Critica teatral: ‘A Menina que Colecionava Estrelas’
‘A Menina que Colecionava Estrelas’ conta fábulas
Mesmo não sendo critico teatral, mas usando dos poucos conhecimentos que tenho sobre o assunto, e dando atendimento a uma solicitação de um dos integrantes, arrisco-me a comentar, em tom de critica cultural, a peça “A menina que colecionava estrelas’, apresentada no teatro do Sesi, em Itapetininga.
Os poucos cenários, simples e bonitos, mostraram que a montagem cênica não teve alto custo e que seus realizadores souberam explorar a maioria dos recursos técnicos da sala do Sesi de Itapetininga. Ainda que a iluminação tenha destacado bem algumas das cenas e tenha deixado o espaço de cena agradável, aparentemente deixou a desejar.
Os cenários, simples, como já foi dito, apresentaram figurações interessantes e plasticamente agradáveis.
O desempenho dos artistas foi o melhor da peça. Todos bem posicionados, andando pelo palco como em sequências típicas de balé, chamaram a atenção do público principalmente pela agilidade física dos atores.
Os figurinos também corresponderam, criados com criatividade e realizados com esmero.
O texto, quase monossilábico, poderia, se mais falas contivesse, ter ajudado a aumentar a compreensão do roteiro, recheado de histórias, mas que provavelmente não tenha sido bem entendido pela maior parte do público presente, constituível basicamente por escolares.
O hermetismo teatral, neste caso, dificultou o público a compreender o roteiro.
A cenografia incluiu passos cadenciados dos atores que ajudaram a diferenciar os diversos contos e deram mobilidade às cenas.
Vale destaque para o esforço coletivo do elenco, com profissionais competentes, entrosados entre si e muito concentrados em seus papeis.
Está de parabéns o teatro de Itapetininga, que continua evoluindo cada vez mais.
A lamentar apenas uma ‘novidade desagradável’ criada pela burocracia interna do Teatro do Sesi. As pessoas que reservaram lugares pela internet não puderam entrar diretamente, pois só depois de chegarem ao teatro, ficaram sabendo que os ingressos teriam que ser retirados em outra portaria, longe dali, o que em dias frios e chuvosos significa um esforço a mais e absolutamente desnecessário, para os espectadores.
Textos de apoio: Almeida Garett, Calderón de La Barca, Fernando Pessoa e Rubens Alves
Dias de apresentação: 16, 17, 18, 22, 23 e 25/11
Horário: 20 horas
Entrada gratuita.