Afrânio Mello fornece informações sobra as familias GONÇALVES e MENDES

Afrânio Franco de Oliveira Mello – ATENDIMENTOS NÚMEROS 1075 E 1076

Prezada Helaine, bom dia.

Quando faço atendimentos de solicitações de sobrenome, a exemplo deste, na remessa e na parte

da mensagem, eu envio um resumo do arquivo principal que vai anexado só para o solicitante.

Esta sua remessa será feita igualmente.

Estou enviando os seguintes arquivos:

GONÇALVES………………………. 28 páginas e 5 brasões e mais dois em separado.

MENDES……………………………. 17 páginas e 2 brasões.

Nos arquivos poderá pesquisar uma grande quantidade de associações do sobrenome Gonçalves.

Não encontrei a associação com o sobrenome MENDES.

Segue um resumo dos arquivos.

Grande prazer em atendê-la.

Abraços

Afrânio Franco de Oliveira Mello
afraniomello@itapetininga.com.br

Observação:
“Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente
e serão publicadas na edição virtual do Jornal Cultural
ROL – (www.jornalrol.com.br).
A não concordância com esta publicação deve ser informada imediatamente.
Gratos”

image    clip_image002    Gonçalves

sobrenome de origem portuguesa. Apelido patronímico (filhos de Gonçalo) que deu origem certamente a múltiplas famílias sem qualquer parentesco entre si.

Antes do séc. XVI, a um Antão Gonçalves foram concedidas armas que já figuram no Livro do Armeiro-Mor.

