Genealogia: Afrânio Mello fornece informações sobre a família Motta
Afrânio Mello fornece informações sobre a família Motta
ATENDIMENTO NÚMERO 1.224
Boa tarde,
Mota, sobrenome de origem portuguesa. Antigamente grafado Motta, conforme o italiano Motta e o francês Motte, deriva do substantivo comum mota, que Meyer-Lübke faz derivar do provençal, que por sua vez vem do germânico motta, monte de terra.
A palavra significa aterro à borda dos rios, para proteger de alguma inundação as terras próximas. Em escocês, em irlandês e em baixo latim, mota, motta, era uma casa forte, rodeada de um fosso, paliçada, cuja terra, no momento da extração, serviu a elevação do terreno sobre a qual foi assentada a construção, o que tornava a escalada mais difícil ao escalante.
Pretendem alguns linhagistas que esta família provenha de um sobrinho do rei de França que, em Burgos, onde se fixou, era senhor de Mota.
De Fernão Mendes de Gundar, filho de Mem de Gundar, capitão do tempo do conde D. Henrique de Borgonha, pai do primeiro rei de Portugal descende Rui Gomes de Gundar, que adoptou o apelido Mota por viver na quinta da Mota, na freguesia de Santo Estevão de Vila-Chã, no tempo de D. Afonso II, rei de Portugal, e de sua mulher, D. Mor Afonso.
Segundo o marquês de Abrantes, o apelido tem raízes toponímicas e derivará da designação do lugar da Mota, no termo de Vilela, ou da quinta do mesmo nome, na freguesia de São Miguel de Fervença, comarca de Celorico de Basto, ou ainda de outros lugares, vilas e quintas da Mota que existem no nosso país.
Os oficiais de armas do século XV, ao determinarem as armas desta família estabeleceram confusão entre o seu nome e o da Mata, atribuindo aos Motas, as armas destes.
Do substantivo comum mota, que Meyer-Lübke deriva do provençal, que por sua vez vem do germânico motta, monte de terra (Antenor Nascentes, II, 208). A palavra significa aterro à borda dos rios, para proteger de alguma inundação as terras próximas (Anuário Genealógico Latino, IV, 25). Em escocês, em irlandês e em baixo latim, mota, motta: casa forte, rodeada de um fosso, paliçada, cuja terra, no momento da extração, serviu a elevação do terreno sobre a qual foi assentada a construção; o que tornava a escalada mais difícil ao escalante (Anuário Genealógico Latino, V, 59). Esta família provém de um sobrinho do rei de França que, em Burgos, onde se fixou, era senhor de Mota. Vem de Fernão Mendes de Gundar, filho de Mem de Gundar, capitão do tempo do conde D. Henrique de Borgonha (pai do 1.º rei de Portugal). Rui Gomes de Gundar, teve o sobrenome Mota, por viver na quinta da Mota, na freguesia de Santo Estevão de Vila-chã, no tempo de D. Afonso II, rei de Portugal em 1211 (Anuário Genealógico Latino, I, 69). Ilha de S. Miguel: o genealogista português Gaspar Fructuoso, em sua História Genealógica de Sam Miguel [Saudadas da Terra], escrita por volta de 1580, dedicou-se ao estudo desta família, em seu Capítulo V – Dos Costas, Arrudas, Favellas, Mottas e Portos, leados com os Botelhos, e no seu Capítulo VII – Dos Teves, e dos Cordeiros, antigos povoadores d´esta Ilha de Sam Miguel, e de alguns Mottas [Gaspar Frctuoso- Saudades da Terra, 52, 66]. Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Simão da Mota, que deixou geração do seu cas., c.1660, com Leonor Fernandes (Rheingantz, II, 629).
Abraços
Afrânio Franco de Oliveira Mello
afranio@tintaspig.com.br
Observação:
“Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente
e serão publicadas na edição virtual do Jornal Cultural
ROL – (www.jornalrol.com.br).
A não concordância com esta publicação deve ser informada imediatamente.
Gratos”