Jorge Paunovic: 'E agora, o que virá?'
Jorge Paunovic: ‘E agora, o que virá?’
As investigações procedidas pelo Ministério Público e a Polícia Federal trouxeram a tona diversos desvios de conduta praticados por agentes públicos e políticos.
Toda semana temos novidades em relação a novas investigações e denúncias.
Agora a investigação atinge o núcleo do poder central além de pessoas já investigadas pela lava jato.
Sou da opinião que as investigações devem ser céleres e punir os culpados, além é claro, da devolução do dinheiro desviado do poder público.
Notem que os recursos desviados do orçamento acabam faltando na saúde, na educação e na segurança, além é claro da bola da vez que é a previdência.
Falta ainda um órgão governamental ser investigado que é o BNDES que segundo informações divulgadas efetuou empréstimos que não foram aprovados pelo Tribunal de contas da União e foram considerados suspeitos.
Na gestão anterior algumas empresas consideradas campeãs foram privilegiadas com empréstimos subsidiados pelo BNDES e justamente entre elas algumas estão sendo investigadas por estarem aparentemente envolvidas em casos de corrupção.
Há muito tempo fala-se em abrir a caixa preta do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil e ao que parece as investigações estão chegando lá.
Segundo dados divulgados as caixas de previdência de alguns órgãos estatais estão tendo prejuízos com os investimentos realizados na última década e seus funcionários e o governo que é seu maior acionista terão que repor estas perdas.
Com tanto dinheiro sendo desviado através de contratos com empresas privadas é natural que haja o tal do déficit no orçamento governamental, além do que o governo tem feito concessões como abrir mão de impostos para algumas empresas que não tem favorecido a economia e tão pouco o emprego.
Da mesma forma inúmeras são as empresas e clubes de futebol que devem para o fisco e não são acionados pela justiça para efetuar os pagamentos, dias atrás foi divulgada uma lista dos maiores devedores da previdência e ao que parece nenhuma delas está sendo acionada na Justiça para quitar o débito.
Resta então ao governo cobrar da população via trabalhador a cobertura do rombo orçamentário, muito embora esse mesmo trabalhador tenha que trabalhar durante cinco meses para pagar os impostos dele cobrados sem que ali estejam inseridos o IPVA, IPTU, Imposto de Renda e pedágios quando trafega por nossas rodovias. Impressionante é verificar que antes da Constituição de 1988 não tínhamos diversos impostos que foram criados aumentando consideravelmente a arrecadação e o governo não tem dinheiro.
Esperamos que todas as denúncias sejam apuradas e havendo comprovação do desvio de conduta de agentes públicos e políticos sejam extirpados da vida pública então quem sabe o país poderá trilhar o caminho da expansão econômica e do emprego. A situação é grave e exige da população calma e postura ordeira aguardando os acontecimentos e as investigações.