Artigo da leitora Sonia Moreira: 'República das Bananas'
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com – República das bananas!
Nas décadas de 30 e 50, nosso país ficou conhecido como o país de Carmem Miranda, ledo engano, já que nossa querida Carmem nasceu em Portugal, ela se apresentava com uma alegoria na cabeça cheia de diversas frutas e principalmente bananas, as imagens da época associavam sempre nosso país como um celeiro de frutas, colorido, cheio de sol, samba e carnaval, uma república alegre. Acredito que em diversos lugares do mundo anos atrás, imaginavam que tinha pés de bananas pelas ruas, outro engano, pois a banana é originária do Sul da Ásia. Porém, deixemos os detalhes históricos e científicos para os entendidos e vamos satirizar essa associação, assim faremos jus à fama de país alegre e festeiro, um verdadeiro circo. Vamos pensar em algum político, qualquer um, o cara começa na tenra idade, menino mesmo, a se embrenhar na política, começa mais ou menos assim: Ingressa em movimentos estudantis, se candidata a vereador, deputado, encontra alguém de alguma família abastada e se casa, tem filhos, chega a deputado federal, senador, governador, nesta altura da vida, seus filhos já estão crescidos, e veja, já pisando nas pegadas do dito cujo pai, os filhos seguem para estudos no exterior, faz mais ou menos os caminhos percorridos pelo pai, também se casa e tem mais filhos, nessa altura já são os netos de nosso primeiro personagem. Para você entender o que vem a ser a metáfora “República das bananas”, você sairá da cidade e irá para o campo. Vejam que curioso, Para uma plantação de bananas não perder a linhagem, é preciso plantar as mudas sempre em conjunto de três, ou seja, o avô, o filho e o neto, e assim sucessivamente, quando o avô deixar o posto , o filho já estará preparado e enfronhado a assumir seu lugar, e no final do filho o neto dará seqüência, assim por diante. Portanto, nossos políticos se assemelham a bananas, pesquise e comprove minha tese, associe os sobrenomes. Portanto, não adianta mudar um ou outro se não acabar com a linhagem inteira, pois o defeito congênito de caráter está contido no DNA, e será levado de geração em geração. Procure não dar seqüência na família de políticos, votarem no filho ou neto, quem sabe mudando um pouco a linhagem o nosso país possa encontrar o caminho da saída desse lamaçal político de séculos. É isso vem de longe! Começou lá em um país chamado de pátria mãe, aquele que nos colonizou, a primeira linhagem trazida para cá, era de degredados, digamos o pior dos piores, e o resultado está aí há séculos! A verdade nua e crua é que nossos políticos se assemelham a uma plantação de bananas, claro que no sentido figurado óbvio, “Ora, pois”. Deixemos então as coitadas das bananas de fora disso, pois nem pertence ao nosso continente, nem ao nosso país “Chiquita bacana lá da Martinica se veste com uma casca de banana nanica” Que o diga Carmem Miranda!
Esta crônica é uma obra de ficção, não condiz com a realidade, sendo apenas fruto de uma imaginação fértil, se houver alguma semelhança com fatos existentes, digamos ser apenas coincidências inexplicáveis.
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com