Suziene Cavalcante: 'A biografia de Sobral Pinto em poesia'
A biografia de Sobral Pinto em poesia
Penalista exponencial de virtudes primeiras.
Nele, promulgar-se-ia o espírito da democracia brasileira.
Ah, a oratória maravilhosa do seu perfume juril é tesouro documental do direito penal do Brasil.
Caderno magno do direito orado.
Código comentado e hermeneuticalizado é esse grande Heráclito fulgoril!
O supremo acontecimento da Justiça.
O momento mais belo do Direito em liça.
Ó inexíguo príncipe dos juristas do Brasil!
Sentinela da humana liberdade.
Obreiro forense de primíssima arte.
Sol da relevância jurídica na brasilidade.
Suas teses de defesa no mundo são onde o belo é puro e profundo. São prédicas que educam o futuro e salmam a equidade!
É o triunfo exegeta que o Direito impetra e admoesta c’as luzes petitóricas que acertam a deferibilidade…
Ah, a sobralina heraclitalidade!
Ele é o pensamento do requinte normativo estatuinte.
Perfeito esplanador da presteza constituinte, com muita arte!
Seu dom insofismável e indevassável compunha um mundo mais contemplável, uma alegria mais celebrável, uma bravura cívica mais indomável na forensialidade!
Quando advogando, e nos olhos dos torturados mirando, ele palmilharia por toda a geografia do Direito humano…O cavalheiro contestando pela dignidade!
Fulgurosa advocacia enganjada.
Querubim da Lex humanizada.
Orador do contraditório que se sagra gentil…
O sobralino espírito é o triunfo da justiça sobre o arbítrio, do Direito sobre a força do ilegítimo, ó guardião processualístico hombril!
Das prerrogativas positivadas, o gênio!
Paraninfo das graduações dos milênios!
Eterno e póstero prêmio do juril perfil!
Patrono de infindos centros acadêmicos…
Da ampla defesa, um poeta pleno que o Direito segue lendo no Brasil!
Código da exegeticidade.
Fenômeno da juridicidade.
Advogado da humanidade em quão nobridade primoril!
No ato de reclamar a justiça, era fecundamente corajoso.
Em seus venceres jurídicos, o aspecto festivo de seu espírito era, deveras, cívico, bonito em denodo seivoso!
Suas petições brilhantes…
Tão belas que constrangem!
Tão pérolas que intrangem!
Em um raiante eloquoso.
É como ler Eneida em seu latim original.
Quando o homem se humaniza, a luz cumpre sua missão bonita iluminal…
Eram um secreto filisofar da alma… suas cartas jurídicas dalvas, ó jardineiro da advocacia da Pátria brasilial!
A liberdade de Graciliano Ramos tem seu autógrafo.
A vida de Anita Prestes tem seu cunho petitórico!
A posse de Juscelino Kubitschek, possui o portfólio de seu escritório!
A democracia brasileira, seu brado histórico.
Ora, se observe que o seu advogar ferve em verves tão prestes a libertar Carlos Prestes, com seu advocatório !
Quando a lei beija a vida no ângulo das brechas prescritas…A honra jurídica lhe é parte!
Sua fantástica perspicácia jurídica vitoriava-lho com renhida e bonita arte!
A vitória processual era-lhe habitual na prepositura legal e em todo o grau da instancialidade!
Seu espírito jurídico escavava o esconderijo dos rochedos institutivos, nas arestas dos atritos ei-lo extraindo o hino da legalidade!
Ah, o seu nível sumo…
A fio do prumo tão lumo e intelectual!
Seu português bronzeado, perolado, quão bem dissertado e frutificado no cacho processual!
Diamante entalhado, cravado, esculturado na pedra do Direito provocado pelo brado de Sobral!
A contundência perplexa de sua envergadura ética é referência da estética moral…
É sinalização préstima de humanidade exegética, em qualidade técnica tão épica e filosofal!
Sobral é a própria doutrina inspirante…
Ele é o artigo mais primorante, avante e magnil!
É o parágrafo mais orante …
A Alínea mais sinalizante…
A estrela mais contestante da justiça civil.
Pregador rebuscado, com a simplicidade do lado…
Seu senso democrático era mui didático e estudantil!
