Antônio Fernandes do Rêgo: 'Escrevo porque escrevo'

Antônio Fernandes do Rêgo

Escrevo porque escrevo

Escrevo porque escrevo,

Que em mim há sentimentos

Que despejá-los eu devo,

É para a alma o acalento.

 

Todos meus versos e afins

Em noites de terna insônia

São rosáceas e jasmins,

Meus jardins da babilônia.

 

Num caderno ou no teclado

Transmudo em letras problemas,

Que em meus dias fatigados

Eu transpasso pros poemas.

 

Eu rabisco num papel

Meu silencioso grito,

Minha caneta é cinzel

Numa pedra de granito.

 

Que transforma a saudade

De uma noite mal dormida,

No que foi melhor idade,

Os vergéis da minha vida.

 

Antônio Fernandes do Rêgo

afergo@yahoo.com.br