A Justiça não é cega

Virgínia Assunção: Poema ‘A Justiça não é cega’

Virgínia Assunção

Nas grandes e pequenas cidades do país

Ecoa nas ruas a injustiça irracional

Esquecidas histórias com vidas silenciadas,

Essa gente suplica por igualdade social.

Calejadas mãos dos que trabalham sem parar

E poucos desfrutando de muito luxo e poder,

Suor confundido com lágrimas a transbordar

Na luta diária pelo pão para sobreviver.

Onde estão as vozes dos que prometem, falaciosos?

Não veem as feridas abertas, doloridas, sangrando?

É preciso quebrar, urgente, as amálgamas dos gananciosos.

Que tenhamos, conscientes, a obrigação e premissa

De fazer da poesia um instrumento de protesto

Abrindo os olhos do mundo para dantesca injustiça.

Virgínia Assunção

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