Da baixa latinidade Gundisalvici (de Gundissalbici): Gundisalbiz [897], Gundisaluiz [928], Gundissalbici [1026], Gunsaluizi [1077], Gunzaluiz.Gonçalo: do germânico composto de gundi, batalha, luta, no ant. alto al., e o segundo elemento, salo, escuro em ant. alto al. – cego pela luta(Antenor Nascentes, II, 127). Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Brasil: Há várias famílias com este sobrenome em diversas partes do Brasil, deorigem portuguesa, colombiana, espanhola. paraguaia, argentina, uruguaia, etc. No Rio de Janeiro, entre as quase 200 famílias com este sobrenome, nos séculos XVI e XVII, registram-se: I – várias, documentadas em 1567, 1570, 1587, 1589, 1594, etc.; II – a de Manuel Gonçalves [1537], sapateiro, fal. depois de 1575; III – a de Pedro Gonçalves [1587], «o galego»; IV – as famílias Gonçalves de Andrade; Gonçalves de Azevedo; Gonçalves da Costa; Gonçalves daCruz; Gonçalves da Cunha, Gonçalves Ferrão, Gonçalves da Fonseca, Gonçalves Lessa, Gonçalves Machado, Gonçalves Neto, Gonçalves da Silva, etc.(Rheingantz, II, 283-321). Sobrenome de muitas famílias, estabelecidas no Rio de Janeiro, para onde passaram no decorrer dos quinhentos anos de história do Brasil. Entre elas: I – de origem portuguesa, proveniente de Braga, a de Antônio Gonçalves Neves, natural de São Gonçalo de Vilasboas, arcebispado de Braga, Portugal, filho de Francisco Gonçalves e de Domingas Álvares (?). Casado, a 16.04.1712, na Fazenda de Joari, do padre Francisco Dias Duarte, Rio de Janeiro, com Luzia de Albuquerque [c.1689, Rio de Janeiro, RJ -], neta de Antônio de Abreu e de Luzia de Távora, citados no verbete da Família Abreu (v.s.), do Rio de Janeiro. Com geração citada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I; II – de origem portuguesa, proveniente de Lisboa, a de Pedro Gonçalves, casado por volta de 1668, com Ana Gomes. Foram pais de Jerônimo Gonçalves, natural de Lisboa, casado a 09.07.1693, na Igreja de São José, com Josefa da Rosa [c.1672 – 25.09.1707, Rio de Janeiro, RJ], filha de Diogo Afonso e de Domingas de Paiva, com geração citada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, I6; III – das ilhas portuguesas, a de André Goncalves [c.1620, Ilha do Faial – 03.02.1658, Rio de Janeiro, RJ], filhode Antônio João e de Maria Gonçalves. Casado a 27.05.1646, com Branca de Aguiar [bat. 07.04.1631, Rio de Janeiro, RJ – 09.03.1675, idem], filha de Domingos de Aguiar, citado no verbete da família Aguiar (v.s.), do Rio de Janeiro [Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 23]; IV – deorigem portuguesa, proveniente do Porto, a de Gonçalo Gonçalves, natural do Porto e residente no Rio de Janeiro, em 1621. Casado por volta de 1598, comMaria Gonçalves, natural do Porto, com geração citada em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 59; V – de origem portuguesa, proveniente de Lisboa, a de André Gonçalves dos Santos [c.1694, Santos-O-Velho, Lisboa -], filho de Domingos Gonçalves e de Mônica da Silva. Casado duas vezes: a primeira, com Antônia de Godói, falecida antes de 1730; a segunda, a 07.10.1730, Rio de Janeiro, RJ, com Maria de Lemos Pereira [bat. 02.08.1683,Rio de Janeiro, RJ -], filha de Tomé Gonçalves  Couto e de Micaela Pereira de Faria, citados no verbete da família Couto (v.s.), do Rio de Janeiro [Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 63]. Sobrenome de uma família estabelecida em Pernambuco, com ramificações no Rio de Janeiro, para onde passou, possivelmente por ocasião das guerras holandesas no nordeste [1625-1654], João Gonçalves, natural de Pernambuco, que deixou geração do seucasamento, por volta de 1622, com Margarida de Oliveira, natural de Pernambuco, com geração em Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Vol. I, 24. No Rio Grande do Sul, entre as mais antigas, registra-se a família de Inácio Gonçalves [Braga, Portugal- 1752, Col. Sacramento], que deixou geração, em 1727, na Colônia do Sacramento, com Domingas Gonçalves [de Braga]. Em São Paulo, entre as mais antigas, encontra-se a de Bartolomeu Gonçalves, que passou à Capitania de S. Vicente, em 1532, com Martim Afonso, e durante mais de 20 anos foi o único ferreiro da capitania. Deixou geração, por volta de 10 filhos, de mais de uma mulher. Alem deste: João Gonçalves (S. Vicente, 1636), Gaspar Gonçalves (Santos, 1560), Gonçalo Gonçalves, sapateiro (S. Paulo, 1562), Domingos Gonçalves da Maia (S. Paulo, f.1627) (AM, Piratininga, 89; SL, I, 22, 23, 26; VI, 455; VII, 452). Ainda em São Paulo, cabe registrar a do cap. Antônio José Gonçalves [1776, Braga – c.1829], filho de Manuel Pereira Gonçalves e de Custódia Marques. Deixou numerosa descendência, em Queluz (Lorena – SP), do seu cas., em 1798, em Queluz, com Genoveva Ana Pinto da Silva Ribeiro de Camargo [c.1777, Baependi, MG – ?], filha de João Pinto da Silva Ribeiro. Em Santa Catarina, entre as mais antigas, registra-se a de João Gonçalves «Francês», nat. de Bordéus, França, filho de João Gonçalves e de Joana Maria franceses (?). deixou geração de seu cas., c.1737, com Maria Cardoso, nat. da Freg.ª do Rio São Francisco, Santa Catarina. No Maranhão, entre outras, registra-se a de Jerônimo Gonçalves, que deixou numerosa descendência do seu cas., c.1786, com Jacinta Antão. Entre os descendentes do casal, encontra-se o bisneto, Dr. Segismundo Antônio Gonçalves [29.09.1845, Barras, PI – 25.01.1915, Rio, RJ], jornalista. Magistrado. Promotor da Comarca de Alcântara [MA, 1867-68]. Juiz Municipal da mesma Comarca [1868-1871]. Juiz substituto da comarca de Alcântara [MA, 1871-1872]. Juiz de Direito da Comarca de Bragança [PA, 1873-77]. Chefe de Polícia [PE—1878]. Juiz de Direito da Comarca de Monjardim [PE, 1882-1883]. Juiz de Direito da Comarca de São João dos Campos [SP, 1884-1885] e em Pernambuco [1889].

