fotografia do referido coronel, à época, para fins de comparação e perícia, mas o Comando do Exército alegou que nos acervos do Exército não existe qualquer tipo de registro fotográfico dos seus agentes.

(transcrição literal e completa do tópico dedicado às circunstâncias da morte de Zuleika Angel Jones no relatório final da Comissão Nacional da Verdade)




Itapetininga: AGENDA CULTURAL DO GOVERNO DO ESTADO

AGENDA CULTURAL ITAPETININGA – ABRIL/2015

 

ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO

Dias 03, 04 e 05 de abril

Horário: 20h30

Local: Av. Peixoto Gomide

 

BANDA NA PRAÇA

Todas as sexta-feiras, exceto dia 03

Horário: 18h30

Local: Largo dos Amores                        

 

CIRCUITO CULTURAL PAULISTA

Espetáculo: Nossos Sapatos (dança)

Dia 11 de abril

Horário: 19h

Local: Auditório Abílio Victor

Classificação: 14 anos

 

TARDE DE HISTÓRIAS

Dia 18 de abril

Horário: 15h

Local: Biblioteca Municipal – Rua Campos Sales, 175, Centro

 

CLUBE DO LIVRO

Dia 25 de abril

Horário: 17h

Local: Biblioteca Municipal – Rua Campos Sales, 175, Centro




Itapetininga: PEÇA INFANTIL 'BRUXA DA ESCÓCIA DIAS 9 E 10 DE ABRIL'

 VagalumPREMIADO ESPETÁCULO “BRUXAS DA ESCÓCIA”, ADAPTAÇÃO PARA O TEATROINFANTIL DO CLÁSSICO “MACBETH” DE SHAKESPEARE, ASSINADA PELA CIA VAGALUM TUM TUM, CHEGA A ITAPETININGA, DIAS 09 E 10 DE ABRIL

 

O público de Itapetininga terá a oportunidade de assistir, nos dias 09 e 10 de abril, a um dos espetáculos infantis mais premiados nos últimos anos. Trata-se da montagem de “Bruxas da Escócia”, livre adaptação do clássico “Macbeth” (de William Shakespeare), assinada pela Cia Vagalum Tum Tum, dirigida por Angelo Brandini. As apresentações são gratuitas e acontecem no Sesi Itapetininga, sempre às 15h.

 

“Bruxas da Escócia” é a quarta adaptação de um clássico shakespeariano para o universo infanto-juvenil realizada pela Cia Vagalum Tum Tum – o grupo já transformou “Otelo” em “Othelito”, “Rei Lear” em “O Bobo do Rei” e “Hamlet” em “O Príncipe da Dinamarca”, todos espetáculos premiados pela crítica especializada.

 

Tendo estreado em 2014, a montagem venceu em três categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 (antigo Prêmio Femsa): Melhor Espetáculo Infantil, Melhor Direção e Melhor atriz Coadjuvante (Christiane Galvan). Ganhou ainda o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado e foi finalista do Prêmio Governador do Estado na Categoria Arte para Crianças.

 

O espetáculo, adaptado e dirigido por Angelo Brandini, traz no elenco os atores Anderson Spada, Christiane Galvan – responsável pela criação dos figurinos –,Erickson Almeida, Layla Ruiz, Tereza Gontijo e Val Pires. Juntos no palco, o elenco executa também ao vivo as músicas originais do espetáculo, compostas pelo diretor musical Fernando Escrich.

 

Vale ressaltar que a Vagalum tum Tum levará “Bruxas da Escócia” para diversas cidades do interior de São Paulo, até o final do mês de abril, abrindo o projeto Viagem Teatral do SESI 2015.

 

ADAPTAÇÃO – Utilizando-se da linguagem do palhaço – Angelo Brandini integra os Doutores da Alegria desde 1994 e atualmente é coordenador nacional de criação –, o espetáculo conta a saga de Macbeth, um valente general do exército escocês que vira o melhor amigo do rei. Apesar do tema denso e das tragédias do texto original, “Bruxas da Escócia” é contada de uma maneira engraçada, com músicas em clima de opereta e até mesmo truques de mágica.

 

“Como a peça possui a maneira do palhaço de contar uma história, as batalhas são repletas de bofetadas e escorregões”, ressalta Brandini. Sobre as mortes presentes em Macbeth, o diretor utilizou-se de uma maneira leve, divertida e criativa para mantê-las no espetáculo: em “Bruxas da Escócia” os personagens são catapultados para o espaço infinito por meio de um belo truque de mágica. “Mas também não deixamos de falar sobre o poder, aproveitando esse momento que estamos vivendo”, lembra o diretor.

 

MÚSICA E KILT – Um traço marcante das montagens da Vagalum Tum Tum é o cuidado com as músicas e não é diferente neste novo espetáculo. As canções de Fernando Escrich ajudam a apresentar ao público cada um dos personagens. Por exemplo, a vilã Lady Macbeth, esposa de Macbeth, é retratada por uma música divertida, que a define como a “dona da bola”, que consegue tudo na base do beliscão.

 

Já os figurinos, criados por Christiane Galvan, destacam o uso do kilt, as tradicionais saias masculinas escocesas. “Naquela época lá na Escócia, onde a história se passa, os homens usavam saias nas batalhas para facilitar na hora de fazer xixi sem ter que descer do cavalo”, explica a atriz e figurinista.

