Arrebatada

Virgínia Assunção: Poema ‘Arrebatada’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção

Tece ela etéreas palavras

No impulso, melancolia, solidão

Talvez, quem sabe? Seja poesia

Ou apenas desabafo do seu coração.

Talvez seja o aceno da poetisa

Que sonha dormindo ou acordada

Sonhando, a poesia desabrocha

Transbordante e apaixonada.

Não haverá mais folhas em branco

Pois, a poesia agora revelada

Balbucia delicada em seu ouvido

Tece mais…você foi arrebatada.

O vento sopra suave em sua face

Os pássaros começam a gorjear,

A poetisa, agora despertada

Ávida e sedenta ousa a poetizar.

Ávida de sentimento –

Sedenta pelo que a despertou

Tece sem medida –

Para quem sua alma arrebatou.

Virgínia Assunção

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