clip_image002[3]Mendes

sobrenome de origem luso-espanhola. Tratando-se do patronímico de Mendo, existem inúmeras famílias que o usam, sendo das mais diversas origens. Manuel Mendes foi um ilustre fidalgo português que se fixou na cidade de Tânger na África.

Sobrenome de grande antigüidade e de origem no norte da Espanha. Suas casas mais antigas se situam em Vigo, Cangas de Tineo, Gijón, Sanabria, da qual procede a de Alcobendas. Santo Domingos de la Calzada e em Higuera la Real. Lá em Alava houve um entrelaçamento com a família dos Mendoza, linhagem castelhana oriunda de Llodia. Pedro de mendez, esteve na fundação de Buenos Aires na Argentina. Dom Casto Mendez  Nuñez, exímio navegador que na guerra com o Perú e Chile, dirigiu as batalhas de Abtao e El Callao. É dele a frase “Más vale honra sin barcos que barcos sin honra“. Mais vale honra sem barcos que barcos sem honra. Juán Mendez, presidente interino do México; Santiago Mendez, militar espanhol héroi na guerra da Independência.

Da baixa latinidade Menendici. Formas antigas: Menendici [Documentada no ano de 1069], Menendizi [doc. em 1033], Menendiz [Doc. em 897], Meendiz[doc. entre 850-66], e Mendez (Antenor Nascentes, II, 198). Patronímicos são apelidos que consistem numa derivação do prenome paterno. No latim ibérico constituiu-se esse tipo de apelido com o sufixo “-ícus” no genitivo, isto é, “-íci”. É quase certo que se trata de um sufixo ibérico “-ko”, indicativo de descendência, com as desinências latinas da 2ª declinação. Assim, por evolução fonética temos no português medieval -ez (escrito -es, porque átomo) -iz, -az (escrito -as, quando átono). Por exemplo: Lopes (que vem de Lopo), Fernandes (filho de Fernando) e Perez ou Peres ou Pires (filho de Pero, variante arcaica de Pedro). Entre tantas, registra-se uma família Mendes procedente da casa real de Celanova, em Galiza [Espanha], sendo seu tronco o rei godo Egica. Em Portugal, o rei D. Manuel I concedeu carta de brasão de armas, em 1520, a Manuel Mendes, valoroso em Tanger (Antenor Nascentes, II, 65). Ilha de S. Miguel: o genealogista português Gaspar Fructuoso, em sua História Genealógica de Sam Miguel [Saudades da Terra], escrita por volta de 1580, dedicou-se ao estudo desta família, em seu Capítulo XXXVI – Dos Albarnazes, Montes, Pereiras, Mendes, e outros appellidos de gente nobre, que veio a esta Ilha, no tempo antigo, e de seus successores que agora moram n´ella [Gaspar Fructuoso- Saudades da Terra, 263]. Brasil: Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. No Rio de Janeiro, entre as quase 50 famílias deste apelido, nos séculos XVI e XVII, temos: Gaspar Mendes (c.1567-); Gregório Mendes (c.1566-); os Mendes Leão, Mendes Pimentel, Mendes da Silva e Mendes Simões (todos séc. XVII); etc. Todas deixaram geração (Rheingantz, II, 585-597). Em São Paulo, entre as mais antigas, a de André Mendes, morador em Santos, em 1571, que deixou geração de seu cas. com Isabel Afonso. Além deste: Jorge Mendes (1543, S. Vicente) e Francisco Mendes (1544, S. Vicente) (AM, Piratininga, 115). Antiga família estabelecida no Estado do Pará, procedente de Pedro Mendes Thomaz, Capitão-Mor e Governador do Estado do Pará. Deixou geração do seu cas., com Maria, de quemdescendem alguns Oliveira Pantoja, por casamento de sua neta, Tereza Maria de Athaíde, no século XVIII, com Manuel de Oliveira Pantoja, bisneto de Jerônimo Fernandes de Oliveira Pantoja, patriarca desta família (v.s.). Em Minas Gerais, entre outras, registra-se a família de Francisco Mendes de Carvalho, que deixou numerosa descendência, na região de Juiz de Fora, do seu cas. com Ana Mendes de Carvalho. