Jorge Paunovic: 'Direita, esquerda, centro e extremismos'
Vemos diariamente a movimentação dos pré-candidatos na futura eleição para os cargos majoritários procurando fazer coligações para terem mais verbas e tempo no programa eleitoral gratuito (que de gratuito não tem nada) para poderem se eleger.
A esquerda se movimenta de um lado, querendo se unir apenas aos esquerdistas autênticos.
A outra esquerda já aceita coligar-se com todos, enquanto que uma tímida direita (sim, tímida, por que após a democratização do país, ser ‘de direita’ passou a não ser politicamente correto) procura se posicionar para também participar das eleições de maneira mais ativa.
Vários são os candidatos e as redes sociais publicam suas preferências e algumas vezes até com intolerância, quando deveriam discutir o que é melhor para o país.
Uma coisa é certa: desde a redemocratização do país tivemos governos de esquerda, alguns um pouco melhores e outros nem tanto. E chegamos aonde estamos: em crise e com desemprego.
Uma coisa é certa: nunca, em toda a história do país, os bancos e as empresas estatais lucraram tanto, mesmo com os desvios nesses governos. Basta verificar os balancetes anuais.
Os políticos ‘se ajeitam’ e fazem sua campanha, como sempre.
Ora chamam o oponente de fascista, de factoide e mais tarde são aliados políticos e se abraçam para tirar fotos.
Outros chamam de golpistas e depois fazem alianças políticas nos estados para as eleições.
Entendo que na política não há inimigos como querem alguns mas tão somente adversários que defendem outras ideias e planos de governo.
Vi outro dia, numa das redes sociais, manifestações de alguns políticos já falecidos e outros ainda atuantes, comentários sobre seus oponentes e no entanto, de vez em quando, eram aliados políticos nas eleições.
O povo, no entanto, após décadas, está dividido. Cada qual defende seu pré candidato sem que tenha tido a oportunidade de verificar seu plano de governo, sua experiência e seu staff ou quem serão seus ministros.
O nosso governo de coalização ainda é o tal do ‘é dando que se recebe’ e ‘sem indicações políticas não há governo’, quando deveríamos abolir esse tipo de coalizão e buscar pessoas técnicas e capazes para trazer benefícios para o país e consequentemente para a população.
Concordo que é ainda é cedo, porem os pré-candidatos estão todos os dias na mídia fazendo visitas e discursos sobre os seus planos; porém, não sejamos radicais para aceitar tudo o que dizem, por que pode não ser aplicado ou por razões de apoio ou por impossibilidades outras.
A propaganda seduz para que o público adquira o produto, entretanto a política não é um produto como querem alguns publicitários fazer crer para venda. E isto nós passamos por algumas eleições onde literalmente fomos enganados; no entanto, ainda é tempo de corrigir.
Quem é o candidato, de onde veio, qual sua formação escolar, ética e moral?
Qual é sua experiência, ocupou cargo público?
Se sim como se comportou nesse cargo e se teve espírito público.
Promessas de campanha nem sempre são cumpridas.
A população precisa se unir para que, com calma, seriedade e sabedoria possa eleger os nossos futuros representantes, mesmo correndo o risco de errar; mas com cuidado, para procurar o melhor.
Candidatos que estejam comprometidos com mudanças radicais na política e nas reformas de Estado e isto vale para todos os cargos, por que não adianta eleger um presidente sem que ele tenha aliados no congresso.
Da mesma forma no legislativo: devemos escolher candidatos que tenham comprometimento com o novo, com o desejo de mudança e de construção de um país mais seguro, com mais saúde e educação.
Para tanto, a divisão é prejudicial, por que serão eleitos os mesmos e aí não adianta reclamar da situação, pois cada povo tem o governo que merece.
Lembre-se que você ainda reside nesse país e as consequências boas ou más refletirá para você também.