Nas Entrevistas ROLianas, Celso Ricardo de Almeida entrevista o editor Sergio Diniz
“Ela (minha avó materna) me foi um exemplo de doçura, humildade, caridade, compaixão e resiliência. Por sua vez, minha mãe também ajudava muito as pessoas necessitadas. E me levava junto, quando criança, para os auxílios à distância.”
1) Você é uma pessoa boa, de bons sentimentos e tem grande boa-fé nos seres humanos, o que o torna uma pessoa bem aceita e querida por todos, sem adversários ou inimigos. Isso tudo faz com que sua participação na vida seja notável. A que (ou a quem) você atribui essa sua forma de agir?
Agradeço muitíssimo pela forma como você me vê, Celso! Todavia, semelhante a todo ser humano em evolução espiritual, tenho meu lado luz, e o outro, sombra. Porém, desde que me entendo por gente sempre tive uma índole pacífica e sonhadora. Era um nefelibata, ou seja, vivia com a cabeça nas nuvens (e até escrevi o conto ‘O menino que brincava nas nuvens’, publicado no ROL). Aliado a essas características, morava muito perto da casa de meus avós maternos e tinha um contato muito estreito, especialmente com a minha avó (Angelina Pignata), que era uma pessoa que, apesar de relativamente pobre (meu avô tinha uma pequena linguiçaria no fundo da casa dele), era capaz até de dar a roupa do corpo pra ajudar a algum necessitado. Ela me foi um exemplo de doçura, humildade, caridade, compaixão e resiliência. Por sua vez, minha mãe também ajudava muito as pessoas necessitadas. E me levava junto, quando criança, para os auxílios à distância. Portanto, isso contribuiu em muito para eu ser como sou até hoje.
2) Posso disser que uma de suas marcas registras é o seu jeito carinhoso de tratar as pessoas, porém já presenciei algumas situações em que você teve uma postura mais rígida, principalmente quando percebia alguma irregularidade ou para demonstrar energicamente sua opinião; assim, perguntaria: quem é Sergio Diniz cotidianamente?
Conforme você destacou, a regra é eu ser carinhoso com as pessoas em geral e estou sempre disposto a ajudar quem quer que seja. Porém, como também você bem destacou, há momentos em que eu ‘perco a estribeira’, em particular com gente ‘folgada’, que faz corpo mole, que é aproveitadora, que gosta de levar vantagem em tudo e com as pessoas corruptas, em particular.
3) Em 2015 você recebeu, através da autoria do Vereador José Luis Ribeiro de Almeida, o título de Cidadão Porto-Felicense (Porto Feliz é um município do Estado de São Paulo, distante 25 km de Sorocaba, e com cerca de 52.785 habitantes). Qual a sua ligação com essa cidade? E essa ligação permanece até hoje?
Porto Feliz, ou a Terra das Monções é a cidade natal de meu falecido pai, José Diniz da Costa, mais conhecido como ‘Juquita’. E foi uma segunda cidade natal para mim e meus irmãos, uma vez que, sempre que era possível, passávamos o final de semana ‘na casa das tias’.
A cidade tem como principal ponto turístico o Parque das Monções, ou a ‘Gruta’ (em homenagem a N. S. de Lourdes), como era mais conhecido. Esse local despertava em mim um encantamento todo especial, como, aliás, expressei na crônica ‘No meio da cidade tinha uma gruta…’.
Além dessa ligação com a cidade, por um ano fui colunista da Revista Bemporto e, por meio dela, apresentei à cidade um cidadão porto-felicence que dela merecia todas as homenagens: Leontino Correa, o ‘Poeta das Ruas’, como carinhosamente o apelidei, e que, posteriormente, veio a receber da cidade o título de ‘Cidadão Honorário’. Por conta disso, recebi o honroso título de ‘Cidadão Porto-Felicence’! E, em seguida, escrevi a crônica ‘Um filho de duas terras’ (ambas publicadas na Revista Bemporto e, depois, no Jornal ROL).
