No Quadro de Colunistas do ROL, a letra crítica do Comendador Luís Braz Cavenaghi
Comendador Luís Braz é um entusiasta das letras e arguto observador do cotidiano
Comendador Luís Braz Cavenaghi, natural de campinas (SP), cursou Medicina na Puccamp e na UFF.
Foi presidente do Rotary Club de Itapira, onde implantou o Banco de Cadeira de Rodas e Aparelhos Ortopédicos e, por suas atividades sociais, recebeu o título de “Cidadão Itapirense”. Reconhecido por seu trabalho no área social, foi condecorado pelo Rotary International, IHM – Instituto Histórico Militar, Sociedade Veteranos MMDC 32 SP, MHMB – Museu Histórico e Militar, AILA – Academia Itapirense de Letras e Artes, PEN Clube.
Entusiasta da literatura, foi cronista no Jornal “Tribuna de Itapira” e participou das antologias do Selo Off Flip em 2020, 2021 e 2022. Seus textos foram selecionados para compor a II Antologia Roliana – 2022 e a Antologia “Cartas para o Futuro”, a ser lançado pelo Selo Editorial Off Flip.
É Acadêmico Correspondente e Internacional Vitalício (Cadeira Nº172 – Patrona: Dra. Nise da Silveira) da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos de Ciências, Letras e Artes do Brasil.
Arguto em suas observações cotidianas, Luís Braz inaugura sua colaboração no ROL com a crônica ‘Infidelidade Virtual’
INFIDELIDADE VIRTUAL
Hoje, caros leitores, falemos de outra crise, documentada em pesquisa séria e publicada no livro: “In Bed With The Web”. Sim, é ele mesmo, o conhecido computador, um elemento já onipresente nos lares, que transcende em importância até mesmo as relações familiares.
Qualquer um pode constatar isso, todos nós conhecemos uma história sobre alguns relacionamentos virtuais e que levou ao fim de uma união. A infidelidade sempre existiu, mas a internet facilita, desinibe e permite passar do sigilo virtual à realidade. Segundo o Instituto Britânico de Estatística, a internet é a peça chave na disseminação dos divórcios. A pandemia nos comprovou isso. As relações conjugais foram extremamente afetadas pelo convívio pessoal, que, pasmem leitores, os casais já não estão mais acostumados a conviver lado a lado, diariamente.
Assim lembro-me da história de um amigo, que flagrou a esposa por diversas vezes em um desses chats com desconhecidos e, pouco tempo depois, para aliviar a dor, teve que ir até a Vila do Barão, com o vidro de creolina na mão, mochar os chifres na cabana do “tigrão”.
Longe da acusação de panglossianismo (levante o traseiro do sofá e vá ao dicionário – ou seja, pergunte ao Google), um leigo pessimista entenderia que os parceiros, provavelmente da mesma faixa etária, não oferecem garantia de ir muito além…
Agora eu entendo, a difícil arte de administrar o desejo, especialmente quando se trata do amante virtual. Os iphones da vida, são os mais desejados da face da terra, e perfeitamente acessível à população de baixa renda, em suaves e eternas prestações.
A verdade é que a crise, a pandemia e pingando ou não o colírio alucinógeno do Zé Simão e, aceitando-se a seriedade da pesquisa, existe. Acho que o Zé diria: “Nóis sofre muito e goza pouquinho…”.
E para você caro leitor, pois já tiveram a paciência de chegar até aqui, em um mundo totalmente digital, deixando por alguns minutos as suas redes sociais de lado, encerro com um antigo provérbio caipira, mas que sempre esteve em alta: “Não importa que a mula é manca, o que eu quero é rosetar…”