Sua deontologia dizia quanta luz ele possuía, ó divindade da advocacia do Brasil!
Mente valente e intimorata…
Lívida, límpida, intemerata e genil.
A tirania e voz arbitrária ele, poderosamente, esmagava com o dom da palavra oril!
A Águia de nosso Direito.
A harpia de vôo perfeito, com impecável feito civil.
Em um voar rasante certeiro…
Tão vertical no céu processual brasileiro, de esmeril azul anil!
Heráclito Fontoura Sobral Pinto.
Perspectivador dos legais princípios íntegros…
O Zeus do juris-Olimpo eloquil.
Seu direcionar moral- instrutivo era um bussolar ético-humanístico…Ó imortal professor penalístico do Brasil!
Lógico como os estóicos.
Dialógico quanto os retóricos e parlatóricos mil.
Jurídica e maravilhosamente heróico.
Elegante qual filósofo helenil.
Sua postura jurídica ressecula os séculos e a vida.
A solenidade no aspecto de sua lida é tão bonita quanto febril!
A gentileza de suas Defesas são artes de sétima beleza, luz que relampeja na destreza oabil!
Escreveu Sobral na lousa moral da consciência constitucional do Brasil.
Autor de frases imortais, que resumem as doutrinas mais compendiais… Ó raras imponências advocaciais do Rio!
Pintor do primor das licitudes.
Livro cívico de primorosas virtudes.
Montanha jurídica das vicissitudes d’um corcel.
Balsão legal que abrilhanta, como as nuvens brancas são as rosas santas do jardim azul do céu!
Como as estrelas são as telhas dos Montes.
E centelham como lantejoulas no horizonte…
Sobral, tão advocal, tão atual e avante…Em laurel fiel!
Sobral Pinto, ser distinto…
Nasceu em novembro, dia cinco.
Nascera, por sua vez, o gênio da intrepidez, aos mil oitocentos e noventa e três, ao mundo e às leis bem-vindo!
Notável aluno sisudo…
Do Colégio Anchieta de Friburgo.
Jorro de luz do estudo oabino!
Formou-se em Direito…Esse grande brasileiro, na Faculdade Nacional de Direito, a UFRJ atual.
O mensageiro da telegrafia…
Agora, o arauto da advocacia…
Mestre-fundador e guia da PUC, em poesia doutrinal.
Sete décadas de carreira prática.
Defensor das instituições democráticas.
Sua processualística pragmática é surreal!
Dissera o seu lábio que o amor é o ávido trono dos sábios, e do hábil ser gentil.
Sobral, ser historiável e o momento mais memorável da Ordem insofismável dos Advogados do Brasil.
Da República, Procurador Criminal.
Procurador Geral do Direito Federal.
Presidente do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil.
No Estado Novo e no Regime Militar…
Advogara, em chamas, pela dignidade humana, sem hesitar.
Ideais inegociáveis e imprecificáveis.
Ah, Suas maestrias inefáveis no sufrágio popular!
O cunho social de suas vestes linguísticas…
E o caráter dignal da sua assessoria jurídica…
Eram caridades em muitas gratuidades, desde grandes nomes à proletariedade simplista.
Venceu a força, o arbítrio, a tirania.
Sozinho seria o livro da democracia…
D’além das consciências vazias, medianas em utopias e massivas.
No patrocínio e unção de sua jurídica agregação…
A elegância e arte de ter propriedade no manejo da prerrogatividade e positivação…
Levava à bordo todo o coro do povo, no férreo denodo de sua jurisdição!
Nos princípios e formas de direito… Seus cantares judiciais são raros feitos… Labores de prélio efeito, bem afeito à perfeição!
Usou Sobral, em petição inicial, a lei de proteção animal na defesa processual humana.
Contra a impostura das bárbaras torturas, nas penas da ditadura que então brama e se derrama.
A coerente integridade de seus princípios respeitáveis tornara denunciável a tirania inflamável à visão universável-cosmopolitana.
As prisões, em verdade, tinham a realidade das morbimortalidades, porões imundos que ardem em insalubridades insanas.
O lírico capítulo do seu bom espírito em ode republico, pois seu dom jurídico vencera o fatídico das humanas violências em flama.
C’os presos políticos divagueia.
Instrui-os e legalmente os norteia.
