Cláudia Lundgren: 'Banco solidão'
Banco solidão
Por muito tempo
aquele banco
se viu vazio;
ao relento.
Sentindo frio,
somente folhas
nele caiam;
trazidas pelo vento.
O orvalho o molhava;
a chuva pesada,
como flecha lançada,
no seu assento.
A força da natureza
única companhia;
móvel abandonado.
Quanto sofrimento!
O sol secava
a lágrima sofrida;
umidade corroía;
triste sentimento.
Sinto que agora
ele viverá
dias de glória.
Pressentimento.
Você retornou
e nós novamente
lá sentaremos;
promessas, juramentos.
O banco ocupado
e nós, como outrora,
ali viveremos
tão doces momentos.
Claudia Lundgren
tiaclaudia05@hotmail.com