Adriana Rocha: 'Tudo novo ou tudo de novo?
Tudo novo ou tudo de novo?
Todo início de ano repete-se o ritual de novas promessas, novas intenções, novos projetos, enfim, mudanças, mas… como concretizar o novo fazendo do mesmo jeito que antes? Não se trata de antigo, porque o antigo deve ser preservado e valorizado. Trata-se do ultrapassado, vencido, inservível.
Quando se fala em vivências e experiências, citando Belchior, “o passado é uma roupa que não nos serve mais”, e, por mais que se queira guardar (a roupa ou o passado), é preciso compreender e aceitar que “o novo sempre vem”.
Mas a vida exige posturas além das metáforas: exige reflexão e ação! Resultados diferentes não são obtidos a partir de repetições de padrão.
É, neste contexto, que trago, logo nos primeiros dias do ano novo, uma provocação: como você tem resolvido suas pendências e seu conflitos? Usa da tática de fuga, de evitação ou de enfrentamento e agressão?
Aprendemos, desde cedo, que conflitos são ruins e devem ser excluídos da nossa vida o mais rápido possível. Cada pessoa tem sua forma de ‘encará-los’, não raras vezes, com um imenso desgaste físico, emocional e financeiro.
Além da provocação, apresento um desafio: e se os conflitos fossem ‘encarados’ como uma oportunidade de mudança? Ruptura à zona de conforto (está mesmo confortável?). E se você buscasse uma forma diferenciada para entendê-los e uma solução que contasse com a presença de uma pessoa capacitada, conhecedora de caminhos efetivos para o diálogo (não para a discussão)? E se, além das suas necessidades e interesses, fosse possível e razoável preservar também os interesses do outro lado, que até agora você chamava de oponente, parte contrária ou mesmo rival?
Não se resolvem pendências com mágoas, agressões e violência. Há opções viáveis e adequadas, dentre elas a mediação. Não, não é um acordo o objetivo, mas é a reflexão sobre a situação e o restabelecimento da comunicação, o enxergar as próprias necessidades sem ter que aniquilar e ignorar as do outro.
Não se busca “ganhar” tudo ou fazer concessões insatisfatórias. Trata-se de uma oportunidade de diálogo, um espaço seguro, sigiloso e confidencial, em que falar e ser ouvido, com respeito, é parte mínima da construção de um consenso, da tranquilidade para tomar decisões pautadas em reciprocidade, prevalecendo o protagonismo (você com poder de decisão) e autonomia de vontade.
A mediação oferece-lhe caminhos que facilitarão sua trajetória e, ao longo dos próximos meses, abordaremos temas relevantes para que você se sinta à vontade para conhecê-la e usufruir, integralmente, dos seus benefícios. Desafiador, não é? Mas, afinal, qual é o seu propósito para o ano que se inicia? Tudo de novo ou tudo novo?
Adriana Rocha
Adriana@lexmediare.com.br