Nova atualização dos depoimentos sobre a teatróloga Margha Bloes

Admiradores da teatróloga Margha Bloes expressam seus sentimentos e comentam o acontecimento

Amigos e admiradores de Margarida Maria Bloes, mais conhecida como Margha Bloes, escreveram e enviaram seus comentários sobre essa grande figura do teatro de Itapetininga. Abaixo alguns desses depoimentos.

 

Rogério Sardela 

Teatro de Itapetininga perde sua maior representante 21 de dezembro. Uma data que jamais será esquecida. Faltando quatro dias para o Natal, eis que uma triste notícia era divulgada: morria em São Paulo, aos 76 anos, a professora e teatróloga Margarida Maria Bloes, a Margha, como era carinhosamente conhecida. O falecimento aconteceu após 10 dias de uma cirurgia de coração realizada no Hospital Dante Pazzanesi, considerado referência em toda a América Latina. Simplesmente Francisco Margha foi um dos mais importantes nomes do teatro em Itapetininga, tendo projetado o nome da cidade através de seu grupo Théspis para todo o Brasil, inclusive em rede nacional, em programas como Fantástico e noticiários diversos. A teatróloga não media esforços ou o tempo que levaria para tornar realidade seus espetáculos, cujo final era a perfeição. Seja como professora ou teatróloga, Margarida Maria Bloes ensinou muito, e como ensinou. ‘O Milagre de Annie Sullivan’,’ Semi-Ópera Intróitus’ e o musical ‘Simplesmente Francisco’, ficarão para sempre na memória e no coração do público que teve a oportunidade e o privilégio de assisti-los.

 

Rita de Cassia Gonçalves

Eu sou muito grata à querida Margha, pelo fato dela ter confiado em mim, me pedindo para confeccionar e ajustar a vestimenta do elenco da peça ‘Simplesmente Francisco. Foi uma experiência ótima, aprendi muito com ela. Sempre com aquele sorriso e o jeitinho carinhoso que, só ela tinha, de falar com a gente. Eu só tenho que agradecer muito à Margha, por tudo que ela fez por mim; sempre preocupada se estava ‘acertando’ as costuras comigo. Era uma pessoa incrível! Eu nunca vou esquecer tudo que ela fez por mim, que ela descanse na paz no Senhor e de onde ele está, que ela possa nos ajudar a olhar por todos nós! “OBRIGADA POR TUDO QUERIDA MARGHA BLOES”.

 

 

 

 

Luzia Bloise de Meira

Querida irmā Margha.
Vocé já está e irá fazer muita falta , pois sempre foi nosso arrimo e nos amávamos demais.
Grata por tudo.
Descanse em paz ao lado do Senhor.
Te amo.

 

Cristina Spínola Motta

Falar da Margha Bloes grande teatróloga, talentosissima, que acreditava que todas as pessoas tem talento que podem ser ensaiadas, que todos têm o mesmo valor, amiga,determinada… Mas não é dessa Margha que quero falar e sim da amiga que conheci e convivi por quatro anos… deixou no meu coração sua marca… sabe, ela se preocupava com todo mundo, até comnossos problemas pessoais e sofria junto… Fui a mãe de Francisco na peça ‘Simplesmente Francisco’, dirigida por ela. Se encenei bem, devo tudo a ela, que tirou água de pedra!!!! Conheci alguns de sua família, pessoas maravilhosas… Com a peça conheci amigos irmãos!!!!
E, todos juntos, amaremos para sempre a Margha, que agora no Céu, deve estar ensaiando almas para apresentar ao nosso Deus…
Não consigo mais… Nos vemos um dia, querida amiga na alegria no Reino de Deus!!!🌹

 

 

Walquiria Paunovic

Margha Bloes, Deus te acolha com carinho.
Você que encantou a todos com seu talento no teatro, que pensava em todos os detalhes do figurino, da música, cuidando da coreografia…
Tive o privilégio de trabalhar com a cenografia de ‘Simplesmente Francisco’ e vi de perto toda sua dedicação e empenho para que a peça ficasse boa.
Tudo tinha o seu momento certo e, superando todas as dificuldades que vem junto com todo grande espetáculo – da iluminação ao som -, tudo você observava a cada detalhe com seu olhar atentoarcou sua vida o talento.

 

 

 

 

 Lilian Tavernaro

Margha, a semeadora de sonhos

Nós que convivemos com a Margha pudemos ver sua humildade mesmo realizando coisas grandiosas, preferindo sempre enaltecer as outras pessoas e ficar escondidinha nos bastidores. Hoje, Margha, você está escondidinha no coração de cada um de nós.

Eu tive a sorte de me encontrar com você nesta vida em 1982. Eu era apenas uma menina na 8ªsérie na escola Fernando Prestes, numa tarde cheia de sonhos. Uma menina que não sabia ainda o que era a vida, mas sabia muito bem o que era sonhar. E quando alguém que acredita que sonhar é possível encontrava com você, Margha, o mundo não tinha limites.

E assim foi, você acreditou que uma menina de 14 anos poderia interpretar a mãe de Helen Keller, na peça “O milagre de Annie Sullivan”. Vocês sabem o que é isso? Você sabia, não é Margha?

Esse é um pedacinho da minha história no teatro que começou de verdade com você, Margha! Quantas histórias você escreveu na vida de outras pessoas? Quantas pessoas você tocou com esse seu dom?

