Artigo de Celso Lungaretti: 'A esquerda dispara chumbo grosso contra o arrocho do Levy. Finalmente!

5ª FEIRA A ESQUERDA DARÁ UM SONORO “NÃO” À OPÇÃO NEOLIBERAL DO GOVERNO DILMA!!!

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia
Para ele, é uma graça. Para nós, uma desgraça.

Não tenho prevenção nenhuma contra os movimentos e os atores políticos do campo da esquerda, ao contrário do que dizem algumas pessoas de má fé. Adoraria que eles estivessem sempre com as posições corretas, poupando-me de trabalho e estresse.

, eu me lembro dos comunistas que apoiaram Stalin até mesmo quando o tirano bigodudo fez um pacto abjeto com Hitler, dando-lhe o sinal verde de que necessitava para conquistar metade da Europa.

Então, quando o presidente da CUT, destrambelhadamente, levantou a bola para a propaganda inimiga e colocou numa saia justa a própria presidenta da República (os Reinaldos Azevedos da vida censuram-na por ter escutado impassível uma pregação de luta armada), ficou merecendo um puxão de orelha e eu o dei, no último sábado. 

O xis da questão: arrocho fiscal é bandeira da direita.

Isto não me impede de apoiar entusiasticamente o manifesto da CUT, MST, MTST, UNE e outros agrupamentos de esquerda, referente às manifestações de protesto marcadas para esta 5ª feira, 20, pois veio ao encontro de posições que eu defendo há tempos (em especial, o enérgico repúdio à opção neoliberal do Governo Dilma) e de outras com as quais concordo mas vejo como secundárias no momento extremamente grave pelo qual passamos (as iniciativas de Eduardo Cunha, realmente nocivas, mas que poderão ser revertidas adiante).

100% sob controle de conselhos de funcionários. As grandes empresas, todas as grandes empresas, têm mais é de passarem para as mãos dos trabalhadores, não de burocracias corruptíveis e tendentes a aparelharem-nas, satelizando-as a partidos.

Eis o manifesto:  

Repudiando Levy, esquerda se fortalece na batalha das ruas.

Estaremos nas ruas de todo o país neste 20 de agosto em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise.

  • Contra o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!

A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública. Somos contra o aumento das tarifas de energia, água e outros serviços básicos, que inflacionam o custo de vida dos trabalhadores. Os direitos trabalhistas precisam ser assegurados: defendemos a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a valorização dos aposentados com uma previdência pública, universal e sem progressividade.

  • Fora Cunha: não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!
Papagaio de pirata à parte, Lula vê mesmo Levy como desastroso.

Eduardo Cunha representa o retrocesso e um ataque à democracia. Transformou a Câmara dos deputados numa casa da intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora e antipopular imposta pelo Congresso: terceirização, redução da maioridade penal, contrarreforma Política (com medidas como financiamento empresarial de campanha, restrição de participação em debates, etc.) e a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras. Defendemos uma Petrobrás 100% estatal. Além disso, estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

  • A saída é pela esquerda, com o povo na rua, por reformas populares!

É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as reformas necessárias para o Brasil: reforma tributária, urbana, agrária, educacional, democratização das comunicações e reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.

A rua é do povo!

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