Natal

O leitor participa: Tânia Orsi: Crônica ‘Natal’

Tânia Orsi
“Somos agraciados no Natal com a sensação de que pertencemos todos à mesma origem: o pó das estrelas que se espalha pelo infinito”
Microsoft Bing – Imagens criadas pelo designer

O Natal existe porque o capitalismo precisa criar suas formas de prosperar e ele só prospera se estabelecer divisões entre pessoas, mundos em contradição, dor, bens de consumo e sofrimento.

Não vamos agora questionar os métodos do capitalismo, mas aproveitar o que o Natal pode nos ensinar: a possibilidade de descobrirmos e reafirmarmos em nós mesmos o amor que temos guardado em nossos corações, mas que, cansado da lida diária, por vezes, adormece sem alimento, faminto em viver pela sua própria graça e espírito.

Acordamos no Natal para nos solidarizarmos com a dor de existir de alguns, apenas com o ínfimo, sem a possibilidade de sonhar dias futuros. Somos agraciados no Natal com a sensação de que pertencemos todos à mesma origem: o pó das estrelas que se espalha pelo infinito. Somos todos estrelas cadentes caídas em lugares e oportunidades diferentes, mas todos filhos do universo.

Que o Natal permita, com sua dádiva de amor e solidariedade, nos fazer sermos seres humanos que celebram o Natal a cada bom dia, boa tarde, boa noite, todos os nossos dias! Porque em algum momento nos reuniremos novamente em seres orbitais maravilhosos, gravitando pela casa de Deus.

Tânia Orsi

Tânia Maria Orsi, natural de Itapetininga (SP), é psicoterapeuta, atuando como psicóloga há 39 anos na área de atendimento na Clínica Expressão. Na área cultural é escritora, poeta e colunista do Internet Jornal. Autora dos livros de poesia: Mãe do Corpo e um Quilo de Sal. É cofundadora do grupo Coesão Poética de Sorocaba e participa com produções próprias em saraus.

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