Jose Coutinho de Oliveira: 'Novo cisma, nova cruzada'

Jose Coutinho de Oliveira: ‘Novo cisma, nova cruzada’

       Qualquer pessoa que confrontar os artigos 208/I e o 227 da Constituição Federal logo perceberá que houve um cisma no meio da constituinte de 1987. Em se falando de cisma é bom lembrarmos do mega cisma que irrompeu no mundo católico de 1409-1415 quando coexistiram 3 papas simultaneamente:  1º antipapado, Bento XIII, Avignon, antipapa de 1394 a 1423; 2º antipapado, Pisa, Alexandre V (1409-10), sucedido por João XXIII (1410-15); Gregório XII de 1406-1415 – Papa – Roma.

       Pois bem, falemos então do artº 208/I que diz que o ensino fundamental é obrigatório; já o artº 227 todavia diz que à criança deve ser garantida dentre outros itens a liberdade; diz ainda que a criança e o adolescente devem ser protegidos de toda opressão. Pois bem, felizmente hoje vemos que o ensino obrigatório é uma péssima metafísica, ou seja, uma falsa crença. Foi instituído na Constituição de 1934, artº 150 a quando então os políticos condenaram o país ao subdesenvolvimento. O ensino obrigatório sabota a administrabilidade do processo ao impor na mesma sala de aula alunos motivados com desmotivados. Sabemos de antemão todavia para o desespero dos opositores que o ensino facultativo incrementaria o EJA em mais ou menos 1500% transformando o país num campus universitário. Sabemos todavia que esse não é o único problema da educação; outro problema é consequência do laicismo exacerbado inaugurado na revolução francesa e introduzido aqui no Brasil na 1ª constiituição republicana. Sabemos hoje que o que moveu aquela revolução foi a eclesiofobia representada pela sua prática presunçosa e ateísta. Precisamos da escola mística portanto no lugar na escola laica. Sabemos hoje todavia que o obsoleto (platonismo coletivista) impera por causa da falta de mobilização dos cristãos liberais, os verdadeiros modernos. Muitos sabem que além da escola mística defendemos a teocracia, forma mais evoluída de civilização, quando, por consequência, todos perceberão a falta do latim e do grego nas escolas. E antes de concluir devemos lembrar que com a adoção do ensino facultativo haveria uma diminuição de matriculados no 1º  ano do ensino regular. Algumas dessas crianças iriam para o autodidatismo (ensino à distância), outros para professores particulares e outros por fim para o lúdico.
José Coutinho de Oliveira
Pós graduando em Educação Especial