Celso Ricardo de Almeida entrevista a escritora e palestrante Letícia Mariana

“Letícia Mariana é luta, amor e sofrimento. É assim que eu me sinto diariamente. Um misto de emoções!”

Entrevistas ROLianas desta vez traz uma conversa com a escritora e palestrante Letícia Mariana.

Durante esse bate papo foram abordados vários temas do cotidiano da entrevistada como o autismo, literatura, academias literárias e, como não poderia faltar, sobre o Jornal Cultural Rol.

Vale a pena ler a entrevista e se apaixonar por esta escritora que superou vários obstáculos.

Leia, divulgue e envie seus comentários para celsoricatdo@gmail.com

“Letícia Mariana é luta, amor e sofrimento. É assim que eu me sinto diariamente. Um misto de emoções!”

CRA – Fale-nos um pouco de você, quem é a Letícia Mariana?

Letícia Mariana – Letícia Mariana é luta, amor e sofrimento. É assim que eu me sinto diariamente. Um misto de emoções!

 

CRA – Conte-nos como a literatura entrou em sua vida?

Letícia Mariana – Essa pergunta é clássica! (risos). A Literatura entrou na minha vida aos meus oito anos, assim que aprendi a ler e a escrever. Minha professora, Terezinha Martins, percebeu meu talento, e mandou meu poema para o extinto jornal O Globinho. Também era chamada de “Monteiro Lobato” da escola, e amava escrever histórias! Livros sempre “andaram” comigo. Meus melhores amigos!

 

CRA – De onde você tira inspiração para escrever?

Letícia Mariana – A minha inspiração depende do momento. Eu busco a inspiração a todo instante! Treino a cada dia. Claro que, alegria e sofrimento, por exemplo, me dão mais vontade de escrever. Contudo, preciso escrever fora desses momentos, não é mesmo? E é fácil para mim, basta fazer uma ‘tempestade de ideias’.

 

CRA – Você tem oferecido seus serviços de poetisa através de anúncios em jornais e  se propõe a fazer uma poesia personalizada para ser dada de presente. Comente um pouco sobre esse trabalho? E ele tem sido procurado?

Letícia Mariana – E alguém procura poesia? (risos). Até o momento, poucas procuras. Quero modificar algumas coisas, talvez dê mais certo. Mas não me importo, afinal, foi uma tentativa.

 

CRA – Quantos livros você tem publicado? E fale um pouco sobre ele?

Letícia Mariana – As pessoas devem achar que eu tenho muitas obras! (risos). Na verdade, eu só tenho duas: Entre Barbantes e Intelectodrama. A ‘Antologia Personal’ é com poemas já publicados no Entre Barbantes, só que em português e espanhol. Foi uma parceria com o Congresso Universal de Escritores, e é bem mais lido em países estrangeiros. Eu considero a Coletânea Alvorada Poética um pouco minha, também, porque eu organizei. Algumas pessoas se confundem, pois participo como autora de diversos livros, mas são apenas participações.

 

CRA – De quais academias literárias você faz parte? E considera importante o escritor(a) fazer parte de academias literárias?

Letícia Mariana – Apenas duas: Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS) e, como correspondente, da Academia Caxambuense de Letras (ACL). É importante, não essencial. Precisamos respeitar quem prefere, por alguma razão, não participar das Academias. Fora isso, abre muitas portas no meio literário, e ganhamos muitas amizades com pessoas inteligentes!

 

CRA – Você descobriu que era Autista aos 18 anos. Conte-nos como foi essa descoberta e como você lidou com isso?

Letícia Mariana – Sim, na verdade, foi aos 19. O meu autismo é leve, antigamente denominado Asperger. Foi um susto no início, mas eu resolvi contar para me libertar, pois é muito ruim ter vergonha do que é. Não é ruim ser autista! É só diferente. Eu me orgulho do que sou!

 

CRA – O autismo te atrapalha a escrever?

Letícia Mariana – Ajuda e atrapalha. Ajuda, pois eu tenho o hiperfoco na Literatura. Hiperfoco é um interesse quase que obsessivo num assunto específico, e só os autistas têm hiperfoco. Atrapalha, pois na hora da crise, por exemplo, tem que ter muita força de vontade para escrever! Nem sempre dá vontade.

 

CRA – Fale-nos sobre sua participação no Jornal Cultural Rol. Como começou? Quem te convidou e o que você acha deste meio de comunicação cultural?

Letícia Mariana – Começou com a indicação da nossa admirável poetisa Claudia Lundgren! Eu amo o Jornal Cultural ROL, é um espaço de amor, humildade, amizade e respeito. Eu tenho muito orgulho do Jornal, do Sérgio Diniz e do Hélio Rubens! Amo de verdade.

 

CRA – Intelectodrama, fale-nos um pouco sobre ele?

Letícia Mariana – Intelectodrama é meu livro mais intenso! Lembra da crise que eu te falei? Ele, em sua maioria, foi elaborado em época de crise profunda! Eu tive a força de escrevê-lo num dos piores momentos de minha vida, e me sinto muito bem! Quando um livro é publicado, ele não é mais só do autor, mas do mundo!

 

CRA – Você também é palestrante, quais os temas mais abordados em suas palestras?

Letícia Mariana – Até o momento, o único tema é autismo.

 

CRA – Do que mais gosta de fazer, palestra ou escrever?

Letícia Mariana – Depende! Eu amo me comunicar, é difícil dizer. De certa forma, nas duas funções você se comunica.

 

CRA – Neste período de Pandemia e isolamento social, você teve o seu trabalho artístico e literário prejudicado de alguma forma?

Letícia Mariana – De alguma forma, sim. Os lançamentos presenciais são inviáveis, e fazem falta. Mas eu estou bem. Adoro ficar em casa! (risos).

 

CRA – Você possui várias atividades, é escritora, produz conteúdo para internet, palestrante, e ainda trabalha e estuda. Como consegue encontrar tempo para tudo isso?

Letícia Mariana – Eu não encontro! (risos). Alguma coisa sai prejudicada. Mas vamos que vamos, não é?

 

CRA – Para os interessados em adquirir os seus livros, ou fazer contato para alguma palestra, como poderá proceder?

Letícia Mariana – Os meus livros estão à venda online. O Entre Barbantes está em diversas lojas virtuais, já o novo, Intelectodrama, por enquanto só está na loja Girafa Amarela. Sobre as palestras, precisa mandar um e-mail para mim. leticiamariana2017@gmail.com

 

CRA – Deixe uma mensagem para as pessoas que estão lendo sua entrevista, e gostariam, igual a você, de superar seus problemas e escrever.

Letícia Mariana – Força! É difícil. Vão duvidar de você. Vão rir de você! Mas siga. Seja autêntico! Siga. Confie em você!