Quanto à minha ligação com Porto-Feliz, atualmente não tenho ido mais lá, seja porque já não possuo algum parente, ou por causa da pandemia, ou até porque minhas atividades culturais à frente do ROL têm aumentado muito e a tendência é aumentar ainda mais, a ponto de estarmos com três novos Editores Setoriais para podermos dar conta das publicações diárias.
4) Em 2015 você tomou posse como membro da Academia Votorantinense de Letras, Artes e História (AVLAH). Você ainda faz parte desta academia? Conte-nos a sua atuação junto a esta arcádia.
Ingressei na AVLAH no dia 31 de janeiro de 2015. E logo, movido pelo espírito de comprometimento, tornei-me um dos membros mais atuantes. Nos eventos, ora eu declamava poesia, ora atuava como Mestre de Cerimônia e, mesmo quando não era o Cerimonialista, participava ativamente, com a presidente, Míriam Jáki, na elaboração do Roteiro do Cerimonial.
Por três anos seguidos, participei como um dos jurados do Concurso de Contos promovido pela AVLAH com os alunos da Rede Pública Municipal. Posteriormente, os contos, em todas as três edições, se transformaram em livros, por mim revisados.
Ato contínuo, atuei como Mestre de Cerimônia no evento de divulgação dos resultados dos concursos, ocorrido no Teatro Municipal de Votorantim. Em setembro de 2017, porém, me desliguei da Academia, juntamente com a presidente, uma vez que, por maioria dos membros da diretoria, não houve a implementação de medidas que, ao longo dos anos, certamente trariam grande projeção à AVALAH.
Não obstante a saída da AVLAH, minha amizade com a Míriam Jáki se perpetuou e até hoje participo das audições que ela promove com seus alunos, atuando como Mestre de Cerimônia e até como ator ao lado dela em peças teatrais de temas variados (compositores clássicos, princesas da Disney, Copa do Mundo etc).
5) Você trabalhou em empresa multinacional, se formou e atuou por mais de duas décadas como advogado e, depois, acabou jornalista. Como foi essa caminhada?
Eu diria que foi uma espécie de ‘Via Crucis’. Antes de trabalhar em uma empresa multinacional, aos 16 anos trabalhei como balconista numa loja de artigos de couro de um padrinho meu; depois, como auxiliar de escritório e inspetor de alunos numa escola particular e, após formado como Técnico-Químico (aqui começou a ‘via dolorosa’), durante 12 anos como Analista Químico e no Desenvolvimento de Novos Produtos de uma empresa multinacional do ramo de bebidas alcoólicas destiladas (uísques, vodca e conhaque).
Nessa empresa, comecei a questionar meu chefe, alguns supervisores e até o médico do trabalho sobre os adicionais de periculosidade e insalubridade, que, até então, não eram pagos a ninguém dos setores de produção. E, pra você ter uma ideia do que era o meu pleito, o Laboratório de Controle de Qualidade onde eu me ativava era dentro do setor de Preparação de Bebidas, com uma quantidade estocada de mais ou menos 4 milhões de litros de produtos, entre álcool a 96ª GL, aguardentes e malte uísque, a 60/65º GL. Portanto, um barril de pólvora em potencial. E outros setores de produção tinham um potencial igual ou pouco inferior, em termos de risco de uma explosão, ou com agentes insalubres. E, falando em insalubridade, de tanto eu manipular o álcool a 96º GL, sem luvas de proteção (pra não contaminar os produtos em desenvolvimento na hora de filtração), adquiri uma dermatite de contato que chegava a sangrar meus dedos, obrigando-me, na hora de dormir, a passar a noite com a mão cheia de creme dermatológico. Para encurtar a resposta, de tanto eu ‘cutucar a onça com vara curta’, em 1989 descobri que a empresa já possuía dois laudos oficiais, e feitos em 1986, caracterizando a periculosidade e insalubridade em todos os setores de produção. Essa descoberta me deixou de tal forma indignado que tirei cópia dos laudos e distribuí para algumas pessoas. Resultado? Em dezembro de 1989 fui demitido (sem justa causa, felizmente)!
