Meu mundo
Cleidy BPM: Crônica ‘Meu mundo’
Não lembro exatamente qual idade eu tinha quando ouvi pela primeira vez a música ‘Meu mundo e nada mais’, de Guilherme Arantes, mas lembro exatamente da sensação que ela me trouxe quando a ouvi em um momento em que a mistura daquelas palavras com aquela melodia era tudo o que eu precisava.
Quando senti que quem eu costumava ser não existia mais, ali eu entendi que ‘só sobraram restos’. As ‘verdades que eu sabia’ não estavam mais no meu sorriso.
Um vazio enche o coração no momento em que algo se quebra dentro da gente. Buscar o próprio mundo e nada mais é o resumo mais intenso do que se sente em um momento assim. Procurar o que ainda se tem.
Peças conectadas pela procura incansável.
Caminhos para novos destinos.
Pessoas confiáveis e capazes estão na base da reconstrução de um mundo que já foi quebrado.
Assim como uma música conhecida ganha um sentido especial no momento certo, momentos certos são como uma música conhecida – sempre terão um sentido especial.
Também me pergunto se ‘ainda vou sorrir sem um travo de amargura’, ainda não descobri, mas não desisto de tentar.
Tenho feito outro mundo para onde ir. Um abrigo, um recanto. Lá eu me escondo e me permito entristecer. Lá também sinto uma alegria que não se compara a nada existente em outro canto.
Meu mundo e nada mais.
Cleidy BPM
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