Márcio Castilho: 'Oito gatos, sete vidas'

Márcio Castilho

Oito gatos, sete vidas

Como último refúgio 

Não penses na morte. 

Quiçá não terás a sorte 

De viveres uma segunda vida. 

  

Pois trata de pensares no existir, 

De planejares tuas viagens, 

De lutares com coragem 

Antes da tua partida. 

  

Abre teus olhos 

E contempla a ti mesmo, 

Ainda que da lida  

Só te reste fadiga, não maldigas! 

  

Lembra assim, que no jardim, 

Trabalhos árduos são realizados ,

Tal como o carregar das pesadas folhas 

Pelas incansáveis formigas. 

  

O tempo é breve, deveras, 

Tal como efêmero sabor 

Que apreciamos 

E que não dura na língua. 

  

A vida é bela, quem dera 

Voltar ao zero, quimeras! 

O tempo expira, seu moço, 

É cavalo veloz e sem brida. 

  

Márcio Castilho 

marciocastilho74@outlook.com