Voo ao sabor da insônia
Paulo Siuves: Poema ‘Voo ao sabor da insônia’
No silêncio da noite, minha mente desperta,
Enquanto o mundo se perde nos braços do sono.
As sombras dançam, enigmas na escuridão.
Enquanto o relógio sussurra as horas, uma a uma
O frio da noite esbarra na minha pele.
Tento prender meus pensamentos, mas em vão,
Eles voam livres, como pássaros noturnos.
Os sons da noite ganham vida, ecoando no escuro, sinto o gosto amargo da insônia na minha boca.
Aqui dentro, o tic-tac da máquina do tempo, lá fora, o silencioso zumbido do vento.
Cada som se amplifica, os pensamentos persistem,
A insônia me envolve como uma amante cruel.
Nas horas silenciosas, encontro reflexões profundas,
Mas meu desejo pela doce rendição ao abraço do sono.
Nessa dança noturna entre a mente e o repouso,
A insônia e o sonho travam uma eterna batalha.
Eu vejo as cores da noite mudando lentamente.
Na noite em claro busco a calmaria da mente.
Sinto o cheiro da alvorada se aproximando
Até que o sol nasça, trazendo um novo dia.
A insônia, embora cruel, às vezes traz clareza,
Nas horas quietas da noite, onde a mente vagueia.
Eu anseio pelo descanso, pelo doce repouso,
Quando finalmente o sono me guiará ao seu encanto.
Na escuridão da noite enfrento a insônia,
Esperando pelo momento em que poderei sonhar.
Quando, enfim, a exaustão me levará ao voo da sonolência
E a insônia se dissipará, como um sonho que se desfaz ao acordar.
Paulo Siuves
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