O time de colunistas melhora ainda mais: Jairo Válio

Jairo Válio: mais um ‘dos grandes’ participando voluntariamente do nosso jornal!

 

É com grande satisfação que apresento o amigo Jairo Valio aos leitores do nosso jornal. Conheço- há bastante tempo, mas só agora, graças ao empenho do editor Sergio Diniz, estou tendo a oportunidade de apresentá-lo como colunista do ROL.  Jairo Valio nasceu na vizinha cidade de Pilar do Sul, mas foi para Sorocaba com apenas 14 anos, onde formou-se Técnico em Contabilidade. Trabalhou em diversas Instituições Financeiras durante 38 anos como Gerente, tendo aposentado no Banco Safra S/A. É membro efetivo da Academia Sorocaba de Letras, ocupando a cadeira n. 14 e da Academia Poçoense de Letras e Artes de Poções, Bahia, ocupando a cadeira n. 25. Escritor, pesquisador e poeta, é autor do livro ‘Nascente das Águas’, livro auto-biográfico e histórico, contando a história da cidade onde nasceu, e de Sorocaba. Participou de 2 edições da coletânea ‘Roda Mundo’, da coletânea ‘Um Olhar sobre Sorocaba’; de 4 edições da coletânea do Sorocult e 04 do Sorocultinho, livrinhos de literatura infantil. Faz parte do Grupo Literário Coesão Poética, do site literário Recanto das Letras e tem uma página no Facebook com o título “Vovô Poeta” com muitas postagens de poesias de amor. É membro fundador do Clana- Clube Literário e Artístico Nascente das Águas de sua cidade natal. Escreveu crônicas em jornais de Sorocaba e Pilar do Sul. Trabalha em projetos sociais como voluntário na Pastoral do Menor e no Lar São Vicente de Paulo. Por sua atuação em projetos sociais, foi agraciado em 21-06-2002 com o título de Cidadão Sorocabano, conferido pela Câmara Municipal de Sorocaba, do qual muito se orgulha. Abaixo, e para  satisfação literária dos leitores, a primeira a participação dele, agora como colunista, com o poema ‘Teus Olhos’, poema esse escrito como uma homenagem a sua esposa, Ondina Rosa Valio, que, em vida, doou suas córneas para o Banco de Olhos de Sorocaba,  o qual, como gratidão, utilizou o poema de Jairo na campanha que promoveu na época. (Helio Rubens, editor).

TEUS OLHOS

Um dia, distante,

trocamos olhares,

tímidos, furtivos,

apaixonados depois.

Casados,

frutos vieram,

de feliz união,

e os olhares,

ainda doces,

meigos se tornaram,

na condição de mãe,

ao amamentar seus filhos.

E depois,

de um fruto do amor,

netinhos vieram,

temperos gostosos,

dádivas de Deus,

e mesmo assim,

os seus olhares,

mais divididos,

muito sobravam,

para quem escolhestes.

no entanto,

na doença,

no sofrimento e na dor,

os teus olhos,

esmaecidos e tristes,

quase sem brilho,

foram se indo,

e no seu findar,

para meu desespero,

se fecharam,

sem antes me ver.

No entanto,

suas córneas,

peregrinas,

em outros olhos,

não sei onde,

se perto ou longe,

brilham de novo,

e um dia,

também vão trocar,

olhares furtivos,

tímidos, em princípio,

apaixonados depois,

assim como,

um dia distante,

também nós fizemos.

 

Jairo Valio – 26/04/2006