No Quadro do ROL, a arte poética de Evani Rocha!
Tendo nas artes e na natureza sua fonte de inspiração, Evani Rocha traz ao Jornal ROL uma voz que ecoa na sensibilidade humana!
Evani Ferreira Rocha, natural de Chapada dos Guimarães (MT) é bióloga e professora da rede pública há 23 anos, com pós-graduação em Educação, especializada em Literatura Brasileira.
Na área literária é poetisa, escritora e autora dos livros: Retalhinhos (Poesia, 2020) e Folhas de Outono (Contos, lançado na Bienal/Rio 2023).
Na área acadêmica, é Acadêmica Internacional da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes, entidade da qual recebeu o título Embaixadora Cultural da Paz.
Apaixonada pelas artes, em especial a pintura e a escrita, Evani Identifica-se como uma pessoa ligada umbilicalmente à natureza, onde passou boa parte de sua infância. As artes e a natureza são sua fonte de inspiração, motivo pelo qual sua pintura e escrita têm uma voz que ecoa, quase sempre, desse
lugar comum.
Evani Rocha estreia no Jornal ROL com o poema Tornei-me mar, sobre a natureza humana e o mar.
Tornei-me mar
Eu não sabia o que era o mar
Até velejar em suas águas geladas e profundas
Até encantar-me com um pôr do Sol
Que beijava a praia…
Eu conheci o mar quando mergulhei em sua imensidão!
Visitei crateras abissais, vi seres estranhos e inofensivos.
O mar é um planeta à parte,
Entrelaçado aos continentes.
O mar é a gente, dentro de outra gente.
Quantos abismos humanos estão por serem
Conhecidos?
Quanta água gelada e profunda
Inunda o nosso ser?
Foi bom ter conhecido o mar.
A maresia é mágica ao entardecer,
É como o entardecer de nossas vidas,
Quando a visão turva desenha figuras
Coloridas e inusitadas.
Os grãozinhos de areia que sobem e descem
Na maré cheia,
A brancura da areia lavada,
E os incontáveis tons azuis que refletem das águas.
É a gente, no vai e vem da juventude.
A energia que emana à flor da pele.
O arrepio ao toque certo.
A languidez
Da alma saciada.
Eu tornei-me mar quando observei
As ondas ora agitadas, ora calmas,
Que nos remete às mais íntimas sensações.
Há dias que queremos abraçar o mundo,
Outros, só a penumbra do nosso leito.
É o jeito humano de ser mar,
É o jeito marítimo de ser gente.
Evani Rocha
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