Eduardo Werneck: 'A Revolução de 1932 (ou uma guerra ?): os amigos que estão me ajudando a escrevê-la !'
Eduardo Cesar Werneck: ‘A Revolução de 1932 (ou uma guerra ?): os amigos que estão me ajudando a escrevê-la!’
Este é o segundo (ou terceiro…) trabalho de fôlego ao qual me debrucei.
O primeiro, não tenho dúvida, foi o “Marquês de Paraná”, com duração de quatro anos,
gerando muitos amigos, e ao final, me levando a 17 cidades de quatro estados brasileiros.
Depois, comecei pesquisando “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse” (em verdade
as curiosidades que cercam a vida de Oswaldo Cruz, Adolpho Lutz, Carlos Chagas, Emílio
Ribas e Vital Brasil). Contudo, por algum acidente do destino parei para espiar algum
comentário sobre as vicissitudes de 1932, e não parei mais…
Voltarei àquele em 2018.
Claro, que não pretendo realizar o trabalho definitivo sobre 1932, porém quero
acrescentar minha visão, como descendente direto de um entre muitos dos esquecidos
soldados/heróis desta história.
Para isto, em meu auxílio estou me cercando de muitos amigos que a Internet tem
me possibilitado encontrar. São vários, e hoje falarei sobre um deles e de sua cidade, no
caso, Adolpho Legnaro, da cidade de Casa Branca (SP).
Ainda não me fartei daquilo que lá existe de conhecimento á espera, e assim voltarei
para a “Região do Romão” em breve, pois do pouco que vi levou-me ao deslumbramento.
Esta região, diga-se a única onde os paulistas venceram e convenceram na Guerra
de 1932 (a partir de Casa Branca, retomaram Lagoa Branca, Vargem Grande do Sul, o
bairro Pedregulho e São João da Boa Vista, e logo marchariam para São Sebastião da
Grama, porém Romão Gomes neste momento foi designado para a região de Campinas),
e aqui Adolpho foi um obstinado amigo a me proporcionar o máximo da informação no
mínimo tempo possível.
Passei um dia e meio, hospedando-me no Alfonsos’s Hotel, e conhecendo locais
em sua companhia, muito significativos e marcantes, como por exemplo, a Praça Barão de
Mogi Guaçu e o casario à frente da mesma. Afinal, foi por esta rua que entraram as tropas
mineiras durante a guerra, indo as mesmas se alojar no Instituto de Educação “Francisco
Thomaz de Carvalho”, à época recentemente inaugurado. Posteriormente, as tropas
mineiras ali estacionadas permaneceram pouco tempo, e ao fugirem da vitoriosa Coluna
Romão Gomes, simplesmente destruíram o local.
Na Praça Barão de Mogi Guaçu, conhecemos outras edificações que são
testemunhas desta história, e a seguir, caminhamos pela rua Altino Arantes até chegar à
Praça Dr. Carvalho, onde está localizado o Instituto de Educação. Uma construção que
chama a atenção pela grandiosidade, com nosso amigo Adolpho explicando como foi
possível tal iniciativa naquele distante período desta cidade.
Pudemos ainda, conhecer e manusear um rico acervo pertencente à hemeroteca
local. Aqui recolhemos farta informação para nossa pesquisa, e claro, ficou faltando pelo
tempo apertado alguns detalhes que iremos resgatar, em uma segunda visita a esta bela
cidade, localizada em uma região que faz divisa com o estado de Minas Gerais e que foi
importante na evolução dos conflitos que aconteceram no inverno de 1932.
Eduardo Cesar Werneck
Foto 1 – Adolpho Leganro e Eduardo César Werneck à frente da Matriz na Praça Mogi Guaçu
A rua à frente da Praça Mogi Guaçu em dias atuais…
A mesma rua, com as tropas mineiras invasoras…
O Instituto de Educação, por volta de 1932, logo após sua inauguração
O Instituto de Educação, por volta de 1932, logo após sua inauguração.