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, Dr. Onofre Mendes, nascido em 1873, em Santo Antônio da Pedra, MG, e falecido a 6 de Outubro de 1943, em Juiz de Fora. Titular do Cartório do 1º Ofício do Registro de Títulos e Documentos, em Juiz de Fora. Empresário. Seu nome foi dado a umas das ruas de Juiz de Fora. Foi casado na importante família Monteiro de Barros (v.s.), de Minas Gerais; II – o neto, Onofre Mendes Filho, nascido a 19 de Abril de 1899, e Juiz de Fora. Bacharel em Direito. Professor catedrático de Direito do Trabalho na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, e na Faculdade de Direito de Belo Horizonte, Minas Gerais. Em Fevereiro de 1946 foi nomeado Procurador Geral do Estado de Minas Gerais. Deixou geração do seu cas. com Maria Gontijo; III – o neto, o renomado poeta Murilo [Monteiro] Mendes, nascido a 13 de Maio de 1901, em Juiz de Fora e falecido em 1975, em Lisboa. Escritor e poeta modernista. Exerceu o cargo de escrivão da 4ª Vara de Famílias no foro do Rio de Janeiro. Adido cultural da Embaixada brasileira em Roma (1959), onde ocupou o cargo de Professor de Literatura Brasileira, na Universidade de Roma. Professor de literatura em Pisa (Itália). Foi eleito personalidade juiz forana de 1972. Em 1973, foi laureado com o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina. Publicou em 1930 seu primeiro livro, “POESIAS”, com o qual conquistou o “Prêmio Graça Aranha”. Publicou, posteriormente, entre outros: História do Brasil (1932); Tempo e Eternidade, em colaboração com Jorge de Lima (1935); A Poesia em Pânico (1938); O Visionário (1941); As Metamorfoses (1944); Mundo Enigma (1945); Poesia Liberdade (1947; Contemplação de Ouro Preto (1954); etc. Foi casado com uma filha do escritor, literato, historiador e jornalista português, Dr. Jayme Zuzarte Cortezão [1884-1960]; IV – o neto, José Maria Monteiro Mendes, nascido em 1905, em Juiz de Fora. Comerciante. Micro empresário como proprietário de drogaria.

 

From: Helaine Ferreira Da Silva

Sent: Monday, October 15, 2018 9:19 AM

To: afraniomello@itapetininga.com.br

Subject: ARQUIVO GENEALOGIA GONÇALVES

 

Prezado bom dia.

Eu sou descendente de um ramo da família Gonçalves proveniente do Recife. Meu quarto avô Manoel Gonçalves Mendes casado com Angela de Castro Ferreira nasceu por volta de 1800. Sei que ele era descendente de cristãos novos, segundo relatos o sobrenome Mendes foi adotado para fugir de perseguição religiosa, o sobrenome original seria o Gonçalves. Gostaria de ter acesso ao arquivo word completo da pesquisa referente ao atendimento 905 pois na página do Jornal Rol o arquivo não está disponível. Estou fazendo pesquisa genealógica para obter cidadania portuguesa. Desde já agradeço.

Atenciosamente,

Helaine