Artigo de José Coutinho de Oliveira

A filosofia antiga grega tem mais enredo (conteúdo) do que a nossa vã filosofia pode imaginar.

Crátilo por exemplo, segundo Aristóteles e Diógenes Laércio, foi professor de Platão.
Era discípulo de Heráclito e professava como o mestre o mobilismo, ou seja, a crença de que tudo está em contínua mudança.
Heráclito defendia que tudo está em constante mutação (panta rei – tudo flui).
Heráclito afirmava dentre outras coisas que não se pode mergulhar duas vezes no mesmo rio.
Crátilo a seu turno levou ao extremo esse conceito e afirmou que não se pode mergulhar nem mesmo uma única vez, porque a água que molha a ponta do pé não será a mesma que molha o calcanhar.
Já Parmênides de Eleia, Itália meridionalo defendia o imobilismo, de que o movimento não existe.
Foi fundador portanto da escola eleata, mestre de Zenon de Eleia.
Segundo Parmênides tudo ou é ou não é, é a filosofia do ser que é e do não ser que não é.
Parece também que para ele o ser pode ser e não ser ao mesmo tempo, ou seja, o que estamos escrevendo nesse momento é um artigo, não é uma crônica.
Crátilo é também o nome de um diálogo de Platão que trata da linguagem.
Sobre Heráclito vale ainda lembrar que renunciou ao trono de rei em favor do seu irmão.
José Coutinho de Oliveira