O 1º Concurso de Poesia em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher divulga os resultados
O 1º Concurso em Homenagem ao dia Internacional da Mulher foi elaborado com objetivo de estimular as pessoas interessadas no fazer literário, no incentivo à leitura e, por evidente, homenagear estas criaturas especiais da Criação Divina, as quais foram decantadas em inspiradíssimos versos
O 1º Concurso em Homenagem ao dia Internacional da Mulher foi elaborado com objetivo de estimular as pessoas interessadas no fazer literário, no incentivo à leitura e, por evidente, homenagear estas criaturas especiais da Criação Divina, as quais foram decantadas em inspiradíssimos versos.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio da imprensa eletrônica, ROL – REGIÃO ON LINE (www.jornalrol.com.br) e outros matutinos e rádios de várias cidades, em vários Estados do Brasil, pelo apoio cultural na divulgação no período de inscrição e do resultado final!
Gratos aos amigos, escritores sorocabanos, Adriana da Rocha Leite (Escritora e Mediadora), Élcio Mário Pinto (Escritor e Filósofo) pelo apoio na somatória das despesas do certame!
Também somos gratos aos inscritos pela credibilidade e confiabilidade em nosso trabalho de incentivo ao fazer literário e à leitura, o qual se dá sem fins lucrativos e sem nenhum vínculo com órgãos públicos,
Sorocaba, 28 de Março de 2018.
Eliseu Campos – Coordenador
Resultados
A Comissão julgadora, constituída por: Armando Oliveira Lima (Presidente do Instituto Darcy Ribeiro), Sergio Diniz da Costa (escritor, poeta, membro da Academia Sorocabana de Letras e editor do jornal ROL), Sueli Aduan (professora na EE ‘Prof. Ezequiel Machado Nascimento’ – Sorocaba/ SP), e o coordenador Eliseu Campos, comunica, nesta data, o resultado do certame:
1º Lugar: GERALDO TROMBIN – Americana/SP – Brasil
Poesia: ELAS POR ELAS Pseudônimo: (Getro)
Premiação: Certificado de Referência, 1º lugar + Medalha + Presente Surpresa: o livro Mariposas e Borboletas de Sergio Diniz da Costa – lançamento em março/ 2018, pela Crearte Editora.
2º Lugar: CARINA ISABEL MACHADO CARDOSO – Sorocaba/SP – Brasil
Poesia: O quarto de despejo Pseudônimo: Lápis-lazúli
Premiação: Certificado de Referência, 2º lugar + Medalha + Presente Surpresa: o livro Mariposas e Borboletas de Sergio Diniz da Costa – lançamento em março/2018, pela Crearte Editora.
3º Lugar: CHARLENE DOS SANTOS FRANÇA – Rio de Janeiro/RJ – Brasil
Poesia: De Ser Mulher Pseudônimo: Gabriela Dias
Premiação: Certificado de Referência, 3º lugar + Medalha + Presente Surpresa: o livro Mariposas e Borboletas de Sergio Diniz da Costa – lançamento março/ 2018, pela Crearte Editora.
Seguem as poesias vencedoras:
ELAS POR ELAS
Sheilas, Tanias, Pierinas ou Mirelas;
Brancas, Negras, Vermelhas, Amarelas;
Cheinhas, esbeltas, esguias, magricelas;
Na direção, no mouse ou nas panelas;
De salto alto, sandálias ou chinelas;
Tricotando, escrevendo, pintando a vida em aquarelas;
Adormecidas ou despertas com o sentinelas;
Pagando caro ou simplesmente bagatelas;
Maçãs, morangos, cenouras, berinjelas;
Atentas a documentários, filmes ou novelas;
Cuidando de maridos, namorados, filhos ou mesmo delas;
São sempre insinuantes, apaixonantes e singelas;
Supermulheres, superprotetoras, superbelas.
Apesar das preocupações, não dão a mínima a chorumelas,
Nem deixam nada pelas tabelas,
Até quando os homens pisam feio no calo delas.
Se de verdade os amam, perdoam as piores mazelas,
Expondo inclusive suas almas pelas janelas,
E, num romântico jantar à luz de velas,
Regado com vinho, olhares, beijos e abraços nas paralelas,
Reconsideram tudo, ficando muito bem, ficando elas por elas.
Exemplos de perseverança, força e amor, só mesmo vindo delas.
O quarto de despejo
Carolina não gosta de chuva,
Não há papel para catar quando chove,
Carolina faz sua sopa com ossos,
Pega sua água na bica,
Bate boca com os vizinhos,
Carolina nos conta sua história,
Mostra um mundo invisível, seu quarto de despejo,
Onde ninguém quer, estar, ou entrar,
Carolina escreve para matar a fome e a dor,
Grita por ajuda ou comida,
Carolina não é fedida,
Só não tem sabão,
Aceita migalhas,
Vive do lixo e no lixo,
Mas, jamais abaixa a cabeça,
Luta, sai catar seus papeis, ganha seu parco dinheiro,
Mulher valente,
Venceu, saiu da favela, do quarto de despejo,
Foi para a alvenaria,
Orgulho de nosso cânone,
Pouco conhecida,
Simplesmente Carolina.
De ser mulher
E com essa de igualdade,
Faltou companheirismo, lirismo
Perdeu-se a reciprocidade.
A mulher chegou ao céu, deu outra vida à terra
Dos ares fez-se senhora, em boa hora,
No lugar que quiser, vestida de bem-me-quer
Manda na paz, é dona da guerra.
E agora?
Agora, querem que se vire
Que encare
Que agüente
Se arrebente
Se cale.
Agora, o poder causa medo
E fogem da bomba
De chocolate e de estrogênio
Da arma letal, da flor de metal
Do novo milênio.
Agora, o poder que se faça um movimento,
De fora para dentro!
Às pressas e às avessas
Sem conta dividida, meta repartida,
Sem artimanhas travessas.
Vou voltar a ser Amélia!
Quero porta do carro aberta,
Mão que ampare, cuidado,
Estar ao lado, palavra certa.
E de alma descoberta,
Lugar pra sentar,
Preferência pra ficar,
Braço dado, casaco emprestado
Rua e luar.
Quero ficar sem medo
E não voltar tão cedo
Do porto seguro, maduro
De graça do teu altar.