A leitora publica artigo: 'Imigrantes?

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com – Imigrantes?

 

Sempre que escrevo temas com alguma menção a religiosidade, peço que não associem a nenhuma instituição, para não criar expectativas nesta ou naquela opinião.

Ao ver nos noticiários, famílias inteiras nas fronteiras, pedindo socorro, suplicando por asilo, não consigo conter as lágrimas, ao lembrar-me de minha pequena aconchegada em meus braços, aninhada em seu berço, na segurança de nosso lar, impossível ver essas cenas sem se emocionar, acredito que para maioria dos pais.

Independente de crença religiosa, sendo cristãos ou não, que líderes são esses? Que poderiam acolher essas famílias! Crê-se em algo além de nossas vidas carnais, meu Deus! Se olharmos a Terra de cima, não enxergaremos nenhuma cerca, não existe separação, somos seres vivos de um mesmo planeta, pertencente ao mesmo sistema solar, da mesma galáxia.

Governantes visitam mesquitas, templo, beijam a mão de líderes religiosos, se dizem cristãos, gritam aos quatros ventos somos tementes a um Deus! Que religião permite pessoas semelhantes, iguais umas das outras, passem por tamanha humilhação, que religião permite que crianças sofram abusos, sintam na pele a dor de uma guerra, que não contribuíram para ser deflagrada?

Imigrantes? Onde isso se é da mesma espécie?Qual a importância de nascer do lado de cá ou do lado de lá?Se nossa pele é amarela, vermelha, ou negra?Nosso sangue é da mesma cor, sentimos dor da mesma maneira, somos exatamente iguais.

Se existe algo maior, alguma coisa controlando nossas vidas, dê o nome que quiserem Zeus, Deus, Alá, Cristo, não importa o que precisa urgente, é parar com gastos de milhões com guerras, exploração espacial, senão conseguem viver pacificamente nesse planeta criado especialmente para nós, valores que poderiam matar a fome do planeta inteiro, valores que resolveriam qualquer conflito.

Um homem a mais de dois mil anos, já dizia que seu pai não era desse mundo, que seu reino não era esse, os senhores desse mundo possuem poder suficiente para resolver essas questões, afinal se dizem poderosos.

Usem seus pseudo-poderes, para pelo menos tentar amenizar o sofrimento de milhões de seres igualmente humano, lembrem-se de seus rebentos em seus braços a pedir carinho, banho quente, cama limpa e aconchegante, para sonhar com brincadeiras, sonhar uma vida melhor, sonhar com super heróis, fadas e princesas de histórias contadas na segurança de um lar, independente do país em que nasceram.

 

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com