Como a onda conversando c’a areia, Sobral permeia e proclama.
Como Voltaire, ele dizia que o respeito às ideologias e às antípodas filosofias é dom inaudito e bonito!
Que constelação, o seu primor!
Todas as estrelas e seu candor cabem nos olhos de um sonhador que se realizou no infinito.
É…e o tempo é o selo que veio pratear os seus cabelos, sem tocar em seu anseio pela virtuosidade.
Sua voz, já noventenária, no Comício da Candelária, a democracia luminária evocara com impetuosidade!
Uma lágrima irrequieta escorrega em sua face intrépida, como o orvalho desce nas Serras, à luz bela da auroridade!
No Evento da Candelária sua voz testamentária alega a lei magnária da redemocraticidade.
Pôs por terra, Sobral, 20 anos de arbitral ditadura nacional, apenas c’uma constitucional frase!
Doravante, de todos os eventos marcantes do século vinte vibrante foi partícipe brilhante, com frutuosidade!
A vida tão bem nos dissera que, sozinho, Sobral era o maior evento das Eras da advocalidade!
Seu olhar jurisprudente tinha o som de muitos Poentes… E o AI-5 o prende, aos 75 anos valentes de idade.
Mas, como prender um ser liberto?
Como limitar um ser eterno?
Como medir o mistério da genialidade?
Como deter um livre ser em seu poder de dizer o infinito saber da liberdade?
Como minimizar um ser-Universo?
Como censurar os metros do seu humano sucesso, cujo tamanho, por certo, é a imortalidade?
Como geometrizar um ser-além-mar, cujo arrojo de se expressar é-lhe peculiar em recursividade?
Na História jurídica, o célebre astro!
Na década 70… fora homenageado. O intelectual do ano, aclamado! Ó outorgado legado sobralino!
Ser honrado, também condecorado pelo Papa João Paulo como advogado exímio!
Fundador, com arte, da Liga de Defesa da Legalidade.
Ativo das Diretas Já, com oralidade e dom divino!
Lecionou, com maestria, filosofia na Nacional Faculdade de Filosofia, ó ser fino!
A dignidade humana sobre a proteção de Sobral e a eternidade de sua consagração internacional são, de fato, seu maior marco judicial.
A missão de sua paixão pela profissão em quão premissa…
Fê-lo alcunhado o “jurista amado”, e o imortalizado “senhor justiça” !
Mesmo em várias dificuldades pecuniárias, o doar era sua área mais alçária, mais luminária e bonita!
Sobral tivera seus lírios sete filhos, com sua mulher, Maria José, filhos prodígios em vários segmentos e adventos de ofícios.
Seus netos e geral descendência são luzeiros de social candência e brilho.
Esse grande brasileiro, na arte do Direito, segue herdeiro, segue inspirando!
Sobral vive livre nas vitórias das lides, na grande efígie de seus ramos!
Sobral segue matéria na lousa e na artéria da doutrina séria dos Direitos Humanos!
Sobral vive em cada petição, em cada batida do coração dos Advogados em atuação, pelos anos dos anos!
Sobral respira na vida de cada ação movida, em que a dignidade é requerida em chamas que vibram na jurisdição!
Sobral segue insepulto.
Homem maiúsculo, herói do júbilo da democratização!
Seu nome é púlpito de muitos prédios públicos e de centros de estudos múltiplos da Nação!
Embora partisse aos 98 anos, Sobral segue pulsando, Sobral segue sobrando inspiração!
Sobral, o imortal, o grande profissional feliz!
Triunfal seu dom peticional no gomo social do País.
O eminente jurista criminalista das liberdades previstas civis.
Sua frase de maior autoridade: “Advocacia não é profissão de covarde “.
Quantas assertividades viris!
Seu espírito belamente jurídico e extraordinariamente cívico, humano e ético, empático e perplexo, moral e dialético é um dos hemisférios do Paraíso.
Alma de nobres ações.
Um salvador de vidas nunca se decompõe!
Fecundou a eternidade c’o triunfo de sua generosidade, c’a sua jurídica arte que essa ode esparge e compõe.
No cômpito do seu legado, Sobral pulsa forensializado.
O Advogado Proclamado, a História o põe!
Suziene Cavalcante