Jairo Valio: 'Se eu pudesse…'
Se eu pudesse…
Protegeria a natureza tão massacrada,
Evitando as queimadas devastadoras tão cruéis,
Produtos de derrubadas de matas nativas,
Riquezas que Deus nos deu e o homem destrói,
Com suas serras afiadas que machucam e ferem,
E árvores imensas tombam ceifando vidas.
Deixam meus despojos para o fogo me consumir
E daquele solo fértil nada mais adquirem vidas,
Restando cinzas das brutalidades cometidas,
E as pragas se apoderam do verde que sucumbiu.
A seca vai formando imensas áreas mortas,
E nada brota no solo totalmente ressequido,
Pois as chuvas deixam de cair generosas,
Expulsas pela insensatez do homem predador,
E as consequências a geração futura sofrerá.
Os rios volumosos e encachoeirados,
Recebem poluentes que sufocam formas de vidas,
Seus peixes ligeiros e pássaros aquáticos,
Que morrem sufocados pela falta de oxigênio,
O ar que dá vida e deixam então de existir.
As flores e plantas que povoavam as matas,
De tantas cores e suaves perfumes,
Se tornam pálidas e aos poucos vão sucumbindo,
Caindo no solo onde se transformam em lixos,
E insetos que doenças transmitem,
Delas se fartam e vão contaminar animais.
Natureza amiga que tantos benefícios traz,
É sacrificada sem cometer nenhum delito,
Derramando lágrimas onde foi devastada,
Pois nesses lugares as vidas deixam de existir,
E as criancinhas podem também sucumbir.
Ah…Se eu pudesse!
Jairo Valio