José Coutinho de Oliveira: 'Nobilistica'
José Coutinho de Oliveira: ‘Na pista certa’
Ao estudarmos o Renascimento poderemos nos deparar com a seguinte assertiva: sempre haverá renascimentos. Renascimento me parece ser o movimento que busca o resgate da cultura greco-romana. Com efeito, acreditamos que todo recém-convertido busca saber dos pais do assunto, os doutores do assunto, os pioneiros; busca saber desta forma dos primeiros cânones, dos primeiros princípios, dos primeiros padrões; as fontes e a origem de tudo. Nesse resgate do passado reencontrar-nos-emos com o fenômeno grego e também por que não dizer com a patrologia. Afirmamos no título deste artigo que estávamos na pista certa, e por quê ? Por que a essa mesma conclusão chegou Richard Tarnas, historiador, em seu livro: ” A epopeia do pensamento ocidental”, pg. 305. Nesse livro o historiador diz então que o homem “se apaixonou pelo passado clássico”, que “está empenhado em um futuro maior” e que está “orgulhoso de sua humanidade”, que está “consciente de sua distinção” que traduzo por “consciente de seu merecimento”. Essa referência a Richard Tarnas se encontra no livro “Como a religião se organiza”, de João Décio Passos, das Edições Paulinas, 2006, pg. 122. Neste último livro ainda, na página 49, vemos que o racionalismo provocou no mundo o que Max Weber chamou de “desencantamento”. Falando desse mesmo assunto temos a página 126 que diz que a história humana se subdivide em três tempos: o pré-moderno, o moderno e o pós-moderno. ” O primeiro tempo seria encantado, o segundo, desencantado, e o terceiro, reencantado.” A modernidade então teria provocado um desencantamento mas o pós-moderno traz o “reencantamento” que creio ser a revalorização do sacro, do mistério. Intuitivamente se percebe que o mistério escapa ao rigorismo da filosofia.
José Coutinho de Oliveira