Jairo Valio: 'Pensamentos'

Vacilantes, tentei compreendê-los,/ Mas são produtos de memórias,/ Algumas vagas, quase perdidas,/ Outras, vibrantes, nunca esquecidas.”

 

PENSAMENTOS

Ocultos, vagantes, sem paradas.

Voam longe, disparam, se acalmam,

Buscam sossegos.

Decifrá-los? Impossível, não obedecem comandos.

 

Muitas vezes tentei entendê-los,

Diante de minhas inquietudes,

Mas, se ocultam, buscam seus refúgios,

E vagam, vagam, sem paradas,

Ao sabor das incertezas.

 

Vacilantes, tentei compreendê-los,

Mas são produtos de memórias,

Algumas vagas, quase perdidas,

Outras, vibrantes, nunca esquecidas.

 

Mistérios se ajuntam, não se dissipam,

Mesmo que queira extirpá-los,

Pois machucam, causam feridas,

Que gostaria estivessem curadas.

 

Ainda assim procuro cultivá-los,

Juntando restos que teimosos ficaram,

Pois trouxeram alegrias infinitas,

E lembrá-los justificam euforias.

 

Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com