Afrânio Mello atende gratuitamente solicitões de leitores: nesta edição famílias Andrade e Gonçalves
Afrânio Franco de Oliveira Mello: ATENDIMENTOS NÚMEROS 1036 E 1037
Aline , boa tarde.
Não pesquiso e não procuro pessoas. Muito dificil. Trabalho com sobrenomes.
Estou encaminhando para você os arquivos que tenho sobre os sobrenomes ANDRADE e GONÇALVES.
ANDRADE……………… 31 páginas e 7 brasões . Mais 2 outros em separado e o Andrade em Minas Gerais e o Espanhol.
GONÇALVES…………. 28 páginas e 5 brasões. Mais 2 outros em separado.
Abaixo um resumo dos arquivos enviado.
Veja que você tem 59 páginas para pesquisar suas origens.
Se precisar de algo mais, escreva.
Abraços
Afrânio Franco de Oliveira Mello
afraniomello@itapetininga.com.br
Observação:
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Andrade
, sobrenome de origem Galega. Família antiga originária da Galiza (Galícia ) cujo solar – a vila de Andrada – ficava entre Puente Dueme, Ferrol e Villalba, de cujas vilas o rei Dom Henrique II fez mercê a seu provado Fernão Peres de Andrade, descendente de Bermudo Peres de Traba Freire de Andrada, que provinha dos antigos condes de Traba e Trastamara. Foram feitos condes de Villalba por mercê dos reis Católicos. Procedem de um dos cinco cavaleiros que passaram a Espanha, na guerra contra os Mouros, com o Conde Dom Mendo
Os Andradas – ou Andrades – ligaram-se por diversas vezes aos Freires, razão por que os dois sobrenomes passaram a considera-se indissociáveis, usando uns Andrade Freire, outros Freire de Andrade. Subsistiram também isoladamente.
Por várias vezes passaram a Portugal, onde muito se expandiram.
Os principais ramos portugueses provêm de Rui Freire de Andrade, que veio para Portugal com seus dois filhos Dom Nuno Rodrigues Freire de Andrade, mais tarde mestre da Ordem de Cristo, e Vasco Freire.
João Fernandes de Andrade, filho de Fernão Dias de Andrade e de Dona Beatriz da Maia, serviu os reis Dom Afonso V e Dom João II nas tomdas de Arzila e de Tânger e em recompensa dos seus serviços teve mercê nova de armas (28.2.1485), além da doação, na ilha da Madeira, das terras do Arco da Calheta.
Outra forma: Andrada (v.s.). Talvez represente um genitivo medieval. Cortesão o tira do baixo latim Andriati com dúvida e manda ver Andreade. Em Andreade dá uma forma Andriati, do ano de 1098, e outra Andreadi, de 1099. Outros (Anuário Genealógico Latino, IV, 16) atribuem uma origem grega “andródes”, viril, corajoso. Originário da Galiza. Sobre o assunto apareceu em S. Paulo, 1950, um estudo morfológico do prof. Aluizio de Faria Coimbra, no qual se diz: “Tempo houve em que um insular, um homemde Andros ou alguém que por lá demorara, portanto uma pessoa que no nominativo Sr. gr. era dito András, estabeleceu-se, com muitos outros, na Itália e lá proliferou. Italianizado e usado por sobrenome, este gentílico se tornou Andrade, porquanto pelo acusativo é que os italianos, quase sem discrepância, davam cor doméstica aos vocábulos gregos e latinos da 3ª declinação, inclusive aos nomes próprios. Mas, tal como no caso de naiade supra citado, foi-lhe conservada a tonicidade helênica, incidente sobre o – a -. Com esta forma é que receberam os portugueses a palavra. Tivesse sido pelos italianos respeitada a pronuncia latina e teríamos Ândrade, como Árcade, Oréade, Dríade, Hélade, de acento proparoxítono. Esta a etimologia que sugiro. Doutra parte, sabemos todos que para as palavras gregas da terceira declinação e tema em consoante usavam os romanos, no caso acusativo, indiferentemente, da desinência vernácula -em, ou da desinência grega -a. Aer, aether fletiam-se, para a função de objeto direto, em aerem, aetherem, ou aera, aethera. Dispensa abonação a notoriedade do fato. Pois é essa mesma dualidade que aparece em Andrada e Andrade.
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Gonçalves
sobrenome de origem portuguesa. Apelido patronímico (filhos de Gonçalo) que deu origem certamente a múltiplas famílias sem qualquer parentesco entre si.
