Genealogia: AFRANIO MELLO FORNECE INFORMAÇÕES SOBRE A FAMILIA FERNANDES

Afrânio Mello – ATENDIMENTO NÚMERO 456

 

Caro Alexandre , boa tarde.

Atendendo sua solicitação de 27.03.2015, encaminho o arquivo do sobrenome FERNANDES/FERNANDEZ , com as origens portuguesa e espanhola.

Esse arquivo tem 20 páginas e 10 brasões dos diferentes lugares de origem na Espanha. E em resumo é o filho de FERNANDO.

Abaixo uma pequena amostra.

Espero que fique satisfeito e tem um bom material para ler e pesquisar e se quiser aprofundar em busca dos nomes de sua família.

Grande abraço

Afrânio Franco de Oliveira Mello

IHGGI / ROL – Jornal On Lilne

 

FernFernandesandes, Fernandez, sobrenome de origem luso-espanhola. Sendo um sobrenome patronímico e, além do mais, muito freqüente,

o mais natural é que existam numerosas famílias que o adotaram como apelido sem que possuam entre si quaisquer laços do consangüinidade. Fernandes,

significa filho de Fernando, pois a terminação es, no português arcaico indicava filho de, como son no idioma inglês.

A Diogo Fernandes Correia, feitor do rei Dom João I, foram concedidas em 1488 armas novas.

Estas armas devidamente registradas em Portugal, viriam a ser pelos Reis d`Armas concedidas ou reconhecidas a alguns

Fernandes que nada tinham a ver com o citado Diogo Fernandes Correia.

Assim como os demais patronímicos antigos, Álvares, Eanes, Rodrigues, etc – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos do povoamento

do Brasil, por todo o seu vasto território. Há diversas famílias com este sobrenome, espalhadas no Brasil, de origem portuguesa, espanhola e latino americana.

 

Sobrenome formação patronímica: o filho de Fernando. Antigo Fernandici, Fernandiz, Fernandez – documentado nos anos de 915 e 1078 (Antenor Nascentes,

II, 111). Patronímicos são apelidos que consistem numa derivação do prenome paterno. No latim ibérico, constituiu-se esse tipo de apelido com o sufixo “-ícus”

no genitivo, isto é, “-íci”. É quase certo que se trata de um sufixo ibérico “-ko”, indicativo de descendência, com as desinências latinas da 2ª declinação. Assim,

por evolução fonética temos no português medieval -ez (escrito -es, porque é átono) -iz, -az (escrito -as, quando átono). Por exemplo: Lopes (que vem de Lopo),

Fernandes (filho de Fernando) e Perez ou Peres ou Pires (filho de Pero, variante arcaica de Pedro). Galiza: o genealogista, frei José S. Crespo Pozo, O. de M.,

em sua obra Linajes y Blasones de Galicia, dedica-se ao estudo desta família – Fernández [Pozo – Linajes de Galicia]. Brasil: Assim como os demais patronímicos

antigos – Alvares, Eanes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território.

Há diversas famílias com este sobrenome, espalhadas no Brasil, de origem portuguesa, espanhola, argentina, uruguaia, paraguaia, etc. No Rio de Janeiro,

entre as quase 260 famílias com este apelido, nos séculos XVI e XVII, registram-se as de Antônio Fernandes, carpinteiro [c.1570 – 1643,RJ]; Baltazar Fernandes,

tabelião (1567) das Cidade [? -1569,RJ]; Batista Fernandes, porteiro (1566) da Cidade; Diogo Fernandes [1558 – ?]; Francisco Fernandes, alcaide e carcereiro

(1566) da Cidade; Gaspar Fernandes [c.1559 – a.1620]; Lourenço Fernandes, porteiro (1569) da Câmara; Marcos Fernandes [c.1555- ?]; Mateus Fernandes

[c.1557 – a.1621]; Salvador Fernandes [c.1557 – a.1618]. Quase todos deixaram descendência (Rheingantz, II, 21-69). Ainda no Rio de Janeiro, registra-se a

família Fernandes, do Município de Vassouras, constituída de abastados proprietários de fazendas de café. Teve princípio no Tenente-coronel José Antônio Fernandes

[c.1799, Portugal -], filho de Paulo de Carvalho, natural do Rio dos Moinhos, bispado de Viseu, e de Maria Tereza de Carvalho. Passou ao Brasil, em 1808, por ocasião

da vinda da Família Real Portuguesa. Foi servir na Província Ciplastina, onde se estabeleceu por muito tempo, até se transferir, inicialmente, para São Joao del Rei,

em Minas Gerais. Deixou numerosa descendência do seu cas., a 25.05.1821, no Rio de Janeiro, com Maria José Bernardina da Conceição, filha de José Bernardino

de Araújo e de Joaquina Rita de Araújo, natural de Lisboa. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, Dr. Antônio José Fernandes [13.12.1823,

Montevidéu, Uruguai – 10.10.1896], que veio estudar no Rio de Janeiro, onde diplomou-se, antes de 1852, em medicina. Fixou residência em Vassouras, antes de 1860,

onde fundou o tradicional Colégio Fernandes. Foi casado três vezes. Do seu segundo casamento, descende a tradicional família Avelar Fernandes (v.s.), de Vassouras.

Não houve geração do seu primeiro casamento, com «Mariquinha». Os demais Fernandes, descendem do seu terceiro casamento, c.1866, com Isabel Peregrina

Werneck Pinheiro [26.10.1836 – 26.01.1922], filha dos viscondes de Ipiabas, da importante família Pinheiro de Souza (v.s.), do Estado do Rio de Janeiro. Desta

terceira união, nasceu, entre outros, o grande estadista e diplomata Raul Fernandes [24.10.1877, fazenda São João, Valença, RJ – 1969, Rio, RJ], advogado,

bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo [1898]. Aluno laureado, galardoado com o prêmio de viagem à Europa.

Dedicou-se a advocadia judiciária, interrompida por mandatos políticos e comissões diplomáticas, como ministro de Estado e embaixador. Promotor em Vassouras

[1898-1907]. Deputado à Assembléia Legislativa Provincial pelo Rio de Janeiro [1903-1909]. Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro [1909-1923].

Delegado Plenopotenciário do Brasil à Conferência da Paz, sendo um dos signatários brasileiros do Tratado de Versailles [1919]. Presidente eleito do Estado

do Rio de Janeiro, deposto em 1923.