Márcio Castilho: 'Sopro'
Sopro
Enquanto houver em mim um hálito de vida
Esperarei pelo amor que houvera sonhado,
Não me desesperarei, não darei guarida
Às vãs desilusões no destino traçado.
Para que me aceites no meu último instante,
Ensaiei minha morte de braços abertos,
Com lábio escarlate ávido por beijar-te
E olhos semicerrados sob baços desertos.
Pelo amor que houvera sonhado, lutarei;
Nas fronteiras do corpo e da alma, te amarei
E te desejarei sempre e sempre mais ainda.
Nem o Inferno, nem o Céu nos separará,
Nenhum mundo nunca nos distanciará
Enquanto houver em mim um hálito de vida.
Márcio Castilho
marciocastilho74@outlook.com