 

Outro ponto da montagem que deve chamar a atenção do público é coxia. Tradicionalmente um lugar “secreto”, onde acontecem os bastidores das montagens, em “Bruxas da Escócia” ela ficará visível ao público. “Nesta peça a coxia não fica escondida da plateia de propósito. A ideia é que as crianças possam desvendar os segredos do teatro. Por isso que o cenário criado por Bira Nogueira é cheio de transparências”, conta Brandini.

 

ANGELO BRANDINI

Formou-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de SãoPaulo, EAD/USP. É autor e diretor das peças “Masmorra”, “Vagalum Tum Tum”, “Queluzminha”, “Othelito” (Prêmio APCA, 2007 de Melhor Texto Adaptado) “Senhor Dodói” (Prêmio FEMSA 2008 de Melhor Texto Adaptado),  “O Bobo do Rei” (Prêmio FEMSA 2010 de Melhor Direção), “O Príncipe da Dinamarca” (Prêmio FEMSA  2011 de Melhor Texto Adaptado), “A Condessa e o Bandoleiro” (Prêmio São Paulo de incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 de Melhor Espetáculo Jovem) e “Bruxas da Escócia” (Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 de Melhor Espetáculo Infantil e Melhor Direção; Prêmio APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado, indicado ao Prêmio Governador do Estado na Categoria Arte para Crianças).
Faz parte dos Doutores da Alegria desde 1994, onde é coordenador nacional de criação. Diretor e ator do espetáculo “Midnight Clowns”, apresentado em S. Paulo e Rio de Janeiro que visa o aprimoramento e a manutenção de um espaço para a linguagem do Palhaço. Ministra Palestras-Shows sobre o trabalho dos Doutores da Alegria para empresas, órgãos governamentais, instituições e universidades de todo o Brasil, América do Sul e Portugal.

 

Criador, redator e intérprete do programa “Cidadania no Trânsito, Rádio Pára-Choque”, esquetes cômicas sobre trânsito na Rádio Eldorado, Prêmio APCA de inovação no rádio 2006.

 

Como ator, participou de dezenas de espetáculos com diretores como Cacá Rosset (“O Avarento”), Celso Frateschi (“O Macaco Peludo”, “Um Homem é Um Homem”, “O Banquete”, “Atiag e a Grande Imprecação diante dos Muros da Cidade”, “Tio Vânia”), William Pereira (“La Chunga, em Miami e N. York”), Gabriel Vilela, Roberto Lage, entre outros.

 

CIA. VAGALUM TUM TUM

A companhia surgiu em 2001 com o espetáculo homônimo Vagalum Tum Tum que contava a saga de um palhaço atrás de um vagalume.  O segundo espetáculo,Queluzminha, contava com dramaturgia de Marici Salomão e apresentava a história de dois palhaços em esquetes com técnicas “palhacescas” variadas e manipulação de objetos.

 

Em 2007 a companhia estreou Othelito, produzido e premiado pelo 11º Cultura Inglesa Festival como Melhor Espetáculo infanto juvenil. Othelito ganhou também os prêmios APCA e FEMSA 2007 de Melhor Texto Adaptado.

 

No ano de 2010 estreia O Bobo do Rei, livre adaptação de Rei Lear de William Shakespeare e recebeu o Premio da Associação Paulista de Críticos de Arte de Melhor Elenco, FEMSA 2010 de Melhor Direção, Melhor Figurino e Atriz Revelação para Tereza Gontijo.

 

Já em 2011 foi a vez de a Cia. estrear O Príncipe da Dinamarca, livre adaptação do clássico Hamlet, de William Shakespeare, vencedora do Prêmio FEMSA 2012 de Melhor Autor de Texto Adaptado, que também rendeu ao ator Davi Taiu o FEMSA de Melhor Ator Coadjuvante em 2012 e Premio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Trabalho para o publico Infanto-Juvenil 2011.

 

Em 2014, dentro do projeto criado pelo grupo “Shakespeare para Crianças”, estreou o espetáculo “Bruxas da Escócia”, livre adaptação de “Macbeth” do mais importante dramaturgo de todos os tempos. A montagem venceu em três categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014: Melhor Espetáculo Infantil, Melhor Direção e Melhor atriz Coadjuvante (Chris Galvan). Ganhou ainda o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado e foi indicado ao Prêmio Governador do Estado na Categoria Arte para Crianças.
A Cia. Vagalum Tum Tum realiza palestras e oficinas de palhaço para crianças e adultos.

 

FICHA TÉCNICA

Texto e direção: Angelo Brandini

Elenco: Anderson Spada, Christiane Galvan, Erickson Almeida, Layla Ruiz, Teresa Gontijo e Val Pires.

Direção musical: Fernando Escrich

Figurinos: Christiane Galvan

Cenário: Bira Nogueira

Preparação Corporal: Vivien Buckup

Iluminação: Wagner Freire

Assistente de produção: Marina Mioni

Produção geral: Cia. Vagalum Tum Tum

 

SERVIÇO

Cia Vagalum Tum Tum apresenta o espetáculo BRUXAS DA ESCÓCIA – SESI ITAPETININGA

Dias: 09 (quinta-feira) e 10 (sexta-feira) de abril              , às 15h

Endereço: Av. Padre Antonio Brunetti, 1360

Telefone: (15) 3275-7949

Classificação: Livre

Duração: 60 minutos

Lotação: 246 pessoas

Ingressos: Grátis