Eduardo César Werneck: 'A história de uma foto…'
“…fui tentar encontrar a casa onde viveu o adolescente Honório, então ainda pobre, como simples alferes do Exército brasileiro…”
Quando resolvi pesquisar a vida de Honório Hermeto Carneiro Leão – o Marquês de Paraná – viajei a muitos lugares, e um deles Ouro Preto.
A cidade é um encanto…
História pura !
Ficamos com a impressão que ali na esquina encontraremos Cláudio Manuel da Costa… ou quem sabe, Tomás Antônio Gonzaga… sem Marília (de Dirceu)…
De minha parte, ao contrário, fui tentar encontrar a casa onde viveu o adolescente Honório, então ainda pobre, como simples alferes do Exército brasileiro.
Chegar a Ouro Preto nem foi difícil. A distância não assustou (só 500 km…), o que me deixou intrigado e enfurecido, são aqueles “espertões” que acham que turista é bobo…
O brasileiro verdadeiramente se acha !
Estando no centro da cidade, logo fui “atacado” pelas “moscas”… e são muitas… um bando de meninos que ficam ali a contar histórias que nem conhecem a fundo, pois apenas nos “vomitam” as mesmas. Guias turísticos… hum…
O que grudou em mim, não parava de falar.
Descrevia igrejas e cenários à profusão.
Cansei !
Disse que queria ficar só com minha família, e ele estabeleceu um “preço” embora jamais eu tivesse contratado ele para coisa alguma, ainda dizendo que faria um “desconto” porque minha filha era muito pequena, e que ainda tiraria uma foto da família feliz.
Não havia outro jeito, e para me ver livre do “carrapato”, concordei.
Paramos em determinado ponto, e ele fez o registro.
Dali, segui para o hotel, e junto ao meu computador fui fazer uma rápida pesquisa, pois pretendia no dia seguinte, e já descansado da viagem, procurar a casa de Honório.
Que coisa…
A foto estava pronta !
No outro dia, bem que tentei, mas não consegui resultado algum ! Inacreditável !
O livro – O Marquês de Paraná – traz esta foto, que vos apresento, a qual emoldura o texto sobre a passagem de Honório por Ouro Preto.
Fiz algumas adequações e só deixei minha filha, frente à casa (hoje um hotel).
Assim, esta foto, sem querer (querendo…) entrou para história.
Eduardo César Werneck – drwerneck@uol.com.br