Eduardo César Werneck: Novo livro – 'Uma luz no fim do túnel'
“Neste livro, os sentimentos negativos tais como o medo, abandono, desprezo, falsa piedade (ou compaixão) poderão ser aferidas e imaginadas a partir de alguns “nacos” de vivência pessoal entre alguns dos relatos constantes na história.”
Em outubro passado na 1a Feira Literária de Cruzeiro tive a oportunidade de apresentar minha produção (intelectual ?)… ou literária…
Entre tentativas, até finalmente ter coragem de publicar, o primeiro trabalho foi (pasmem…) um livro infantil – Uma Gotinha Muito Legal – em homenagem ao nascimento do meu filho. Claro, na sequência, vieram livros de Odontologia (quatro), história/memorialísticos (seis) e alguns romances (sete), e até um segundo infantil – Clara e Floquinho – para a minha filha.
Neste ano, se nada atrapalhar, lançarei mais quatro livros, dois de História (um sobre a Revolução de 1932, e outro, sobre os grandes médicos sanitaristas/higienistas do início do século XX); além de, um memorialístico, sobre um grupo de alunos da escola salesiana daqui de Cruzeiro onde estudei. Finalmente, no fim deste mês lançarei mais um romance (ou não…) – “Uma Luz ao Fim do Túnel”, em próxima sessão da Academia Cruzeirense de Letras e Artes, a ACLA.
Neste livro, serão apresentadas as desventuras de três crianças que vivenciaram sensações únicas, afinal, se tratavam de três meninos órfãos…
Não pense você que tenha profundo conhecimento sobre a matéria, ao contrário, passei ao largo desta experiência, porém, ao escritor é dado o direito de viajar por realidades inóspitas e desconhecidas. O sonho não tem limites…
Assim – Beto, Zequinha e Haroldo – a partir dos relatos do segundo, terão seus dia-a-dias expostos, colocando questões que quase nunca pensamos. Pois, como se comemora (ou se resolve) o dia de aniversário, Natal, Páscoa, Dia das Mães (ou Pais), férias, pequenas vontades, ou mesmo as maiores, como ser adotado (ou ser repudiado…) na mente destes seres abandonados e quase sempre muito longe de nossa realidade. Acho que nunca pensamos nisto.
Com este objetivo, o livro é simples, com poucas páginas, história enxuta, linguagem dieta, e sem nenhuma vocação para buscar discussões mais profundas, porque ele apenas busca colocar na vitrine, algo que, constantemente, tenta-se empurrar para baixo do tapete…
Claro, não é necessário passar por algum grande sofrimento para saber que o mesmo existe… Gotama Buda teve que “dar uma volta” para descobrir nas redondezas de sua realidade, a pobreza, a morte, a velhice, etc.
Neste livro, os sentimentos negativos tais como o medo, abandono, desprezo, falsa piedade (ou compaixão) poderão ser aferidas e imaginadas a partir de alguns “nacos” de vivência pessoal entre alguns dos relatos constantes na história.
Enfim, mais um livro…
Se você estiver disposto, e sem preconceitos, a ler algo sensível, com doses de calculada esperança e fé, junte-se aos poucos ou muitos que tem experiências similares. Saia já de sua “zona de conforto” ! Ou você nunca se sentiu só (ou abandonado), mesmo vivendo em família ?
Porque, como posto pelo “Zequinha” ao final de seu relato…
“Confesso, que na solidão de minha cama, no orfanato, onde passei partes essenciais de minha existência, tudo o que senti sempre, foi que este não é um mundo onde a palavra chave seja a segurança”.