José Coutinho de Oliveira: 'Superessência'
Pois bem, nós somos também a favor da propriedade coletiva, não formalmente, mas na da vindoura. Acreditamos que se uma série de providências forem tomadas haveria tão grande oferta de bens que se cessariam todos os conflitos. Platão, parece, em sua maturidade e, em “Leis” inova ao abandonar o coletivismo.
Nós também mesclamos as duas obras surgindo dessa mescla a seguinte proposta, ou seja, para que venha essa tal opulência e, por conseguinte, o coletivismo, é necessário, pois, por primeiro que nos adaptemos à doutrina da subsidiariedade do Estado ou, em parte, protagonismo da livre iniciativa, doutrina esta parte integrante da doutrina social da igreja católica; acreditamos que no socialismo estatizador, acredite quem puder, o individualismo se exacerba. Acreditamos portanto que é a proposta privatista o verdadeiro socialismo pois é quem iria engendrar o “Leviatã”, de Hobbes, onde ninguém brigaria pois o Estado seria o grande artífice da paz: o ” Leviatã” é aquele Estado com tais virtudes superiores, capaz de evitar conflitos.
Dentre as providências que deveriam ser tomadas simultaneamente estão a alteração dos seguintes artigos da Constituição Federal: 14, § 1º, I, voto facultativo, 19/I, permitindo ao Estado gastar com evangelização; 208/I, ensino fundamental opcional; presidencialismo misto e, se, ainda for necessário, artº 65, abolindo-se a função revisora do senado. No âmbito da catequese: 1ª comunhão facultativa e catecumenato audio-oral pictográfico ou ágrafo para os neófitos iletrados que queiram se batizar. Neófito é aquele recém convertido.
A conclusão que se tira do princípio da subsidiariedade do Estado é que nela a igreja católica defende então a indispensabilidade do Estado, que, estará, na economia, minimamente presente.
José Coutinho de Oliveira
Classificado cavaleiro comendador pelo príncipe Dom Gabriel de Orleans e Bragança, sobrinho pentaneto por cognação (pelo lado materno) da José Bonifácio, da heraldica.org.br