Jairo Valio: 'Se essa rua fosse minha'
“Crianças pobrezinhas que ainda sonham,/ De um dia se transformarem em bailarinas,/ Que as Fadas Madrinhas atendam suas preces,/ E todas possam dançar em tapetes só de flores.”
Se essa rua, essa rua fosse minha,
Eu plantava um tapete só de flores,
Para que a pequena bailarina desfilasse,
E seus passinhos tão suaves deslizassem.
Colocaria um coral de Anjos para cantar,
Já que a pequena bailarina era tão pobre,
Que na sua casinha pendurada lá no morro,
Não existia nem espaços para brincar.
E o palco onde desfilasse toda sua graça,
Teria mais crianças também dançando,
Já que a Fada Madrinha tudo mudou,
E da miséria de antes nada mais existiu.
Todas com seus cabelos esvoaçantes,
E uma flor emoldurando os lindos rostos,
Para que também a natureza participasse,
Com os pássaros emitindo lindos gorjeios.
Os papais tão orgulhosos de suas filhinhas,
Derramavam lágrimas em gratidão aos Céus,
Diante das misérias que agora não mais existem,
Que a Fada Madrinha num simples toque acabou.
Crianças pobrezinhas que ainda sonham,
De um dia se transformarem em bailarinas,
Que as Fadas Madrinhas atendam suas preces,
E todas possam dançar em tapetes só de flores.
Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com
5-08-2013