Diante dessa situação, e tendo a minha primeira e falecida esposa (com 54 anos de idade), sempre adoentada e minhas duas filhas pequenas, tive que, finalmente, começar a advogar (eu era formado desde 1985), a princípio, na minha própria casa, num dos bairros mais afastados no Centro naquela época. Com poucos clientes, tive que prestar serviços para advogados que já tinham uma carreira estável, e sendo, por algum tempo, uma espécie de ‘office-boy’ de luxo. Depois, prestei serviços para um sindicato patronal e para a APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, no qual pude, por meio de Mandados de Segurança, garantir direito dos professores ACTs (Admitidos em Caráter Temporário e regidos pela Lei 500/74), que, na época, representavam 80% do efetivo dos professores no estado de São Paulo, mas que, doentes e sem aulas atribuídas, após o término da licença-saúde eram sumariamente excluídos do quadro do magistério.
Durante muitos anos fui Advogado Dativo (colaborador) da IX Turma (Sorocaba) da Comissão de Ética e Disciplina da OAB-SP. E, por duas gestões (2013 e 2010) fui Mestre de Cerimônia e Orador da OAB/Sorocaba.
Após 23 anos de carreira, percebi que o que eu pude fazer para promover a chamada ‘paz social’ eu fiz. No entanto, não pude concorrer com alguns ‘rábulas’ que enriqueceram promovendo a chamada ‘Captação de Clientela’ (distribuição indiscriminada de Cartões de Visita – inclusive em uma grande avenida de Sorocaba) e outras práticas proibidas pela Estatuto de Advocacia, e que, com essa atitude, empobreceram outros advogados, éticos.
Não bastasse isso, cheguei a perder processos trabalhistas por causa de peritos corruptos; tive que representar contra dois juízes do cível que eternizavam meus processos (representações, diga-se de passagem, que não deram em nada!).
No final de 23 anos, eu mal conseguia pagar a anuidade da OAB. Preferi, então, em 2012, com a Carta de Aposentadoria nas mãos – e 1,1 Salário Mínimo de rendimentos mensais – desistir de ser um Dom Quixote da Advocacia.
Em março de 2016, ao me deparar com um artigo sobre Educação no Facebook, postado por uma amiga minha (a poetisa Mara Branco), acabei como colunista do então Jornal ROL- Região On Line, onde publiquei, no período de um ano, 60 textos, entre poemas, contos, crônicas, pensamentos, discursos laudatórios, feitos na Câmara Municipal de Sorocaba, e a coluna de cultura que tinha no jornal da APEVO – Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim e Região. No dia 21 de março de 2017, recebi o convite do Helio Rubens para ser o Editor Regional do ROL, ou, como ele achou melhor, simplesmente Editor do Rol, responsável pelas publicações de Sorocaba e Região.
6) Em 2020 você publicou uma matéria no Jornal Cultural Rol, intitulado “Um Certo Olhar” e no texto você menciona a sua “amizade pelo Tobby”, um cachorro que te acompanha observando, segundo o texto, em seus trabalhos como editor e escritor. Por favor, mate-nos a nossa curiosidade, você ainda tem o Tobby, e ele realmente te acompanha enquanto você faz os textos? E ocorre realmente um diálogo apenas pelo olhar entre você e ele? Enfim, e em outras conversas você já demonstrou sua paixão pelos animais. Como surgiu essa paixão, principalmente pelo Tobby?
