Antônio Fernandes do Rêgo: 'Nunca se apaga a chama do amor'
Nunca se apaga a chama do amor
Há sempre um calor
Que nunca se apaga
Na chama do amor.
A chama do amor
Tem sempre raízes,
Que estão nas lembranças
Dos dias felizes.
Uma vez brilha o sol,
Outra vez é o luar,
Se é breu a outra noite,
Há um dia a raiar.
Há ainda o perfume,
Se tudo partiu,
Que fica nas flores
Das margens do rio.
Ficam as pegadas
Marcadas no chão
Que marcam, também,
No teu coração.
Se falas de amor,
Não fales de dor,
Que amor que machuca,
Jamais foi amor.
Do céu para ti
Da estrela o fulgor
Aponta o teu peito,
Onde está teu amor.
Que sempre tu sigas
Divinos poemas
Escritos na signa
Das hostes supremas.
No verso e re-verso
Também está dito,
Que amor que faz bem
É o amor infinito.
Que seja um ideal
Teu lema de vida,
Não deixe teu sonho
No meio da avenida.
Se vier temporal
Há um Porto a ancorar,
Que a vida não é mais
Que um barco no mar.
Ainda se um dia
Balance a estrutura,
Não abala o navio,
Há um Deus que segura.
Se olhares o ocaso
Quando o sol se for,
Por fim tu vais ver
Que valeu o amor.
Se é amor, não se acaba,
Há sempre um calor,
Que nunca se apaga
Na chama do amor.
A chama do amor
Tem sempre raízes,
Que estão nas lembranças
Dos dias felizes.
Antônio Fernandes do Rêgo
aferego@yahoo.com.br