O leitor participa: Arvelos Vieira, da Academia Cruzeirense de Letras e Artes – ACLA, com a poesia 'Sou visto'

Sou visto e tenho convicção disso,/ Sei que sou pouco compartilhado,/ E também muito pouco curtido,/ Mas VISTO, tenho sido informado!”

 

 

SOU VISTO!…

Sou visto e tenho convicção disso,

Sei que sou pouco compartilhado,

E também muito pouco curtido,

Mas VISTO, tenho sido informado!

 

Nas ruas geralmente sou cercado,

Por pessoas que afirmam gostar,

Dos artigos por mim publicados,

Porém impedidos de comentar!

 

Muitos são submissos ao sistema,

Por isso temem complicarem-se,

Dizem admirar os nossos temas,

Mas salutar é não arriscarem-se!

 

Sei como isso funciona,

É dolorosa a constatação,

O sistema sempre pressiona,

Os que vivem na submissão!

 

É como diz o ditado preciso,

Determina e manda quem PODE,

E OBEDECE quem tem juízo,

Se não for assim você se PHODE!

 

Meus escritos não têm censura,

São aleatórios e irreverentes,

Por eu escrever sem “frescura”,

Sei que não agrado muita gente!

 

Daí a razão de muitos gostarem,

Permitindo-os apenas a leitura,

Omitem-se para não se ferrarem,

Para não serem vitimas de ruptura!

 

É por isso que digo que sou VISTO,

Se BEM QUISTO, é outra situação,

Mas nunca dei importância a ISSO,

Pois jamais me dobrei a bajulação!

 

Não nasci para ser amordaçado,

E nem para beijar mãos, forçado,

Nasci para ser um crítico ousado,

E escrever sem sentir-me acovardado!

 

A sociedade de uma maneira geral,

É vítima de sistemática perversa,

Que faz dela prisioneira crucial,

Proibida de agir com controversa!

 

Continuamos firme na nossa redação,

Sendo lido por amigos e contrários,

Sempre escrevendo com convicção,

Sem preocupar em agradar paspalhos!

 

Podem ter poder ou dinheiro a vontade,

Isso nunca me fez omitir ou acovardar,

Sempre procurei registrar a verdade,

Colocando a justiça em primeiro lugar!

 

 

Arvelos Vieira