Vigília

Pietro Costa: Poema ‘Vigília’

Pietro Costa
Pietro Costa

Tuas páginas, profusão de sentires

Mergulhar no mar absoluto da alma

Achar o tesouro nas linhas da palma

À vista, afortunadas terras e devires

A inesgotável fortuna da esperança

Isso ou aquilo que nos torna criança

Versos que renovam pulmões aflitos

Janelas arejam os internos conflitos

Na maré plácida ou buliçosa do dia

A tua poesia és refrigério e enseada

Acolhe-nos no tsunami, na trovoada

Vaivém de alegria e tristeza, fugidia

E o coração poético para, em vigília

Até ouvir o cântico da musa Cecília

O funesto desencanto fica à revelia

Rimas ressignificando a melancolia

Pietro Costa

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