Ensaiar, ensaiar, ensaiar… quantas vezes saímos esgotados dos ensaios de “Simplesmente Francisco”, mas você estava ali sempre forte nos colocando para cima com seu “bravo! ” e com seus aplausos e dizia: “vocês sentirão saudades!”… E quantas saudades, Margha…

Que dom é esse, que fé é essa de reunir pessoas comuns para criar um grande espetáculo, nunca se importando com as dificuldades que viriam e vieram muitas! Mas você, Margha, nos fazia acreditar, e com muita dedicação, determinação, garra, sonhos e mais sonhos, na sua delicadeza de verificar cada detalhe, um a um, como num grande bordado que se faz ponto a ponto, um lindo bordado com fios de sonhos era tecido!

Seu teatro sempre semeou amor, esperança e compreensão e assim nos deixou uma marca indelével!

Você teve o poder de transformar, de regar muitos sonhos até florescerem… acho que por isso você tem nome de flor: Margarida, que para os gregos significa pérola e para os persas, uma criatura de luz!

Margarida, Margha, Marghinha, flor, pérola, criatura de luz! Você, mesmo escondida nos bastidores, brilhou neste palco da vida e continuará a brilhar nos olhos de cada um que teve o privilégio de conviver com você.

Os versos de Fernando Pessoa, por Ricardo Reis, te definem:

Para ser grande, sê inteiro:

Nada teu exagera ou excluí.
Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Obrigada, Margha! Bravo! Bravíssimo!

Silas G. Cardoso

Margha Bloes- talento prodigioso que marcou época em Itapetininga e Região

     No último dia 21 de dezembro, todos nós fomos surpreendidos pela triste notícia do falecimento da inesquecível Margarida Maria Bloes, carinhosamente chamada de Margha Bloes. Vinha se recuperando satisfatoriamente de delicada cirurgia e  esperávamos que, dentro de mais alguns dias,  estivesse entre nós. Os desígnios de Deus foram outros. Ela partiu para a Pátria Espiritual, deixando imensa saudade e uma enorme admiração pelo gigantesco trabalho realizado.
      O espaço aqui seria insuficiente para detalharmos a envergadura de seu trabalho. Basta, porém, recordar duas iniciativas históricas : a peça teatral “O Milagre de Annie Sullivan”,  pelo seu Grupo Théspis, que depois de intensos preparativos que demandaram meses de ensaios, ao lado de campanhas para aquisição de instrumentos necessário, teve suas apresentações no final de 1984, no Conjunto Sócio Cultural das Estrelas, da Igreja do mesmo nome. O  saudoso Cônego João Bloes Neto, irmão de Margha, deu integral apoio, após submeter a proposta de cessão do local ao Conselho, obtendo aprovação unânime. A partir daí, as apresentações de sucederam, com sucesso nunca antes visto na região e no próprio Estado. Recordo que o então Governador Franco Montoro enviou congratulações. Além da imprensa itapetiningana, jornais e emissoras de televisão da capital deram enorme destaque. Digna de menção foi a parceria com a saudosa Profa. Cecília Pimentel Vasques Prestes Nogueira, mãe do jornalista Edmundo José Vasques Nogueira, que na época realizava um inédito trabalho com a classe de deficientes auditivos mantida pela Escola Cel Fernando Prestes. Outra iniciativa, bem recente, foi a apresentação de “Simplesmente Francisco”, na Catedral de Itapetininga, grandioso espetáculo que novamente maravilhou milhares de pessoas, e que contou com o integral apoio do Pároco, Padre Reinaldo.
    Margha Bloes veio de uma família talentosa, inspirada e abençoada. Seus pais, Maestro e Compositor Pedro Bloes e sua mãe Elisa deixaram enorme legado cultural e humanitário para a região. Regente musical e alfaiate ao mesmo tempo, o Maestro Bloes, veio com esposa e toda família de Capão Bonito para Itapetininga em 1953. Ao lado da regência de várias outras bandas na região, vale destacar seu gigantesco trabalho à frente da Banda Lira de Itapetininga.  Seus filhos se projetaram nas mais diferentes áreas : José, João (o Cônego Bloes), Antônio Carlos, Terezinha, Luzia, Maria Antônia, Margarida Maria (Margha) e Ana Maria.
     Margha Bloes voltou agora ao convívio de seus pais na Pátria Espiritual, após o cumprimento de sua missão. Fica aqui nossa eterna gratidão . Seus familiares que permanecem em nosso convívio podem se orgulhar, tanto de seu trabalho, como da abençoada tradição cultural e artística da família.
       Obrigado, de coração, Margha!

Kelly Momberg

💝a Margha foi um presente que Deus nos deu, foi uma verdadeira e perseverante artista, no sentido de esculpir varias vidas, de pessoas que a terão, para sempre, em sua própria essência, em sua energia de viver!
Ela tinha o dom de fazer (a cada ensaio, sempre através da luz e gratidao a Deus), mesmo aquele que não botava muita fé em si mesmo, sentir no final das contas,
a imensurável sensação do “nossa, conseguimos, realmente valeu a pena!”
…e sim, é isso… “ tudo vale a pena, se a alma não é pequena”(F. Pessoa).

Marguinha do nosso coração, gratidão infinita por essa família linda que você formou, chamada Théspis .