Física dos desejos - Jornal Cultural Rol

Pietro Costa: Poema ‘Física dos desejos’

Na monótona jornada acadêmica

Deparei com uma crise epistêmica

De que vale romances e versos ler

E não os viver, na grandeza do ser?

Você é sábia, inteligente, venerável

E vou tentando ler os seus anseios

Se entendesse a física dos desejos

Tornar-me-ia o seu prazer inevitável

Mas meus intentos não se cumpriram

Tudo por você e não fui compreendido

Pois culpo as complexas leis da física

O que fiz exerceu uma força centrífuga

Malévola, que a minha voz banaliza

Às súplicas de atenção, dê ouvidos

Silêncio que esquarteja os sentidos

Tão preterido, meu coração agoniza

Pietro Costa
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