Na rua da ilusão

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Na rua da ilusão’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Na rua da ilusão, nada possuem senão amargura, desamparo
Na rua da ilusão, nada possuem senão amargura, desamparo
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O crepúsculo emerge soturno
perfilando o ocaso,
silencioso denota o fim do dia.

Na infecunda solitude do vento,
lágrimas no rosto da noite e nos seus.
Moradores melancólicos,
dormitam o sono da penúria,
sob sóis e chuvas,
dor e tristeza.
Indefesos,
vagueiam.

Horizontes de amargos choros
fustigam o sofrimento de cada dia,
tornam impérvias as veredas,
em busca de amor e de sustento.

Jogados à sarjeta,
cobrem-se com o luar, jornal da noite,
que não o encantam
enquanto dormem sem sonhos, tampouco
alegrias,
não sente o sofrimento que os afligem?

Nas calçadas, mãos a esmolar,
indiferentes a todos,
transeuntes dos porões
dos poderes do mundo.

Na rua da ilusão,
nada possuem
senão
amargura, desamparo.
O brilho das estrelas?
A esperança?

Ceiça Rocha Cruz

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