Pietro Costa: 'Do outro lado da dor'
Do outro lado da dor
Olhos se erguem como veleiros
Navegando memórias profícuas
A bombordo, leitores timoneiros
Da poesia em suas idas e vindas
E emoções se vertem como oceanos
Pois soam abranger o mundo inteiro
Seja a solidão atroz dos desenganos
Seja o misticismo do desassossego
Impelidas em embebidas paragens
Inebriadas retinas singram páginas
Corações partem, aventuras tenazes
Fingem dores e pessoalidades raras
Ondas do fazer literário, autopsicográfico
Cruzando as fronteiras, além do Bojador
Insurgentes contra o marasmo encefálico
Abundante é a fonte do outro lado da dor.
Pietro Costa
pietro_costa22@hotmail.com