Élcio Mário Pinto: 'Literatura livre'

Élcio Mário Pinto: ‘LITERATURA LIVRE’

 

Tudo começou quando o editor do Jornal ROL, Helio Rubens, publicou uma matéria divulgando o livro “Onde moram os tatus”, de Ivan Camargo.

Como colunista do ROL, escrevi ao Helio perguntando: como posso adquirir o livro? A resposta foi imediata e com o e-mail do autor.

Escrevi ao Ivan, de Tatuí/SP, que prontamente me respondeu dizendo que me enviaria um exemplar acompanhado de outra publicação sua: “Assombrações Caipiras”.

Trocamos alguns e-mails e assim que o livro chegou, pelos Correios, comecei a ler. A leitura tornou-se mais do que instigante e provocadora! Tudo tão bem entrelaçado, em continuidade, personagens ligados, ambientes contíguos, enfim, uma produção muito bem construída!

O destaque que apresento deu-se por este fato: minha esposa Adriana diz que meu humor para piadas deixa a desejar. De fato, as piadas, normalmente, não me tiram risos. Não sou bom participante de brincadeiras em palco. Mas, com “Onde moram os tatus”, toda a minha dificuldade com o riso de situações hilárias se foi. Ri, ri muito, deliciei-me com os textos e com lágrimas de alegria compartilhei com quaisquer pessoas que encontrava. Foi o que aconteceu enquanto esperava atendimento médico. Nem lá, consegui parar de ler, rir, entender e aprender sobre os personagens e os ambientes construídos por Ivan, o autor.

Aliás, faço questão de revelar que, três livros me marcam muito (por ordem cronológica):

– “O menino do dedo verde”, de Maurice Druon.

– “O Carvalho”, de Jorge Facury – também nascido em Tatuí.

– “Onde moram os tatus” – de Ivan Camargo.

E ontem, 08 de agosto de 2017, uma terça-feira à noite, no Museu Histórico Paulo Setúbal, outro tatuiense – que faleceu em 1937 – lá estava Ivan Camargo lançando seu novo livro: “Golpe Baixo”.

Em Tatuí/SP, com um público tão interessado, Adriana e eu percebemos, entre os jovens, um rapaz alegre, entusiasmado e feliz! Começamos a conversar e soubemos tratar-se de alguém ligado ao Teatro. César apresentou-se e se disse realizado por estar naquele lançamento. Então, sem dúvida alguma, oferecemos a ele um exemplar do novo livro do Ivan. César nos agradeceu com a alegria da juventude e do mais verdadeiro sentimento. Ali, festejamos a união pela Literatura, a amizade, a confiança e a liberdade.

Por falar nela, depois do autógrafo do Ivan e de uma última conversa, já à mesa dos comes e bebes, Dri e eu dissemos ao César: você é uma pessoa de ALMA LIVRE!

Deixamos Tatuí e voltamos para casa, em Sorocaba.

Que todas as almas, com a Literatura, ganhem fôlego e sejam LIVRES!

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO

09/08/2017