Começando pelo final da pergunta, desde criança eu demonstrava amor pelos animais. Meus tios, que moravam perto de nós, tinham cães, e nós, gatos. Mas eu gostava (e gosto até hoje) de todo tipo de animal (com exceção dos peçonhentos). Quanto ao texto ‘Um certo olhar’, ele nasceu por causa de uma nova coluna no Inter-NET Jornal (I.J.), a coluna “Sergíssimas’, título esse, ressalte-se, dado pelo Editor-Mor e ‘Pai’ do I.J., Helio Rubens de Arruda e Miranda.
O foco dessa coluna, segundo o próprio Helio Rubens, era eu falar amenidades, e até coisas engraçadas, uma vez que eu já havia criado a figura do ‘Sacísio Meira’, meu alter ego, que é, literalmente, um saci. E, como bom saci, tudo o que eu digo ou faço que pareça estranho, esdrúxulo, quem diz ou faz não é o Sergio Diniz, mas o Sacísio Meira que, aliás, de uns tempos pra cá já adiantou que quer ser chamado de ‘Sacísio M.’, pois, segundo ele, soa mais chique.
E, diante de uma coluna onde eu poderia ‘brincar’ com os leitores, surgiu a ideia de incluir o Tobby. Na verdade, ele não fica me fazendo companhia enquanto eu escrevo, mas sim, quando chega lá por volta de 17h, fica me ‘secando’ pra eu parar o que estou fazendo e levá-lo pra passear. E o jeito dele conseguir o que quer é, justamente, ficar deitado, com a cabeça no chão e fixar os olhos em mim. Aquele olhar fixo, com o tempo, vai me incomodando, ‘pesando’ feito uma bigorna no pé e, sem nenhum som, ele, finalmente, consegue o passeio dele. Só com os olhos!
O Tobby entrou em nossas vidas porque a minha esposa, Maria Clara, sempre teve cachorros quando de seu primeiro casamento e há tempo queria adotar um.
No dia 02 de agosto de 2014, navegando no Facebook, se deparou com um cachorrinho que estava sendo colocado para adoção. Ela me chamou pra ver e, imediatamente, foi amor à primeira vista. No mesmo dia fomos buscá-lo na cidade vizinha de Votorantim. Ele tinha apenas 2 meses e nos foi entregue dentro de uma caixa de sapato, com uma roupinha para proteger do frio.
De lá para cá, quase 7 anos se passaram, e, mais do nunca, ele se tornou um membro da família. E, nas minhas madrugadas insones, assiste a filmes comigo!
7) Você tem 7 livros publicados, quais são eles? E fale um pouco sobre eles.
O primeiro livro lancei em 2002, enquanto ainda advogava: Elegantia juris: o argumento eloquente. E, como o subtítulo bem expressa, com argumentos e citações de cunho filosófico que eu empregava nas áreas do Direito de Família, Trabalhista, Criminal e Direito Administrativo, este por conta do meu trabalho no Sindicato dos Professores do ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP). Também, em pequenos discursos que escrevia para o presidente de um sindicato patronal, cartas que enviei para a Coluna Do Leitor do Jornal Cruzeiro do Sul. No Adendo do livro, separei uma série de pensamentos sobre os mais variados assuntos, uma breve biografia de Ruy Barbosa, Padre Antônio Vieira, o juiz Eliezer Rosa e o promotor de justiça Roberto Lyra, Finalmente, encerro o livro com algumas expressões latinas e as Figuras de Linguagem ou de Estilo.
Esse livro foi muito importante na época, pois deu-me a oportunidade de lecionar a disciplina de Linguagem Jurídica na UNISO – Universidade de Sorocaba e na UNICASTELO – Universidade Camilo Castelo Branco, em São Paulo. E, posteriormente, Humanidades e Direito do Trabalho na FATEC – Sorocaba.
