Amor de milhões

Verônica Moreira: Crônica ‘Amor de milhões’

Veronica Moreira
Verônica Moreira

Um dia a gente percebe que o que parece perfeito, não é tão perfeito quanto parece. Que, às vezes, o amor que se revela a nós de repente desaparece; como num passe de mágica deixa de existir. E não há que culpar-nos por isso. O amor é natural e acontece sem esperarmos, mas, se não é reciproco, ele também termina, da mesma forma como se iniciou.

 Lembrando que o amor não acaba, ele apenas adormece, porque não foi feito para ter fim; sim, creio que o amor é eterno, mesmo que não vivido de forma terrena, ele nos acompanha para eternidade.

Há sentimentos que nascem para nos curar, mas que nem sempre eles podem de fato nos curar por completo. 

Um dia, a gente simplesmente acorda para vida e percebe que não dá mais para adiar decisões e mudanças. 

Às vezes queremos voltar no tempo, para não entregar o coração e tanto do nosso tempo a quem só queria tomá-lo para alimentar o ego.

É triste quando entregamos o melhor de nós a quem nos olha apenas com olhos carnais, intentos da paixão e submissão à própria carne.

Bonito mesmo, é quando alguém nos recebe com o coração aberto, porque primeiro nos viu com os olhos da alma. Bom mesmo é saber o quanto uma pessoa nos admira, pelo modo que nos olha e pelo respeito com nossos sentimentos, sem se preocupar com nossas imperfeições. Há pessoas que nos enxergam além das aparências, isso é maravilhoso, porque para essas pessoas não precisamos ser diferentes do que realmente somos.

Muitos são os que se perdem na loucura de querer amar alguém, poucos são os que realmente encontram o amor em alguém. Aquele amor que nos faz errar a hora, mas que não nos deixa perder tempo. Esse é o amor de milhões! O amor que devemos desejar para nossa vida inteira. Que nos faz ver coisas importantes que temos dentro de nós e que nunca conseguimos mostrar a ninguém; de repente o amor veio chegando de mansinho, sem pressa, sem invadir e conquista todos os espaços outrora vazios dentro da gente.

Amar não pode ser crime, mas desrespeitar o amor, como sendo o único sentimento capaz de transformar-nos no melhor que podemos ser, é o mesmo que desrespeitar a vida. Afinal, fomos criados para o amor e não para o ódio.

Para vivê-lo e não para sufocá-lo como muitos têm feito.

Verônica Moreira
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