Gabriela Lopes: 'É sobre cada um'
É sobre cada um
É de verdade?
Essa benfeitoria dita doada,
ora cobrada como moeda
de troca do ‘benfeitor’?
O que seria mais individualista
que mirar no outro o comando
de seguir aquilo que lhe convém?
A diversidade é bela.
Ninguém tem que caber
na ‘caixa’ de ninguém.
O espaço humano do outro
é feito para ser respeitado.
Alcança-se harmonia
entendendo isso.
O cenário diário
já tem tantas mazelas,
para deixar permanecer
ecos desarmônicos
à nossa essência
nos corredores das horas.
É de verdade?
Essa ânsia de dar
prontamente um parecer
na vida familiar do outro,
na vida política e financeira
ou até mesmo religiosa.
Mas no silêncio,
o dono do discurso
encontra inquietação
na própria falta
de autoconhecimento
ou mesmo falta de paz.
Quando que foi ejetado
das pessoas o ensinamento
sobre o benefício do respeito?
O que de fato aconteceu
com alguns laços humanos?
Onde famílias são desunidas,
se aturando nas entrelinhas.
O amor ao próximo
às vezes se mistura
na vaidade e no ego.
E nunca se sabe
o que é de verdade.
Boa parte desses abismos
se vence de um modo…
Quando o outro é visto
como mais um EU.
Os nós são desatados
com respeito e empatia.
Sim… EMPATIA.
Ela deve ser repetida
muitas vezes,
até ser fundida
nas entranhas
da matéria humana.
Todo burburinho,
desamor, desunião
ou ódio
perde espaço
quando se vê
no outro o frasco
para conter e receber
tudo aquilo que você
colocaria no seu próprio.
QUE SEJA DE VERDADE.
Gabriela Lopes
Gabils3377@gmail.com