Já aposentado, lancei dois livros de poesia (Etéreas: meus devaneios poéticos e Etéreas: um novo horizonte), dois de pensamentos (Pensamentos soltos na brisa das tardes), um conto (O menino que brincava nas nuvens) e um livro de crônicas (Mariposas e borboletas), com a maioria das crônicas que publiquei enquanto apenas colunista do então Jornal ROL – Região On Line.
8) Conte-nos um pouco sobre a sua história no Jornal Rol, desde quando você começou a escrever para o jornal até quando você se tornou um editor.
Conheci o Jornal ROL, então como Região On Line, por um artigo sobre Educação, escrito pela amiga, poetisa e diretora de escola, Mara Branco. Curti e compartilhei o artigo e tive a curiosidade despertada por aquele veículo de comunicação do qual, até aquele momento, nunca ouvira falar.
Mara comentou sobre o nascimento do jornal, em 1994, seu objetivo cultural, falou do jornalista ‘Pai do ROL’ e se dispôs a me apresentar como colunista, se assim eu tivesse interesse. Nesse momento, vi uma grande oportunidade e aceitei o convite.
No dia 21 de março de 2016 fui apresentado aos leitores do ROL, com toda a ‘Pompa e Circunstância’ pelo Helio Rubens e, num período de exato um ano, publiquei 60 textos, entre crônicas, poesias, contos, pensamentos, discursos laudatórios feitos na Câmara Municipal de Sorocaba e uma coluna cultural que eu tinha no jornal da APEVO – Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim e Região.
Pra minha surpresa, depois de um ano como colunista, o Helio Rubens me contatou, convidando-me para ser o Editor Regional do ROL. E, mais uma vez, aceitei o desafio, agora muito maior. E, nesse momento, constatei uma das grandes e marcantes características do Helio Rubens: a humildade! Quando fui fazer o meu Cartão de Visitas, enviei pra ele os meus dados e, embaixo do meu nome coloquei “Editor Regional’. Tão logo ele recebeu o e-meio com os dados, me contatou, informando que não colocaria o termo ‘Regional’, pois, segundo ele, a partir daquele momento, o ROL teria dois editores: ele, responsável pelas publicações de Itapetininga e Região, e eu, por Sorocaba e Região!
E, dali por diante, o ROL, tendo dois editores, pôde ampliar sua prestação de serviço cultural, aumentar o número de colunistas (hoje, o dobro do inicial) e expandir seus horizontes, inclusive o nacional, com Correspondentes e Colunistas Internacionais (Portugal, Itália e Angola).
9) Ser um editor do Jornal Rol dá muito trabalho?
Pela dimensão que o ROL atingiu, como já salientado na resposta anterior, não tenha dúvida que dá muito mais trabalho, pois este não se resume apenas nas publicações dos textos dos colunistas e correspondentes e nos relises que, a cada dia, mesmo em tempos de pandemia, aumentam cada vez mais, mas também no trabalho de ‘Relações Públicas’ que eu faço, seja pelo Facebook (in box), por e-meio ou pelo WhatsApp. E o trabalho aumentou de tal forma que o Helio Rubens e eu entendemos por criar as ‘Editorias Setoriais’ para, gradativamente, eu deixar de fazer as publicações do dia a dia e passando a desempenhar um papel de ‘Supervisor’ das publicações e, cada vez mais, o de Relações Públicas. Em relação às Editorias, das duas iniciais (Artes e Poesias), estamos implantando mais três, em fase de treinamento (Comunicação Social, Literatura e Eventos).
Há de se ressaltar, porém, que o ‘mais trabalho’ está atrelado a ‘mais prazer’, especialmente por constatar que o ROL está levando Cultura a mais pessoas e, agora, até pra fora do Brasil, de uma forma ainda mais ampla do que já ocorria.
10) Qual é a dinâmica da publicação de um texto do jornal? Como funciona o Jornal Rol?
Os relises (eventos culturais) recebemos por e-meio diariamente, publicamos e postamos o linque em alguns grupos do WhatasApp, bem como no Facebook. Os textos dos colunistas, recebemos também diariamente, por e-meio e pelo Zap, e procedemos da mesma forma, sendo que os colunistas também os divulgam no Instagram.