Antes do séc. XVI, a um Antão Gonçalves foram concedidas armas que já figuram no Livro do Armeiro-Mor.
Da baixa latinidade Gundisalvici (de Gundissalbici): Gundisalbiz [897], Gundisaluiz [928], Gundissalbici [1026], Gunsaluizi [1077], Gunzaluiz. Gonçalo: do germânico composto de gundi, batalha, luta, no ant. alto al., e o segundo elemento, salo, escuro em ant. alto al. – cego pela luta (Antenor Nascentes, II, 127). Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Brasil: Há várias famílias com este sobrenome em diversas partes do Brasil, de origem portuguesa, colombiana, espanhola. paraguaia, argentina, uruguaia,etc. No Rio de Janeiro, entre as quase 200 famílias com este sobrenome, nos séculos XVI e XVII, registram-se: I – várias, documentadas em 1567, 1570, 1587, 1589, 1594,etc.; II – a de Manuel Gonçalves [1537], sapateiro, fal. depois de 1575; III – a de Pedro Gonçalves [1587], «o galego»; IV – as famílias Gonçalves de Andrade; Gonçalves de Azevedo; Gonçalves da Costa; Gonçalves da Cruz; Gonçalves da Cunha, Gonçalves Ferrão, Gonçalves da Fonseca, Gonçalves Lessa, Gonçalves Machado, Gonçalves Neto, Gonçalves da Silva, etc. (Rheingantz, II, 283-321). Sobrenome de muitas famílias, estabelecidas no Rio de Janeiro, para onde passaram no decorrer dos quinhentos anos de história do Brasil. Entre elas: I – de origem portuguesa, proveniente de Braga, a de Antônio Gonçalves Neves, natural de São Gonçalo de Vilasboas, arcebispado de Braga, Portugal, filho de Francisco Gonçalves e de Domingas Álvares (?). Casado, a 16.04.1712, na Fazenda de Joari, do padre Francisco Dias Duarte, Rio de Janeiro, com Luzia de Albuquerque [c.1689, Rio de Janeiro, RJ -], neta de Antônio de Abreu e de Luzia de Távora, citados no verbete da Família Abreu (v.s.), do Rio de Janeiro. Com geraçãocitada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I; II – de origem portuguesa, proveniente de Lisboa, a de Pedro Gonçalves, casado por volta de 1668, com Ana Gomes. Foram pais de Jerônimo Gonçalves, natural de Lisboa, casado a 09.07.1693, na Igreja de São José, com Josefa da Rosa [c.1672 – 25.09.1707, Rio de Janeiro, RJ], filha de Diogo Afonso e de Domingas de Paiva, com geração citada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, I6; III – das ilhas portuguesas, a de André Goncalves [c.1620, Ilha do Faial – 03.02.1658, Rio de Janeiro, RJ], filho de Antônio João e de Maria Gonçalves. Casado a 27.05.1646, com Branca de Aguiar [bat. 07.04.1631, Rio de Janeiro, RJ – 09.03.1675, idem], filha de Domingos de Aguiar, citado no verbete da família Aguiar (v.s.), do Rio de Janeiro [Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 23]; IV – de origem portuguesa, proveniente do Porto, a de Gonçalo Gonçalves, natural do Porto e residente no Rio de Janeiro, em 1621.Casado por volta de 1598, com Maria Gonçalves, natural do Porto, com geração citada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 59; V – de origemportuguesa, proveniente de Lisboa, a de André Gonçalves dos Santos [c.1694, Santos-O-Velho, Lisboa -], filho de Domingos Gonçalves e de Mônica da Silva. Casado duas vezes: a primeira, com Antônia de Godói, falecida antes de 1730; a segunda, a 07.10.1730, Rio de Janeiro, RJ, com Maria de Lemos Pereira [bat. 02.08.1683, Rio de Janeiro, RJ -], filha de Tomé Gonçalves Couto e de Micaela Pereira de Faria, citados no verbete da família Couto (v.s.), do Rio de Janeiro [Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 63].
From: Aline Andrade Belo
Sent: Saturday, June 09, 2018 3:17 PM
To: afraniomello@itapetininga.com.br
Subject: Pesquisa de família
Afrânio tudo bem?
Vi uma matéria no jornal rol sobre pesquisas de famílias.
Queria pedir sua ajuda / orientacao para pesquisar a família do meu avô Ricardo Gonçalves de Andrade.
Não sei se ele ainda é vivo, não cheguei a conhece-lo.
Só sei que morou na Vila Formosa vindo de Portugal
Como posso pesquisar família Gonçalves de Andrade?
Obrigada!
Aline Andrade