11) Você é escritor e revisor de livros, como você avalia a nossa cultura e literatura hoje e quais as suas perspectivas para o futuro?
Como revisor de livros, confesso que estou estarrecido com a baixa qualidade de redação dos livros que têm passado por mim. E mesmo de livros de pessoas ligadas a Academias de Letras! Parece que as pessoas que estão escrevendo desaprenderam (ou não aprenderam) as regras de ortografia, pontuação, crase, concordância (verbal e nominal) e assim por diante.
E o que me deixa ainda mais perplexo é que, hoje, quem tem acesso à internet tem acesso ao Mundo do Conhecimento. E, não bastasse isso, temos um ‘grilo falante’ em todos os meios em que digitamos que aponta quando escrevemos alguma coisa de forma errada. Portanto, não há desculpas para os erros crassos!
12) A Pandemia afetou de alguma forma a sua produção intelectual?
A pandemia em si, não. Porém, eu diria que a minha produção intelectual, desde que comecei a atuar como Editor do Jornal ROL, esta sim foi afetada, porque eu deixei de produzir textos que produzia quando era somente colunista do ROL e passei a publicar os textos dos colunistas, bem como os textos referentes a relises.
13) No dia 26 de junho deste ano, você será homenageado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e ARTES – FEBACLA com o título de Doutor Honoris Causas em Comunicação. Qual o significado desta homenagem para você?
Celso, em primeiro lugar, devo registrar que nunca imaginei que um dia seria um jornalista! E, diga-se de passagem, não fiz o curso de jornalismo. Tudo o que tenho aprendido tem sido com o meu Mestre-Jornalista, Helio Rubens.
Pelo trabalho desenvolvido no ROL tenho recebido convites para ser jurado de concursos literários, prefaciador de livros e apresentador de Antologia (da Editora Mágico de Oz, da qual, agora, sou um dos Conselheiros) e tenho sido amplamente agraciado por honorabilíssimos Títulos, Comendas e Medalhas outorgados pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente e da FEBACLA, por meio de, respectivamente, seu Chefe e Presidente, o amigo e irmão Dom Alexandre Rurikovich Carvalho, sendo o de ‘Doutor Honoris Causa em Comunicação’, pela FEBACLA, o último que recebi, recentemente.
Não posso deixar de registrar, contudo, que também tenho recebido altíssimas honrarias da OMDDH – Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, que tem como seu Presidente o Professor e Doutor Iguaci Luiz de Gouveia Júnior.
Agora, você pode imaginar um menino e adolescente tímido que um dia seria um Doutor Honoris Causa… em Comunicação?
Ressalte-se que o Título “Honoris causa (abreviado como h.c.), ou Doctor Honoris Causa, é uma locução gramatical latina (em português: “por causa de honra”) usada em títulos honoríficos, não comercial, concedidos por universidades a pessoas por elas consideradas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de uma graduação acadêmica (ou diploma de ensino superior ou equivalente), mas que se destacaram em determinada área (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc.), por sua virtude, mérito ou serviços que transcendam famílias, pessoas ou instituições. Isto é, se trata de um título concedido a pessoas que atingiram um alto nível de reconhecimento profissional e de feitos significativos, segundo o entendimento do corpo docente de uma universidade”. (Wikipédia).
Portanto, meu amigo e confrade Celso, somente tenho a dizer, em primeiro lugar, ‘Gratidão, Grande Arquiteto do Universo, gratidão à Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, gratidão à FEBACLA, gratidão à OMDDH, gratidão ao Helio Rubens, gratidão ao Jornal ROL, gratidão a todos os colunistas e correspondentes do ROL e gratidão a todos os leitores do ROL, por meio dos quais, tudo o mais tem-me vindo como bênçãos!
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